quarta-feira, 9 de março de 2011

8. TEMA 6 - EMANUEL KANT

Caros Alunos,
Após ler o texto: “Metafísica dos Costumes”, Introdução à Metafísica dos Costumes, pp. 51 até 74, disponível em:
e o texto: “A Ética de Kant” de Marilena Chauí, disponível em:

elabore um texto com seus comentários e envie para postagem, até as 24hs. do dia 14 de março.

58 comentários:

  1. Para Kant, a bondade inexiste e a nossa natureza é dotada de toda sorte de sentimentos mesquinhos, na busca incessante pelo prazer que nunca nos satisfaz e que nos leva à morte. Por esse motivo o papel da razão na ética é inquestionável, pois é a razão e o dever que nos permite agir moralmente.
    Kant parte da universalidade da razão pura teórica e da razão pura prática, sendo que a primeira é transcendental diferente da segunda que tem o poder de criar e se submeter à sua criação.
    Essa submissão à criação é o dever, a expressão da moralidade e manifestação da humanidade. Nós nos submetemos ao que criamos e estamos sujeitos aos nossos julgamentos, no fim, somos autônomos.
    Por sermos seres naturais e a nossa natureza ser perversa, necessitamos do dever, para que submetidos à ele possamos ter ações morais que nos regem de acordo com o que consideramos correto. Quando seguimos nossos impulsos e desejos, não estamos sendo autônomos, pois o que nos guia é a nossa cega natureza, que não foi adestrada pela razão.
    A razão prática puramente livre é aquela adestrada pela razão e pelo autocontrole, que produz ações morais.
    O dever é imperativo, não dependendo de circunstâncias. A primeira máxima Kantiana afirma a universalidade da conduta ética e não a sua condicionalidade e dependência de outros fatores.
    Já a segunda afirma a dignidade dos seres humanos, que devem ser tratados como fins e nunca tratados como instrumentos, meios de uma ação.
    E por último, a terceira afirma que a vontade regida pelo dever institui a moralidade e nos torna serer autônomos.
    O consenso entre vontade e dever gera o que Kant designa como: "vontade boa que quer o bem" e o que impulsiona moralmente essa "vontade boa" é o respeito ao dever que a razão trabalha em nós.

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  2. Para Kant a natureza humana é má, é por isso que existe moral. Em sua teoria moral a razão volta a ser uma questão central. O autor faz uma distinção entre a razão - razão pura teórica e razão pura prática. Ambas são universais, o que as difere é que a teórica é exterior a nós, já a prática cria sua realidade própria. A natureza é regida por situações de causa e efeito (necessidades), já o ser humano é regido por liberdade e finalidade. Portanto somos seres racionais dotados de livre arbítrio e as leis morais caem (imposta) sobre nós como obrigação. Então Kant estabelece 3 máximas morais: 1ª A conduta moral deve ser universal e inquestionável; 2ª Que os seres humanos não devem encarar uns aos outros como meio para conseguir seu objetivos; 3ª As leis éticas se aplicam para os seres racionais(apenas). As leis morais são um acordo entre os desejos e os deveres, por tanto para sermos seres morais devemos atender (obedecer) estas 3 máximas segundo Kant, e isso significa ir contra nossa própria natureza

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  3. O primeiro texto apresentado “Metafísica dos Costumes” de Emanuel/ Immanuel Kant (1724 – 1804) discorre sobre a racionalidade como instrumento responsável por diferenciar o ser humano dos outros seres vivos, sendo que o comportamento de um indivíduo contribui positivamente para a moral caso haja o cumprimento das leis segundo a utilização de sua razão e o intuito de boa vontade, que é vista como a prudência do hábito, que se preocupa com a utilidade e inutilidade das práticas sociais. Isto significa recorrer a uma fonte primária de moralidade que assente as ações favoráveis ao bom costume. O préstimo das atitudes morais está presente na própria pessoa, em que essas ações acontecem de acordo com o dever e não por um sentido de benevolência, já que a bondade permaneceria por um conjunto de interesses, em maior ou menor grau.
    Kant, um dos mais influentes filósofos contemporâneos, ao não dar destaque para o empirismo, promove uma revolução no modo de pensar da filosofia, adaptando o conhecimento a uma nova percepção, baseada na razão. Além disso, o autor distancia-se das ideias do escritor analisado no post anterior, David Hume, que é o maior representante da experiência em relação aos dados empíricos como fonte do saber. No trecho analisado, percebe-se que as ações acabam se tornando regras morais a partir do momento em que essas práticas, através da racionalidade, podem ser examinadas por todos, isto é, uma condição universalmente aceita. A doutrina da moralidade pode ser compreendida como a regulamentação do desempenho livre de sua vontade ou então pela sistematização dos costumes. A metafísica dos costumes, defendida por Kant, é fundamentada nas proposições da ética que adapta o empirismo a teoria do conhecimento humano e da razão que leva ao significado da moral.

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  4. Continuação...

    Segundo Marilena Chauí em seu texto “A ética de Kant” a liberdade está relacionada com a razão que exerce controle sob os instintos dos indivíduos, já que “não existe uma bondade natural” o que torna os homens em seres “egoístas, ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos”. É por isso que quando se consegue cumprir com seu dever, tem-se a sensação da liberdade, sem vontades internas que geram impulsos que por algum motivo podem não trazer a moralidade ao indivíduo. Desse modo essa liberdade está condicionada ao conceito de moralidade e também as obrigações a cumprir. Sendo assim, a autora revela que a teoria de Kant está associada a duas distinções: “a distinção entre razão pura teórica ou especulativa e razão pura prática” e “a distinção entre ação por causalidade ou necessidade e ação por finalidade ou liberdade”. Assim surgem alguns questionamentos: por que mentir, corrupção e homicídios são atitudes imorais? Porque deve-se agir conforme as leis universais da natureza ética, garantir a dignidade de um indivíduo, não usando-o como finalidade para nossos interesses e também porque é importante haver uma separação entre causas e fins. Diante disso, pode-se afirmar que “o dever e a liberdade da consciência moral são inseparáveis e compatíveis”.
    O conceito de metafísica dos costumes dispõe o procedimento moral sob uma perspectiva necessariamente racional, não corrompido pela empiria, mas reunido com a síntese dos costumes, que denomina o conjunto de leis ou normas de conduta que estabelecem a normatização das atividades sociais. Sendo assim, a racionalidade prática é um termo essencial para explicar a prescrição do poder legislativo, na qual o ser dotado de autonomia poderá atuar. Essa nova metafísica indaga sobre o delineamento de uma vontade pura apoiada em princípios que ditam o modo de agir, seja de forma analítica ou sintética.

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  5. A ética de Kant está no dever ou obrigação moral, e os conteúdos éticos nunca são dados do exterior. Kant colocou a consciência moral do indivíduo no centro de toda preocupação moral. Para Kant a natureza humana é uma natureza racional, sendo o homem destinado pela natureza à liberdade, ele deve desenvolver esta liberdade através da mediação de sua capacidade racional. Kant buscava uma ética de validade universal, para ele uma ação é moralmente boa se puder ser universalizável, de tal modo que as ações de um indivíduo tenham por base princípios que sejam válidos para todos os seus pares. Esta ordem formal, denominada imperativo categórico é assim formulada pelo autor "devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal". Há uma frase de Kant que bem simboliza a importância de sua concepção racionalista: "Nada me emociona tanto quanto o céu estrelado sobre minha cabeça e a lei moral dentro de mim."

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  6. A distinção essencial na teoria moral de Kant, reside na separação entre o reino natural das causas e o reino humano dos fins. O reino das causas é composto por ações naturais de causa e efeito, é regido por leis, ou seja, é impossível que haja alteração; é universal. Só mudam os objetos que compõem a análise. O reino dos fins é construído de acordo com a liberdade dos seres, de agirem conforme regras impostas por essa própria liberdade. Segundo Kant, a natureza humana, então, é regida por leis e a moral provém do dever. A questão, portanto, é a guerra entre esses reinos: um fazendo com que o homem busque satisfazer seus próprios interesses, não importando as conseqüências, e outro impondo-lhe o dever, limitando a ação natural do indivíduo. Para Kant, então, o que torna uma ação moral ou imoral é a conformidade ou a falta desta às três máximas morais, que trariam o homem à sua verdadeira posição natural, que é a obediência aos deveres.

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  7. Kant retoma o papel da razão na ética. Para ele todos nós somos egoístas, agressivos e cruéis e por isso somos capazes de mentir, roubar e matar. Precisamos do dever para tornarmos seres morais.
    Kant faz duas distinções:
    1) entre razão pura teórica e razão pura prática.
    2)entre ação por causalidade e ação por finalidade
    A razão pura teórica faz menção a realidade exterior a nós, os objetos operam segundo leis necessárias de causa e efeito, independentes da nossa intervenção(a Natureza, por exemplo). Já a razão pura prática cria a sua própria realidade (o reino humano,por exemplo) A distinção entre essas duas razões é decorrente da diferença entre necessidade e finalidade/liberdade.
    A imposição que a razão prática faz a si mesma é o dever. Este, portanto, é a expressão da lei moral em nós. Uma questão importante que Kant coloca é: "Se somos racionais e livres porque valores, fins e leis morais não são espontâneos em nós, mas precisam assumir a forma de dever?" Kant responde essa pergunta falando que isso ocorre porque o homem não é um ser moral apenas, ele é também um ser natural, submetido á causalidade necessária da Natureza. A Natureza nos impele a agir por interesse. Nossos desejos e impulsos são muito mais fortes do que a razão, por isso a razão prática e a verdadeira liberdade precisam dobrar nossa parte natural e impor-nos nosso ser moral.
    O dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral. O dever é um imperativo categórico. Ordena incondicionalmente. Não é uma motivação psicológica, mas a lei moral interior. O ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma.
    Essa fórmula permite a Kant deduzir as três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever. São elas:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; (A ação por dever é uma lei moral para o agente)
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio; (O ser humano dever ser tratado como fim da ação e não como meio para nossos interesses)
    3.Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais. ( Diferença entre reino natural das causas e reino humano dos fins)
    O motivo moral da vontade boa é agir por dever. O móvel moral da vontade boa é o respeito pelo dever, produzido em nós pela razão. Obediência à lei moral, respeito pelo dever e pelos outros constituem a bondade da vontade ética.
    A moral de Kant, ao privilegiar a razão humana, exprime sua desconfiança com relação à natureza humana, aos instintos, às tendências de tudo o que é empírico, passivo, passional. A razão fala sobre a forma severa do dever porque é preciso impor silêncio à natureza carnal, porque é preciso, ao preço de grande esforço, submeter a humana vontade à lei do dever. Por conseguinte, o domínio da moral não é o da natureza (submissão animal aos instintos), o mérito moral é medido precisamente pelo esforço que fazemos para submeter nossa natureza às exigências do dever.

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  8. Kant se esforça para interiorizar o padrão de moral e ética da melhor forma possível, para isso ele utiliza-se das três máximas que criou para que possamos montar um imperativo universal que seria um consenso, visto que é resultado do esforço da razão.

    No entanto, acredito, que Kant abstrai muito o conceito de ética ao elaborar o conceito de Razão Pura, pois não compreendo como Seres Humanos que são tão fortemente influenciados pela Natureza seriam capazes de montar um complexo (e perfeito) sistema moral onde todos os impasses seriam resolvidos da forma mais sublime que se possa conceber.

    As minha conclusão sobre os textos, é que não podemos dar uma resposta imediata aceitando ou descartando as proposições kantianas, devendo seu estudo ser refletido e sua aplicação ser mais debatida em sala.

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  9. A “Metafísica dos Costumes” por Kant denota o diferencial humano como sendo a sua racionalidade, racionalidade essa que deve estar controlada por um conjunto de leis para que algo se torne moralmente positivo. Assim, a as ações morais são nada mais do que um dever interior do indivíduo sendo cumprido. Não existem ações benevolentes naturais.

    Já no segundo texto, Marilena aponta a conclusão de Kant sobre o indivíduo humano, como o indivíduo que procura incessantemente o seu melhor interesse e prazer, não importando as conseqüências. Após isso Kant distingue a razão teórica da razão prática, a ação de finalidade da ação causal e, após isso, estabelece suas próprias máximas e regras na tentativa de explicar as ações imorais ou morais.

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  11. Caros alunos,
    Veja a postagem da Sara. Ela conseguiu fazer um texto que revela grande competência. Abraços.

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  12. Caro Murilo B. Cortez,
    Espero que vc. passe a fazer postagens que revelem que vc. pensa sobre o tema em discussão. Abraços.

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  13. Caro Allan Campos,
    Sua postagem não revela que vc. conhece, minimamente, o tema em discussão.Abraços.

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  14. Cara Bianca,
    Sua postagem está muito bem elaborada. Parabéns. Abraços.

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  15. Gostaria de fazer um breve comentário sobre um dos pontos expostos em aula, sendo este quando o professor se utilizou do exemplo de mentir para explicar a moral Kantiana. Neste caso ele afirmou que a partir que se estipule que mentir é errado, de lá em diante não será permitido mentir de forma alguma (pois a razão interfere diretamente com as nossas ações de forma imperativa). Isto só seria realmente prático se todos os seres humanos no planeta seguissem regras que não quebrassem as três máximas morais, sendo que isso não ocorre na realidade, deixar de pensar nas conseqüências de suas ações (agir apenas com o imperativo de sua moral), pode levar a conseqüências ruins, sendo impossível justificá-las racionalmente. Voltando para o caso da mentira, em uma situação aonde dizer a verdade acarretara a morte de um ser humano, eu não consigo ver um argumento que consiga dizer que ao não mentir, isto não levou a morte de uma pessoa. Esta ética imperativa acaba por deixar de lado que não vivemos em um mundo completamente ético (já que se vivêssemos a situação anterior não viria a ocorrer), e de que as condições da situação podem interferir no valor de nossas ações.
    Outro ponto que eu achei confuso foi de como a ética se relaciona com a liberdade. Mesmo a ética sendo um dever (imperativo) ele ainda nos proporciona liberdade, o que para mim parecia contraditório. Porém já que somos nós mesmos que criamos e nos impomos estes deverem é possível dizer que ainda somos livres.

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  16. Kant afirma o papel da razão na ética. Diz que não existe bondade natural e precisamos do dever para sermos seres morais.
    Parte de duas distinções: entre a razão pura teórica e pura prática; e entre a ação por causalidade/necessidade e ação por finalidade/liberdade.
    A razão pura teórica e prática são universais, e sua diferença se encontra nos seus objetos. A razão teórica tem como conteúdo a realidade exterior a nós, independente de nossa intervenção; e a razão prática cria sua própria realidade.
    Kant faz a separação entre o reino da Natureza (onde ações são realizadas por necessidade causal) e o reino humano (onde as ações são realizadas por liberdade/finalidade).
    A razão prática tem o poder de criar normas e fins morais, e tem também o poder de impô-los a si mesma. Essa imposição é chamada de dever. O dever é a expressão da lei moral em nós. Obedecê-lo significa obedecer a nós mesmos.
    Kant justifica o fato que leis morais não são espontâneas a nós devido a nós não sermos apenas seres morais, também somos seres naturais, estamos sujeitos a impulsos, desejos, paixões, que são parte da nossa Natureza e exerce domínio sobre nós. A Natureza então, nos força a agir por interesse (determinado por motivações físicas, psíquicas, vitais, à maneira dos animais). E esse nosso comportamento natural costuma ser muito mais forte do que a razão, levando-os a precisar “vencer” essa parte de nós e impor-nos o nosso ser moral.
    O dever revela nossa verdadeira natureza. Ele não é uma lista do que fazer ou não, mas é uma forma que deve valer incondicionalmente e sem exceções para todas as circunstâncias de todas as ações morais.
    Kant deduz as três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; (universalidade da conduta ética; aquilo que todo e qualquer ser humano deve fazer como se fosse uma lei inquestionável).
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio; (dignidade do seres humanos como pessoas).
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais. (exprime a separação entre reino natural das causas e reino humano dos fins).
    O dever é um imperativo categórico. Ordena incondicionalmente. Esse imperativo não nos diz para praticarmos ou não uma determinada ação, mas nos diz para sermos éticos cumprindo o dever (as três máximas morais). Ao agir, devemos nos perguntar se nossa ação está em conformidade com as máximas do dever.
    De acordo com Kant, o dever reside em nosso interior, não é imposto de fora a nós.

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  17. Para kant não existe bondade natural, o homem nascia egoísta, ambiciosos, com uma vontade insaciável de prazer e exatamente isso que era o objeto pelo qual matamos, mentimos e roubamos. Essa visão de Kant contrapõe-se à Rousseau, pois ele acreditava que o homem nascia bom e a sociedade que o corrompe.
    Kant faz duas importantes distinções, a primeira diferencia razão especulativa e razão prática, a segunda ação por causalidade e ação por liberdade.
    A razão especulativa e prática servem para todos os indivíduos, sua forma é universal, porem seu conteúdo, tempo e espaço se distinguem. A razão especulativa engloba uma realidade independente dos seres humanos, contendo relações de causa e efeito (necessidade). A razão prática pode criar normas morais e é capaz de impô-las
    ( finalidade e liberdade), ao exercer tal ato cria o dever que cria valores e essa necessidade de obedecer a lei moral, que é imposta dentro de nós mesmos.
    Essas leis morais adotam a configuração de dever, segundo Kant, por causa do estado natural do homem, somos movidos por paixões e impulsos submetendo-nos a causalidade natural, logo quem é dominado por esses desejos não possui autonomia ética.
    O dever precisa se encaixar em toda ação moral, por isso é um imperativo categórico, não pode assumir condições deve valer em qualquer situação, é considerado uma “lei moral interior”.
    De acordo com Kant, existe 3 máximas morais que traduzem os atos realizados pelo dever:
    1-Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei
    universal da Natureza, ou seja é uma ação que todo individuo deve fazer sem questionamento;
    2-Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio, logo os indivíduos devem ser tratados com dignidade e não como uma ferramenta para interesses pessoais ou coletivos.
    3- Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais, a ultima máxima manifesta a diferença entre o estado natural das causas (vontades) e o reino humano dos fins (dever).
    Segundo Kant devemos obediência à lei moral , respeito pelo dever e pelos outros constituem a bondade da vontade ética, ou seja ao praticar uma ação devemos estar de acordo com as 3 máximas do dever e em consenso com os fins morais, exemplificando, o ato de roubar, agride as 3 leis do dever.
    Por fim observamos que o dever e a consciência moral são intrínsecos.

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  18. Kant define que o ser humano por si só é egoísta, ambicioso , destrutivo e etc., mas através do Dever nós nos tronamos morais .
    A Natureza envolve uma ação por necessidade, ou seja todas as ações por causa e efeito entram nesse campo .Do outro lado ficam as ações por liberdade , todo reino Humano entra nesse campo , pois nossas ações são guiadas pela nossa razão , e nós vivemos das imposições que nós mesmo fazemos , ou seja a “ imposição que a razão pratica fez a si mesma daquilo que ela própria criou é o dever” , e isso faz com que sejamos autônomos.
    O que faz com que esse dever não seja espontâneo é o fato de o ser humano viver também no estado de natureza. O dever se torna um imperativo categórico, ele consegue ficar entre a razão e as leis da natureza , consideradas universais . Assim institui-se as três máximas morais , a primeira delas afirma que a conduta ética esta acima de tudo, a segunda afirma a dignidade do ser humano e a terceira diz que a nossa vontade instituída pelo dever faz surgir uma vontade legisladora livre ou autônoma nele.
    Kant tem uma concepção muito racionalista, pois em sua visão acaba sendo a moral que rege toda moral .Todo individuo tem que ser moral e para isso não transgredir nenhuma das máximas, todos os códigos éticos gerais , e só assim consegue fugir de seus estado de natureza, o que acaba por minimizar qualquer tipo de atitude não racional.

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  19. Fundamentalmente, Kant tenta elaborar um sistema no qual visa a superação entre a dicotomia entre o empirismo e o racionalismo. E é nessa mesma base em que sua ética é formulada.
    Para Kant, em oposição a Rousseau, todo somos seres egoístas movidos por interesses próprios e então capazes de assassinar, roubar mentir. É a partir desse conceito que se faz necessário de uma motivação, na qual ele define como dever para podermos nos tornar seres morais.
    Baseado na razão, é exposto duas distinções básicas, sendo elas:
    Razão pura teórica ou especulativa (práticas universais, que tenha valia para qualquer um em qualquer tempo ou espaço, tendo como objeto a realidade exterior a nós baseadas na implicação de causa e efeito) X Razão pura prática(São objetos nos quais a realidade está contida em si mesmos baseados na implicação de finalidade e liberdade);
    Ação por causalidade ou necessidade X ação por finalidade ou liberdade.
    Esse encadeamento de proposições lógicas remeteu a Kant um sistema de três máximas morais, no qual estaria embutido o valor de dever para nos tornarmos pessoas morais, sendo eles:
    1. "Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza"
    Transferindo para uma linguagem atual por analogia como "não faça para os outros o que você não gostaria que fizessem para você". Porque uma vez que você pratica tal ato contra alguém, alguém pode cometê-lo contra você.
    2. "Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio."
    Por analogia, na linguagem atual como "não use ninguém de escada para obter alguma coisa."
    3. "Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais."
    Afirmação essa que nos dota de autonomia, nos separando dos efeitos de causa e nos transferindo para os fins.
    Assim, toda e qualquer ação que fogem aos parâmetros das três máximas, seriam considerados imorais, segundo Kant.
    Então, porque é que esse dever, definido também como imperativo categórico não é inato aos seres humanos? Kant também explica essa questão Para ele, a explicação dos fenômenos(Coisas que são para nós e não em si próprias) é explicado pela sensibilidade sobre qual o entendimento aplica a categoria a priori para assim formular juízos, ou seja, por sermos também seres naturais, não podíamos senão racionalmente aplicar juízos morais uma vezes que nossos impulsos e vontades são muito fortes.
    É assim, então que é privilegiada a razão humana em deterioração dos desejos carnais e passionais, sendo só por ela o meio capaz e viável de estabelecer uma relação de esforço a fim de nos tornarmos seres morais.

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  20. A "Metafísica do Costumes" de Emmanuel Kant começa com a boa vontade que só pode ser guiada pela razão. Só através de uma ligação inteligente os seres humanos podem ser direcionados a felicidade em sua plenitude. E, se socorrendo a razão, os seres humanos poderão se desvincular dos desvios do mundo natural, somente a racionalidade "pura" humana transforma o índivíduo em indivíduo livre e, justamente por estar livre, lhe é obrigado às regras, às legislações morais, aos deveres, não pelos efeitos que acarretarão mas por serem "ímpetos" de sua racionalidade ética que é um fim em si mesma. O mundo ético de Kant tenta fugir do subjetivismo de Hume o que julga acarretar em instrumentalização das relações humanas, e põe a idéia do dever racional "dentro" dos seres humanos, regras fixadas positivamente e incondicionalmente, um legislar tanto para si como para todos.

    Kant desafia o discurso ético com sua sobriedade metódica, com suas exigências do dever racional. Porém incute em nós seu temor para a desvalozição dos seres humanos, sua tentativa de coloca-los como fins em si mesmo, com um valor íntrinseco, de certa forma significa uma retomada da dignidade humana, não só do agente racional.

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  21. Kant defende uma visão objetivista da ètica, dando grande valor, portanto, à razão. Também acredita que o ser humano é um ser cruel, agressivo e destrutivo.
    Instaura a discussão sobre a universalidade da razão, de modo que ele defende que estas são as mesmas para todos os seres humanos. E define a razão prática e a razão teórica, sendo a primeira como liberdade para instaurar fins éticos, e a segunda como algo exterior ao ser humano.

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  23. Kant apresenta o foco de sua teoria na razão. Ele apresenta em sua teoria dois tipos de razão: a razão pura pura e a razão pura prática, que são tidas como universais. Nessa teoria, a razão pura pura – estritamente relacionada com a ação que Kant chama de ação por causalidade ou necessidade - tem o papel de explicar o mundo, com relações de causalidade, onde não existe a escolha de agir ou não, a ação é praticada por necessidade, condicionalidade, sem a necessidade de uma reflexão sobre a ação ou existência. Já a razão pura prática – estritamente relacionada com a ação denominada por Kant como ação por finalidade ou liberdade - apresenta o dever; aqui, Kant retira a causalidade do fato e atribui a questão do dever, onde o ser pode praticar ou não a ação que deve, mas ele DEVE praticá-la.

    A felicidade na filosofia kantiana entra no ponto do dever. A pessoa feliz é aquela que cumpre todos os seus deveres e a felicidade máxima é encontrada quando você deseja realizar a ação que deve, ela é o que deve ser, é nesse ponto que se encontra a felicidade pela na teoria ética kantiana.

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  24. Baseado na tese de uma natureza, em princípio, amoral do ser humano, Kant propõe regras morais incorruptíveis. Para isso, sugere que os mesmos sejam fixos, não variando de acordo com a situação, ou seja, os meios devem ser tratados como fins, assim como os homens não podem ser tratados como meios.
    Além disso, Kant defende onipresença da razão na conduta humana, desde da concepção do dever até a prática da ação.

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  25. Na visão de Kant a necessidade de regras para o ser humano visa a moralidade, visto que, afirma não existir bondade natural no homem, sendo, por natureza, ruins, egoístas, sem escrúpulos para alcançar seus objetivos.
    Partindo da distinção entre razão pura teórica ou especulativa e distinção entre ação por causalidade ou necessidade e ação por finalidade ou liberdade.
    A primeira distinção é universal, a mesma em todos os lugares podendo variar de acordo com o tempo e o espaço, diferenciando-se no conteúdo. Essa razão especulativa a qual é feita a primeira distinção tem como conteúdo a realidade exterior a nós, opera independentemente de intervenção; criando sua própria realidade.
    Colocando como o reino da necessidade, a Natureza, há a diferença ainda entre o reino humano, realizando ações racionais por finalidade. E a razão prática tem o poder para criar normar e impô-las sobre si sendo assim, o dever; estando longe de ser uma imposição, obedecê-lo é como se fosse a si mesmo.
    Em suma, o dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral, sendo uma forma imperativa que vale para todas as circunstâncias, sendo um imperativo categórico - ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma-.
    Após saber a fórmula exprimida pelo imperativo categórico deduzir três máximas que traduzem atos realizados pelo dever:
    1-Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei
    universal da Natureza, ou seja é uma ação que todo individuo deve fazer sem questionamento;
    2-Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio, logo os indivíduos devem ser tratados com dignidade e não como uma ferramenta para interesses pessoais ou coletivos.
    3- Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais, a ultima máxima manifesta a diferença entre o estado natural das causas (vontades) e o reino humano dos fins (dever).

    Kant afirma enfim, que devemos obediência â lei moral e respeito pelo dever e pelos outros constituem a bondade da vontade ética, ao praticar uma ação devemos estar de acordo com as três máximas do dever juntamente com os fins morais para agir de forma mais correta em nosso meio social.

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  27. No início do Prefácio da “Fundamentação da Metafísica dos Costumes” Kant aponta para a necessidade de se dividir a ciência em áreas de estudo que separe o empírico do racional. Assim como a divisão do trabalho em sistemas de produção tem o intuito de torná-la mais eficiente e aprimorada em cada uma de suas etapas a divisão do conhecimento faz com que tenhamos maior refinamento na construção das teorias. Kant assim separa a chamada razão pura teórica da razão pura prática. Na razão pura teórica temos a presença de tudo aquilo que é empírico e relacionado sobretudo as proposições científicas. Já a razão pura prática trata da gênese dos temas propostos pelo debate ético.

    Lançando mão de sua racionalidade o homem tem, portanto, como parte de sua natureza a presença do dever. Esse dever o incumbe de tomar as decisões morais que vão de acordo com os imperativos racionais que, por sua vez, estão além de nossa existência. Essas decisões existiriam a priori e de forma transcendental (de onde vem a ideia de “Metafísica dos Costumes”). Sendo assim temos que na visão kantiana da moral se faz necessário “ […] indagar a origem dos princípios práticos que existem a priori em nossa razão [...]”. Razão esta que interfere em nossas ações.

    Todas as ações que cometemos estariam vinculadas a uma busca pela felicidade. Diferente de Hume, Kant acredita que a motivação dos atos morais não vem de paixões e desejos e sim de uma vontade pura desvinculada da questão do querer. A “Boa Vontade” humana trabalharia então na busca natural pela felicidade e seus frutos (“poder, riqueza, honra saúde, bem estar” …). Esta busca existente a priori pode ser vista na passagem: “ […] independentemente do dever todos os homens possuem dentro de si uma inclinação muito forte e muito profunda para a felicidade, pois que justamente nesta ideia de felicidade se unem todas as suas tendências [...]”. Portanto o efeito das leis morais sobre o sujeito é o respeito. A lei juntamente com o “puro respeito” determinam a vontade. Temos assim que “ […] o dever é a necessidade de cumprir uma ação pelo respeito a lei […]” e que “ […] tudo quanto se designa interesse moral consiste exclusivamente no respeito da lei [...]”.

    Desta forma podemos deduzir que para Kant a questão do dever não está desvinculada da questão da liberdade. É como se disséssemos que o homem é livre e por ser livre age conforme as designações do dever.

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  28. Kant afirma o papel da razão na ética. Para ele, não existe bondade natural e a nossa natureza nos faz ter prazeres insaciáveis que nos levam, muitas vezes, a matar, mentir, roubar, entre outras ações desastrosas e, por isso o dever é necessário para agirmos de forma moral.

    Kant faz distinção entre razão pura teórica ou especulativa (ação por causalidade ou necessidade) e razão pura prática (ação por finalidade ou liberdade). Ambas as razões (pura teórica e pura prática) são universais, a diferença entre elas encontra-se em seus ojetos. A pura teórica tem como meio o "ser" e a pura prática tem como meio o "dever" e, esse dever é a expressão da lei moral em nós, pois ele deve valer para toda e qualquer ação moral. Por isso, segundo Kant, um "ato moral" se realiza como acordo entre a vonatde e as leis universais que ela dá a si mesma. Dessa forma, a felicidade está no dever e um indivíduo é feliz quando a sua vontade, o seu desejo é exatamente aquilo que deve ser feito. Entretanto, não cumprir o dever é não ser racional praticamente, arriscando a felicidade.

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  29. Kant dedica o texto à moral, ao objetivo de se encontrar na razão pura um princípio superior da moralidade que, no qual se tenha dedutivamente o valor das ações e a dignidade humana, mas no plano da razão.
    Sendo assim, a vontade é que faz da razão pura um ato de "autoridade", pois fala o que todo o ser racional deve obedecer, excluindo do campo da moralidade as ações que não são feitas por dever, considerando todas ações boas, desde que não inflija a moralidade e não seja feita por vontade. Pois só as ações que tenha autonomia, em relação a vontade, são consideradas por Kant, moralmente boas.

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  30. Já lemos em textos passados sugeridos pelo professor sobre a importância que Kant atribuía à razão humana e sua influência sobre a ética e moral dos indivíduos, consequentemente e concomitantemente, sobre suas ações também.
    Para Kant, é o dever que nos prende à moralidade, que nos faz agir de maneira ética. Os valores morais não são instintos naturais nossos porque, segundo Kant, não somos APENAS seres morais, embora fique claro que possuímos essa faceta, pois através da razão prática é que nos impomos os princípios e deveres que achamos certo e ético serem seguidos.
    Os desejos carnais, nossas vontades, impulsos são parte de nosso corpo e mente, e é como se a natureza e sua causalidade se manisfestasse em nós através deles. Quem se submeter a tais paixões carnais e voltadas ao interesse pessoal, não pode ter autonomia ética, como Chauí argumentou. Tal ponto parece perfeitamente aceitável, afinal, agir sem se preocupar com as consequências, apenas buscando o prazer e o que desejamos, não parece ser muito sensato, e pode nos trazer grandes prejuízos, e às vezes isso sem alcançarmos o que queremos. Essa irracionalidade nos igualaria aos animais.
    Para Kant, a liberdade não se caracteriza em fazer tudo que deseja, e sim em impor nosso ser moral sobre o natural, e assim, agirmos de forma mais racional e ética. O dever deve ser forma que enquadre qualquer ação, qualquer pensamento, tem que ser geral e servir para todas as situações, por isso é chamado de imperativo categórico, e não indicativo, pois não há uma lista de ações recomendáveis e ações reprováveis.
    Através das 3 máximas constituintes desse imperativo, o indivíduo pode analisar a ação que pretende realizar e ver se enquadra em todas; se sim, está dentro dos domínios da ética e moral, se não, fere os princípios éticos, e não deve ser realizada.
    Eu não deixo de concordar com Kant em sua argumentação. O ser humano é, por natureza, extremamente egoísta e só se preocupa com seus próprios interesses, só age de forma ética sem ser forçado por sua racionalidade quando seus interesses vão ao encontro do melhor ao geral. Portanto, a razão seria, na minha opinião, o que nos leva a sermos éticos se nos propomos a tal. Ponderamos e sabemos a importância de ter princípios, mesmo que agindo de maneira norteada pela moral não alcancemos o que almejamos. E assim, através de convenções, “deveres” e máximas, evitamos o caos sistêmico que sem dúvida acometeria a sociedade se não nos preocupássemos com a ética, como podemos inferir do exemplo de Chauí acerca da mentira.

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  31. Kant contradiz a teoria de Hume que defende que a ética é baseada em um único tipo de ser humano que é físico (1 Dimensão) enquanto o ser humano segundo Kant tem duas dimensões. A primeira relativa à razão teórica ou especulativa que tem como conteúdo a realidade exterior a nós, independentes da intervenção humana e que funciona segundo leis de causalidade, este é o reino das necessidades – Natureza- ou seja, são ações não controladas. A segunda dimensão, a razão prática, do reino humano, é onde se exerce a moral, as ações são realizadas racionalmente definidas pela liberdade e finalidade, portanto, é a que tem o poder de criar e impor normas e fins morais.

    A formação das ações humanas pelas duas dimensões apresentadas é o que cria a necessidade do dever, dado que as leis morais não são espontâneas. Kant diz: “Nossos sentimentos, nossas emoções e nossos comportamentos são a parte da Natureza em nós, exercendo domínio sobre nós, submetendo-se á causalidade natural inexorável. Quem se submete a eles não pode possuir a autonomia ética.” Assim, sem bondade natural, ele defende que a natureza faz o ser humano agir pelo interesse e as emoções podem fazer o homem ser mentiroso, cruel, ambicioso, egoísta. O dever pertencente à razão prática é quem pode controlar e criar as leis morais e é quem revela a verdadeira natureza.

    Kant define o dever como “imperativo categórico” ordena incondicionalmente e não se relaciona com motivações psicológicas. Disso ele tira 3 máximas:

    “1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei
    universal da Natureza; - Universalidade da conduta ética.
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na
    pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio; - Dignidade dos seres humanos.
    3.Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os
    seres racionais.”– Separação entre o reino humano e o natural.

    Assim ao agir moralmente deve-se respeitar as três máximas do dever e Kant ressalta ainda a importância da razão e que a moral, a noção de dever, não é imposta oriunda do meio externo e sim do interior da pessoa.

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  32. Para Kant o homem é instintivamente egoísta, porém devido a sua capacidade inata de pensar o homem desenvolve em si uma lei moral, a qual passa a carregar em seu interior. Esta lei moral, normas e fins, é auto-imposta e pode ser designada como dever.
    Portanto, o homem carrega em si o dever, que não sendo uma imposição externa é a expressão de nossa humanidade (capacidade singular dos seres racionais).
    Mas para Kant não somos apenas seres morais, somos também seres naturais submetidos a instintos determinados, em suma, agindo de forma egoísta e buscando a satisfação de apetites primários.
    A distinção entre “razão pura prática” e “razão pura pura” é particularmente útil para compreender estes dois planos da concepção de humanidade de Kant, já que homem é visto sobre dois planos (e sua racionalidade idem), e o “filtro do dever” distingue os homens dos demais animais.

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  34. A Ética de Kant ressalta o papel da razão na ética, negando a existência de qualquer bondade inerente ao ser humano, pelo contrário, para Kant, todos os homens são egoístas e ambiciosos e a única maneira de ser moral é seguir regras.
    Há dois pontos importantes para o entendimento do pensamento de Kant. A distinção entre razão pura e teórica e razão pura prática: ambas são as mesmas para todos os homens, porém enquanto a razão teórica tem como objeto a realidade exterior a nós, segundo leis de causa e efeito, a razão prática cria sua própria realidade, na qual estamos inclusos.
    Outro ponto importante é a distinção entre ação por causalidade ou necessidade e ação por finalidade ou liberdade. As ações por necessidade estão inclusas naquela realidade da razão teórica já citada, acontecimentos regidos por sequências naturais, enquanto as ações por liberdade podem ser realizadas através do poder de criação de regras e normas.
    Dessa forma o autor apresenta o dever e a norma não como imposições exteriores a nós e sim como expressão da nossa capacidade de sermos morais, de maneira autônoma, apesar de não sermos compostos apenas dessa vontade de ser moral, mas também, pela parte natural egoísta já citada que vê a liberdade de ações justamente como a capacidade de infringir normas de agir segundo impulsos e desejos.
    Kant vê o dever é a expressão do que deve valer para toda e qualquer ação moral. Dessa forma não há hipóteses, não há situação ou condições, o dever é universal, como um acordo entre vontade e leis universais. A partir disso, enfim, Kant deduz três máximas morais:
    1)Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2)Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3)Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Dessa forma, o motivo do agir eticamente, segundo Kant, é o agir segundo o dever.

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  35. Emanuel Kant assim como Jean-Jacques Rousseau coloca o dever como algo interno, diferente do que parece para muitos, de que o dever nos é imposto de fora por uma vontade alheia a nossa. E alem disso Kant deixa entender que a pessoa feliz é aquela que cumpre seu dever, algo bastante diferente da opinião de muitos cidadãos comuns hoje em dia, pela qual o dever é uma tarefa árdua a ser cumprida que em muitos casos nada de feliz trás. Indo mais além, o ponto máximo da felicidade em Kant seria quando a pessoa desejasse cumprir seu dever, na verdade quando o desejo dela é também seu dever, nesse ponto essa pessoa atinge a felicidade máxima.

    A teoria kantiana divide a razão em 2 tipos: temos a razão pura pura (teórica ou especulativa) e a razão pura pratica. Ambas universais, a razão pura teórica seria: “um sistema de objetos que opera segundo leis necessárias de causa e efeito, independentes de nossa intervenção.” Ou seja não interessa o que pensamos, o que achamos, simplesmente é e acabou. Já na razão pura pratica uma realidade própria é criada.

    Kant ainda deduz três máximas morais, das quais em minha opinião nos levam a chegar ao que foi dito no primeiro parágrafo aqui exposto.

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  36. Na visão de Ética de Kant a razão exerce um papel fundamental capaz de guiar a boa vontade das pessoas para uma conduta em forma de ação perfeita. Para ele o ser humano não é bom por natureza, ao contrário, é egoísta, ambicioso, busca prazeres, e por eles é capaz de roubar, matar e mentir. Somente o dever aliado à razão é capaz de corrigir a conduta humana.
    Kant faz uma distinção entre a razão pura teórica e pura prática e entre a ação por finalidade e causalidade. A razão pura tanto teórica quanto prática é universal, ou seja, a mesma para todos os homens. A diferença delas deve-se ao fato de a razão teórica opera independente da intervenção humana, se encontrando no exterior dos homens seguindo uma relação de causalidade externa, já a razão prática, não possuí este sistema de causa e efeito exterior ao homem. Criando sua própria realidade.
    Já a distinção de ação por finalidade e causalidade vem do fato de a Natureza ser o reino da necessidade, o qual os acontecimentos de fenômenos são regidos por uma ordem de causa e efeito. Além do reino da Natureza existe o reino humano o qual as ações realizadas são pautadas racionalmente não pela necessidade de causa e efeito, mas pela finalidade e liberdade.
    Estas distinções são importantes para compreender Kant, pois a razão pura prática cria normas e fins morais, bem como impõe eles a si mesma. Essa imposição é o dever. Algo próprio da nossa consciência que representa a lei moral, a maior manifestação de humanidade nos homens. A questão é que mesmo os homens sendo livres e inteligentes, a lei moral assume um papel de dever, uma obrigação, ela não é espontânea a nós.
    Isso se deve ao fato do os seres humanos também pertencerem ao reino da Natureza, ela nos motiva a agir por interesse, exaltando nossas paixões, o interesse engana a visão humana e fá-lo pensar estar sendo movido unicamente por ele mesmo como um ser livre, no entanto, está sendo movido pela causalidade natural. "O dever não é um catálogo de virtudes nem uma lista de 'faça isto' e 'não faça aquilo'. O dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral." Desta maneira o dever é um imperativo e todo ato moral nasce do acordo entre a vontade e as leis universais. Kant deduz as três máximas morais realizadas pela incondicionalidade dos atos realizados por dever. A primeira se refere a universalidade da conduta ética.A ação por dever é uma lei moral para o agente. A segunda se refere a dignidade dos seres humanos como pessoas, desta maneira eles sempre serão o fim e não o meio para a ação. A terceira exprime a diferença ou separação entre o reino natural das causas e o reino humano dos fins.
    Por meio do imperativo categórico é uma demonstrada a forma geral das ações morais. Ele não nos diz para se praticar uma determinada ação em vez de outra, mas nos diz para sermos ético cumprindo o dever, ou seja, as três máximas morais.

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  37. A razão prática de Kant leva-nos a entender que a moralidade deve ser válida para qualquer ser racional, nas relações dos seres racionais uns com os outros, independentemente do motivo ou fim ao qual possamos ter alguma inclinação.
    Nossas ações serão consideradas boas (não necessariamente benevolentes ou generosas) somente se forem motivadas pelas exigências do dever moral, sem que haja liberdade de escolha.
    Assim, as leis morais tornam-se universais, válidas para todos os seres racionais; são imperativos categóricos. Cada ser racional deve, portanto, orientar-se pelas máximas morais para estabelecer suas ações individuais (sem mentiras ou coerções).

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  38. Marcelo Kenji Shimabukuro

    Diferentemente de Rousseau que acreditava na bondade humana, corrompida somente pela sociedade na qual o homem vive, Kant via no homem a síntese de sentimentos de egoísmo, ambição, crueldade e agressividade, suas ações guiadas pela sua sede por prazer o levavam a mentir, matar e roubar. Somente o dever era capaz de transformar o homem num ser moral.
    A exposição das idéias de Kant parte a partir da distinção do que é a razão pura teórica e prática e a partir da distinção de ação por causalidade e ação por finalidade.
    A razão pura teórica e prática são universais, ou seja, sua forma na atividade racional e na ação não mudam, independente do conteúdo do conhecimento e da ação que podem variar com o tempo e lugar.
    A distinção entre razão teórica e prática se encontra no objeto. Enquanto a razão teórica tem como objeto a realidade exterior regida pela causa e efeito e que é independente da nossa intervenção, a razão prática cria a própria realidade na qual se exerce sem a necessidade de uma causalidade externa a ela.
    Essa distinção parte da diferença entre necessidade e finalidade. A natureza é o reino da necessidade regida pelo par causa-efeito (ou seja, é o reino da física, astronomia, psicologia, etc.) e o reino humano é o reino onde as ações são regidas pela finalidade e liberdade.
    Ao entender essa distinção, conseguimos compreender, podemos entender a razão puta prática que cria normas e fins morais auto-impositivos. Essa imposição de normas e fins morais a si mesmo é o dever.
    Assim o homem tem a lei moral imposta por meio do dever, pois somos ao mesmo tempo pertencentes do reino humano e da Natureza, e nossos sentimentos, impulsos, desejos costumam ser mais fortes que a razão.
    O dever é um imperativo categórico fundado em 3 máximas morais: a primeira exprime a universalidade da conduta ética, a segunda fala sobre a dignidade de tratar os outros seres humanos como pessoas e não instrumentos para os próprios interesses e a terceira mostra a separação entre o reino natural das causas e o reino humano dos fins.
    Assim, o imperativo categórico não é um catalogo de ações a serem concretizadas ou necessariamente evitadas, mas sim conduzir as ações de acordo com o dever.

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  39. Podemos perceber na obra de Kant, quando ele nos fala da essência má do homem, seu egoísmo e essa queda a favor de sua natureza, a influencia que ele carrega do protestantismo. Como assíduo protestante que era ele afirma que o ser humano é mau, assim como toda corrente de pensamento dessa vertente cristã, e a partir daí começa a elaborar sua tese. Com a idéia de egoísmo presente na naturalidade do homem e sua preferência a isso, ele nos coloca a razão como uma espécie “voz da consciência” que nos diz qual o caminho certo a seguir, e dá a isso o nome de imperativo categórico. É ele que nos influencia a querer fazer o que é correto, ou seja, ético. Minimizando nosso desejo natural de querer fazer o que é mais prazeroso a nós sem nos importarmos com nosso próximo.

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  41. Para Kant o homem por natureza expressa em sua personalidade traços imorais tais como egoísmo, ambição, agressividade crueldade etc. Para agirmos (ou sermos levados a agir) de modo moral há a necessidade do DEVER, ou seja, “não existe bondade natural”.
    São estabelecidas na teoria Kantiana duas distinções: A distinção entre razão pura teórica, em que a realidade é exterior a nós, estando ligada às leis de causa e efeito que independem de qualquer intervenção. E a razão pura prática que não possui nenhuma causalidade externa, ao invés disso gera sua própria realidade. Ambas têm a FORMA da atividade racional do conhecimento e da ação de modo universal, vale ressaltar que podem ocorrer mudanças no conteúdo mais a forma continuará a ser universal.
    A diferença apresentada entre razão pura prática e teórica decorre da segunda distinção apresentada por Kant, a distinção entre necessidade e liberdade / finalidade. A necessidade está ligada a natureza, sendo regida por leis de causa de efeito. Já o a liberdade / finalidade consiste em uma característica do “reino humano”, pois as ações não são motivadas pela “necessidade casual”. “Se a razão prática tem o poder para criar normais e fins morais, tem também o poder para impô-los a si mesma”, a imposição aqui relatada é o dever. Motivados pelo dever alcançamos a autonomia ética, pois estabelecemos a nós mesmos os fins, as leis e os valores de nossa ação moral.
    Nós não somos apenas seres morais, “também somos seres naturais, submetidos à causalidade necessária da Natureza”. Nosso lado subjetivo (sentimentos, emoções) faz parte da Natureza em nós, nesse estado, quando estamos sendo guiados pela Natureza, perdemos nossa autonomia ética, age-se, portanto motivado apenas pelo interesse. O interesse desperta nos indivíduos a “forma natural do egoísmo”, que os faz usar as pessoas, coisas, a fim de adquirir seu benefício próprio e viverem numa ilusão de liberdade e de racionalidade, ou seja, quando os indivíduos são egoístas pensam estarem munidos de racionalidade e autonomia, porém esses estão sendo apenas como “bonecos ventríloquos” de seus instintos – vivenciando uma ilusão liberdade. Agindo segundo seus impulsos assemelham-se a animais “irracionais” que são apenas motivados por sua casualidade natural.

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  43. [Continuação]

    Entretanto, nosso lado regido pelo reino da natureza - por mais ilusório que possa ser – é costumeiramente mais forte, desse modo a “razão prática e verdadeira liberdade precisam dobrar nossa parte natural e impor-nos nosso ser moral”. Para tanto é necessário transpor às motivações advindas do interesse e seguir as que se derivam do dever, “Para sermos livres, precisamos ser obrigados pelo dever de sermos livres.” É o dever, portanto que revela nossa “verdadeira natureza”, sendo esse uma “forma que deve valer para toda e qualquer ação moral” – universal. Por ser incondicional e sem exceções para as mais variadas circunstâncias de todas as ações morais, o dever é um imperativo categórico, “não é uma motivação psicológica, mas a lei moral interior”. Assim como fórmula geral: “o ato moral é aquele que se realiza como acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma”.
    Dessa fórmula deduziu-se as três máximas:
    1* Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2* Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3* Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Um ato é considerado imoral se for de encontro com as três máximas, exemplo, a ação de mentir. “As máximas deixam clara a interiorização do dever, pois este nasce da RAZÃO e da VONTADE legisladora universal do agente moral”, ou seja, esse acordo expressa-se como uma “vontade boa que quer o bem”. Para sintetizar: “O motivo moral da vontade boa é agir por dever. O móvel moral da vontade boa é o respeito pelo dever, produzindo em nós pela RAZÃO. Obediência à lei moral, respeito pelo DEVER e pelos outros constituem a bondade da vontade ética”.

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  44. Kant usa de uma definição um tanto quanto “forte” do ser humano, etiquetando-o como egoísta, destrutivo e outras coisas mais. Define que tais seres estão sempre buscando o prazer de forma que leva-os a morte. Porém existe algo para regrar tais impulsos primais e selvagens, algo que por sua vez faz este ser agir de forma mais “respeitosa” para com o semelhante, Kant, diz que este algo é o dever. Para chegar a este ponto, Kant coloca em sua teoria dois tipos de razão, a pura pura e a pura prática. Da primeira relaciona-se a ação que Kant denomina “ação por casualidade ou necessidade”, pode-se entender dela ações que não necessitam de reflexão, simplesmente no caso, é necessário agir. Ou seja, não existe a escolha, existe a necessidade e a condição da situação. Já no segundo caso, na razão pura prática a relação que Kant faz é com os fins e com a liberdade. Kant extrai a necessidade e a casualidade que dão forma a razão pura pura e define esta outra razão, pura prática, como algo relacionado ao dever, o indivíduo deve praticar tal ação. Definidos estes pontos, Kant, parte para um outro ponto da análise moral, deixando claro que a moral, a capacidade de ser uma pessoa moral, não parte apenas da vontade, do desejo, de ser moral, como apontaram autores anteriores. Kant por sua vez, atribui as ações morais ao dever, ou seja, existem ações morais e o que faz as pessoas a tomarem essas ações não é a simples vontade, mas sim o dever que elas tem de serem morais. Afim de embasar sua teoria, o autor estabelece três máximas da moralidade. Tais máximas são como regras morais, ou leis morais, que devem ser seguidas pelos seres que se julgam morais, pois estes necessitam do dever para guiar suas ações. Para Kant o que realmente faz o ser agir eticamente é o dever que as leis morais existentes exercem sobre as pessoas e as máximas por ele estabelecidas, podem ser observadas e poderiam ser deduzidas ao observar o comportamento das pessoas. Kant vem dessa forma com um pensamento diferente de Hume, quando entra em um Universo onde o que leva o ser humano para ações morais é o dever e não a simples vontade de ser moral.

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  45. Gabriel G. Munhoz
    Opondo-se ao filósofo francês Rousseau que elaborou a ideia do bom selvagem em que o homem é bom por natureza e a sociedade o corrompe, Kant afirma que o homem é mau por natureza, que o dever é necessário para garantir a liberdade para conseguirmos ser seres morais. O argumento de Kant afirma que o homem é regido pelo seu estado de natureza - onde há a relação de causalidade – e seu estado humano – onde o uso da razão para o dever gera a liberdade- assim a razão pode estabelecer o dever que, por sua vez, é oposto ao mundo natural das necessidades em que cada ser humano age de acordo com seu interesse e em sua forma natural.
    Talvez seja impossível agir de forma ética do modo que Kant propõe, pois para cumprirmos o dever temos que agir de maneira oposta a nossa natureza, aos nossos instintos e, como Freud determinou posteriormente, os desejos reprimidos pelos valores existentes no superego de nossa psiqué podem resultar em distúrbios patológicos. Assim os “loucos” não podem ter conduta moral, são julgados como irracionais, porém sua “loucura” foi gerada pela conflito entre seu estado de natureza e se estado humano.

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  46. Como é exposto no texto de Marilena Chauí, Kant parte da afirmação de que o homem é mau por natureza, dessa forma ele precisa que lhes sejam estabelecidas obrigações ( deveres ) para que possa se tornar um ser moral. Assim, para definir seus conceitos sobre ética Immanuel Kant faz duas definições prévias : a distinção entre razões puras teórica e prática , e entre as ações por causalidade e por finalidade ou liberdade. As ações por causalidade correspondem à natureza, ao mundo externo aos seres humanos, que apresenta acontecimentos necessários e não dependentes de nossas ações ; é justamente esse mundo que serve de objeto para a razão pura especulativa , que trata da realidade exterior a nós. Já a razão pura prática é responsável por criar sua própria realidade, concernindo o reino humano em que as ações são realizadas por meio do uso da razão , não por serem necessárias, mas sim para alguma finalidade / liberdade. A razão prática teria também o papel de criar normas morais e de impô-las a si mesma , tal imposição recebe o nome de “dever”. Dessa forma, a imposição do dever não seria algo externo ao homem, mas sim proveniente de sua consciência; assim seríamos seres autônomos que obedeceriam a si mesmos.Quanto ao questionamento sobre a aparente contradição entre o fato de sermos racionais e livres e mesmo assim termos de ter leis morais impostas a nós como deveres, Kant responde dizendo que isso ocorre por não sermos apenas seres racionais , somos seres naturais também , e como já foi citado , nossa natureza é perversa, e nossas emoções e desejos são a expressão dessa perversidade, devendo a razão prática se sobrepor a esses anseios similares as ações animais ( naturais por instinto ). Kant também prega que o dever não é indicativo do que devemos ou não fazer em uma ou outra situação, mas ele é sim um imperativo que ordena incondicionalmente e deve ser aplicado em toda e qualquer situação , seguindo a máxima de que deve-se agir apenas em conformidade com aquilo que se gostaria que fosse tornado uma lei universal.

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  47. Kant, diferente de Rousseau, não acredita que o homem é bom por natureza e a sociedade o corrompe, mas crê que a natureza humana é egoísta.
    O autor divide seu pensamento sobre ética em duas razões: a razão pura teórica e a razão pura prática. Ambas são universais, porém a razão pura teórica se volta à natureza e nela está inserida a causalidade e necessidade, enquanto que na razão pura prática está a ideia de liberdade e finalidade, portanto esta se volta a racionalidade humana.
    Na razão pura prática, por meio da liberdade e racionalidade pode-se pensar na ética humana, ou seja, a ética não deriva de algo externo ou natural do homem nem de algo não conhecido. Ela (ética) deriva da razão e da liberdade (e da vontade), pois a causalidade e necessidade de ações está na natureza.
    A ética Kantiana é a ética do dever. Quem não respeita o dever, não age com racionalidade e, portanto, não exerce sua liberdade. Fica apenas na causa e efeito, assim, se submete a natureza. Torna-se ser não pensante, não racional e apenas natural. Não está apto a viver em sociedade, pois não respeita as regras inexoráveis da razão (a ética devirada do imperátivo categórico).
    Ressalta-se que a razão é mais fraca do que a natureza e o único meio de o homem racional vencer sua parcela natural e se impor sobre ela é usando da vontade, do dever que o obriga a ser ético por meio da liberdade de escolha (de escolher o caminho da racionalidade, o caminho da humanidade, da convivência em sociedade).
    Ademais, no caso da violência poder derivar da racionalidade, pois não há natureza violenta, Kant explica que pelo contrário do que parece, a violência advém da irracionalidade que é satisfação dos nossos impulsos ( a submissão à nossa natureza).
    Por fim, o dever é composto de três máximas universais. O dever moral é inseparável e compatível com a liberdade, pois a vontade (que está na liberdade) dá o direito do homem, usando da sua razão escolher seguir as três máximas. Quem não segue as três máximas não segue a razão.

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  48. Segundo Kant, o ser humano, por natureza, não é diferente de qualquer outro animal. Agindo de acordo com essa natureza, ele é egoísta, ambicioso e tem como único objetivo a satisfação de seus impulsos e desejos, mesmo que para a obtenção destes ele tenha que manipular e/ou ferir outros seres humanos. No entanto, a diferença crucial entre os outros animais e o ser humano é que este último possui algo que os outros não possuem: a razão. É somente através do pensamento racional que o ser humano pode agir eticamente. A razão dentro de cada um de nós cria o dever para nos forçar a agir de forma moral, ou seja, a moralidade não nos é imposta por uma fonte externa, mas sim por nós mesmos.
    Para o autor, apesar de agir de acordo com os nossos impulsos naturais parecer com a verdadeira obtenção da liberdade, o ser humano só está realmente livre quando age racionalmente, de acordo com o dever, e é libertado destes mesmos impulsos que o cegam. Kant apresenta as três máximas morais para melhor explicar o conceito de dever, resumidamente, estas três máximas dizem respeito à, respectivamente, universalidade da ação moral, que deve ser aplicada em qualquer situação; ao respeito aos outros seres humanos, que devem ser vistos como o fim, e nunca como o meio para a obtenção de algo; e à diferença entre o mundo natural e o mundo moral, sendo este último o único capaz de oferecer a verdadeira liberdade. Segundo ele, para que uma pessoa aja éticamente, ela tem que seguir estas três máximas morais. E uma ação anti-ética só o é assim considerada pois está em desacordo com uma destas três máximas.

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  50. Kant opõe-se ao que Russoeau classifica como "moral do coração", e afirma novamente que a razão tepapel da razão um grande papel na Ética. Segundo ele, a bondade natural não existe, somos todos egoístas por natureza, além de ambiciosos, agressivos, ávidos de prazeres não saciáveis, matando, mentindo, roubando e trapaceando por esses prazeres. Então é principalmente por isso que precisamos do dever, de algo racional, para nos tornarmos seres moralmente aceitáveis.
    As idéias de Kant seguem duas distinções: entre a razão pura teórica e a razão pura trática; e a distinção entre açõa causal ou nocessária, e ação livre.
    A razão teórica está relacionada à realidade exterior a nós, um sistema de causa e efeito,não dependentes de nossa vontade e/ou interferência.
    A razão prática é o livre modo de colocar em nossas vidas as normas e as finalidades éticas. Ela nos impõe essas normas assim como impõe sobre si mesma, e isso é o qu podemos chamar de dever. Portanto, o dever não é algo imposto a nós por algo externo, mas sim imposto por nós mesmos, é a nossa consciência, é a moralida se expressando dentro de nós, é a maior manifestação de humanidade. "Obedecê-lo é obedecer a si mesmo". Através do dever, os valores morais são concedidos a nós por nós mesmos, por isso somos autônomos.

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  51. O ser humano, para Kant, é um ser egoísta e destrutivo, e que, para sermos levados a agir, de maneira moral, somos impulsionados pelo dever, pelo fato de não existir bondade natural.
    Esta impulsão tem duas razões: a razão pura teórica que funcionam de maneira independente à nossa ação ou intervenção (as da Natureza), e, a razão pura pratica que é das coisas humanas criando sua própria realidade. Esta distinção é a diferença entre necessidade e finalidade.
    Nós somos portanto, regidos por leis e a moral derivava do dever que buscava uma ética de validade universal e a natureza humana é uma natureza racional, então o dever é uma forma de validar a ação moral. Este imperativo categórico ou ordenação incondicional não provem de uma motivação psicológica, mas sim, de uma lei interior. Então ao formular que o acordo entre as vontades e as leis universais é o ato moral. Baseado nesta formula Kant enuncia as três máximas morais ou leis que exprimem esta incondicionalidade da ação realizada pelo dever:
    1. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;
    2. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;
    3. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
    Kant mostra a sua desconfiança a tudo que é empírico, passional passivo e da natureza humana ao privilegiar a razão. Para submeter nossa vontade humana a lei do dever é necessário grande esforço, então este mérito da moral é medido pelo esforço que nós fazemos para que as exigências do dever se sobreponham às nossas exigências.

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  52. Segundo Kant, no texto “Metafísica dos Costumes”, a natureza humana se inclina de forma natural à maldade e à liberdade egoística, sendo então necessário algum instrumento de “coersão” para tal maldade. A moral seria então uma espécie de “freio” interno e intrínseco à natureza humana. Pode-se levantar a questão da bondade existente em alguns seres humanos, mas Kant explica que mesmo essa noção de bondade seria motivada por interesses em menor escala, quase nem sempre aparentes. Para o autor existem dois tipos de razões, a razão pura teórica e a razão pura prática. A primeira, se diz respeito às externalidades humanas, ou seja, natural onde o ser humano não possui total controle, ou seja são universais. Já a segunda é aquela que diz respeito à criação da sua própria realidade e é tutelada pela razãoe autocontrole.
    O ser humano, para Kant, é motivado por finalidades e liberdades, o que o difere da natureza, que é regida pela lei de causa e efeito. Por conta dessa liberdade de escolha humana, as normas de condutas morais são deveres que os seres humanos possuem, uma vez que é apresentada a noção de obrigação. O dever e a liberdade da consciencia moral são inseparáveis e compatíveis.
    O dever que é um imperativo categórico é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral Por conta disso, Kant estabele três máximas, visando a natureza das ações humanas utilizando regras morais, mediando o conflito entre o desejar e a obrigação:
    1)A conduta moral deve ser universal e inquestionável
    2)A obrigação do ser humano tratar seu semelhante como fim e não como meio para alcançar um fim;
    3)Agir de forma que a sua ação possa ser reproduzida por todos, ou seja, ser universalizada;

    A ação moral seria o resultado do acordo entre as leis universais e as vontades.

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  53. Para Kant, diferentemente de Hume, a ética provêm da razão (pura), e não das paixões e inclinações dos desejos.

    A ética para o autor, é um dever moral, uma lei universal necessária, a priori, que concerne a todos os homens em todos os tempos e lugares, ela é única e interna, não sendo influenciada pelo mundo externo.
    Os aprendizados da experiência não são, portanto, os reponsáveis por nossa conduta ética. Eles, nos trazem alegria, são regidos pela causalidade e, por isso, fazem com que busquemos vantagens em nossas ações, diferentemente do que cabe à moral, que para Kant não busca vantagem externa alguma.

    Kant considera que a moral não pode se basear na antropologia, mas pode ser aplicada na mesma, e que a antropologia moral auxilia no cumprimento das leis de uma metafísica dos costumes.

    A razão ordena o que cabe ao homem na forma de obrigação, é um imperativo categórico, que se impõe pelo dever. O alinhamento das ações ao dever é a própria liberdade, visto que o sujeito não estará submetido à causalidade do mundo natural (externo), em que a busca por vantagens se impõe.

    Portanto, um ato é correto ou incorreto na medida em que se conforma ao dever ou é contrário a este.
    Na página 68 de seu A Metafísica dos Costumes, Kant diz:
    "O princípio supremo da doutrina dos costumes é, portanto: age com base em uma máxima que pode também ter validade como uma lei universal. Qualquer máxima que não seja assim qualificada é contrária à moral."

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  54. Primeiramente gostaria iniciar me posicionando momentaneamente contrária à teoria de Kant de que :
    “Não existe bondade natural. Por natureza, diz Kant, somos egoístas, ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos . Nossos sentimentos,nossas emoções e nossos comportamentos são a parte da Natureza em nós,exercendo domínio sobre nós....
    ...Quem se submete a eles não pode possuir a autonomia ética. “

    O caso do homem que, em um absoluto estado de descontrole, destruiu toda sua casa e em seguida, foi até a escola da sua infância onde sofria bullying, assassinando 12 crianças inocentes é exemplo claro, porém contraditório disso. Exemplo claro porque a maldade nas ações não é parte do ser humano, desde seu nascimento, acompanhando-o durante sua vida e contra qual suas escolhas éticas e morais tenham que lutar constantemente. Contraditório porque se tais leis de Kant tivessem sido empregadas, nenhuma tragédia como esta teria ocorrido. Tais tipos de atitude não pode ser vistas como uma ação racional, moralmente programada e tendo os instintos de maldade, homicídio, crueldade e destruição brotados de dentro do ser humano.

    Infelizmente vivemos numa sociedade que cobra demasiadamente de seus membros, ponto este que será abordado com maior profundidade em tema adiante, mas que também está relacionado com a visão moral de Kant, uma vez que tal sociedade forma novos indivíduos, cada vez mais pressionados, abalados emocionalmente e com uma série de desvios éticos e morais decorrentes de tais situações. O uso do bullying é um exemplo de imposição e predominância dos mais fortes em detrimento da humilhação, opressão e desgaste dos mais fracos nessa sociedade. Não quero com isto defender tal tipo de atitude, mas apenas do meu ponto de vista, a causa dessas atitudes são compreensíveis do ponto de vista filosófico.

    Muitas vezes, as ações imorais e anti-éticas são apenas decorrência de diversas situações as quais o indivíduo foi submetido, tendo seu emocional sido tão desgastado que seus valores morais tornam-se inacessíveis, devastados por tal desgaste, tornando-o um ser doentio, cabível de tratamento psicológico para quem sabe ser reintroduzido ao convívio em sociedade.

    Um dos argumentos de Kant que não pode ser utilizado na avaliação deste caso, é onde o autor afirma que os indivíduos devem adotar uma universalidade em sua conduta ética. Os mesmos devem agir como se sua ação pudesse passar a ser uma lei universal, repetida por ele a outras pessoas sem causar algum mal. Apesar de concordar com este principio, acredito que no caso explicitado, essa lei universal não pode ser aplicada em decorrência da ação de tal indivíduo, que estando em choque psicológico e degradação emocional, não consegue acessar tais universalidades em detrimento de sua mente doente e descontrolada.

    Outro argumento de Kant é que devemos tratar a humanidade de uma maneira onde os outros indivíduos tenham como papel nas nossas ações de serem uma finalidade, não um meio para obtenção de algo. Este ponto de vista precisa ser levando em conta como um princípio também nas boas relações entre os indivíduos desta sociedade e que, se levado em conta, evitaria que o protagonista desta tragédia usasse a morte desses inocentes como um meio de extravasar seu ódio, como maneira de atingir uma determinada “justiça” pessoal pelo bullying sofrido na infância.

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  55. Continuação

    Por fim, Kant afirma que devemos agir como se o objetivo das ações dos indivíduos devesse servir de lei universal para todos os seres racionais. Neste caso, a ação do indivíduo foi realizada, não como sendo um exemplo de objetivo a ser alcançado por outros, mas como um exemplo seguido de outros indivíduos que também transgrediram as leis de Kant, sendo um mal exemplo de como tratar o próximo nas relações de opressão e humilhação. A atitude de crueldade, chacina e suicídio tem sido vistas com mais freqüência em nossa sociedade, que cada vez segue para colapsos maiores de valores, identidade e formas de se relacionar.

    Uma vez que segundo Kant, uma pessoa feliz é aquela que cumpre todos os seus deveres e a felicidade máxima é encontrada quando você deseja realizar a ação que tem o dever de realizar, tal indivíduo encontra a verdadeira realização perante os demais à sua volta.
    A moral de Kant, enaltece a razão humana, mas esquece de levar em conta os fatores adversos à compreensão que tais indivíduos possam ter da razão, da ética, da moral e, principalmente da realidade à sua volta, mesmo que tais indivíduos. Mesmo que estes estejam completamente equivocados em suas ações, as causas que os levam a este tipo de comportamento necessitam ser estudadas e levadas em consideração.

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  56. Nos textos disponibilizados a doutrina da moralidade na visão de Kant, pode ser inicial e superficialmente definida por: Apenas a racionalidade humana pode determinar bondade e maldade, ou seja, o que está dentro e fora de uma possível moralidade. Kant aborda a razão como o ponto que faz a diferenciação entre os seres humanos e os outros seres vivos. Um indivíduo possui em si uma boa vontade que através de sua razão o torna capaz de compreender e cumprir as leis que constroem o código da moralidade. Além da Razão, a liberdade também é destacada, pois diferente de Hume, que determina moralidade residindo apenas no reino das necessidades/emoções, Kant divide o homem em um ser físico e moral tendo neste último o reino da liberdade que é influenciado e orientado pela razão. Em outros termos, nos seres racionais não há busca de fins avulsos em si mesmos, nem podem se perder em digreções imaginárias, pois as máximas da liberdade encontram sua capacidade objetiva num intenso interesse pelo código moral. Kant também estabelece três máximas da moralidade que são a de que o código moral é universal e inquestionável; um ser humano não pode utilizar-se do outro como caminho para que ele alcance seu alvo; e, leis éticas são passíveis apenas a seres racionais. Portanto a doutrina da moralidade pode ser entendida como a estruturação do comportamento livre da vontade humana ou então por uma adequação sistemática dos costumes. Logo para que um indivíduo consiga ser moral, precisa, através de sua razão, atender as três máximas.

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  57. De acordo com o contratualista Maquiavel,Kant também acredita na natureza humana perversa,por esse motivo faz-se necessário o dever como limitador dessa natureza,assim nos tornando seres morais. O que separa o homem dos animais é a limitação imposta pela moral,logo o dever nos torna seres morais.
    Segundo Kant, existem duas “razões”, a razão teórica trata da natureza e que é externa e independente do ser humano, enquanto a razão prática trata do mundo interno, independente da natureza.
    As ações regidas pela razão teórica tem como causa a necessidade e suas motivações são muito mais fortes que as motivações das ações regidas pela razão prática, aquelas levam a saciedade das necessidades (fome, sono, sexo, etc) enquanto essas não tem causas externas, somente internas.
    O fato de haver ações que são exercidas sem uma motivação externa pode levar a confusão de que o individuo é livre em todas as suas ações, porém as ações exercidas por necessidade externa não são exercício de liberdade. As paixões que levam o indivíduo a agir segundo sua necessidade são muito mais fortes do que as que o levariam a agir segundo sua liberdade. Dessa forma, para exercer a liberdade o indivíduo precisa sobrepor suas motivações internas às externas.
    A esse esforço consciente de sobrepor ações exigidas pelos instintos naturais por ações exigidas pela razão prática, dá-se o nome de dever. A ação segundo o dever deve ser primeiramente coerente com a imposição da razão teórica seguindo às três máximas morais sintetizadas por Kant no texto.
    Dessa linha de raciocínio, também pode-se concluir que uma educação moral é necessária para que o indivíduo possa discernir entre o que é necessidade externa e o que não é.

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  58. Kant tem uma visão completamente racionalista do assunto em questão, ele coloca o ser humano como um ser naturalmente ambicioso e egoísta, não devemos confundir ambição com egoismo, uma vez que sempre devemos ter ambição em nossa vida, já que não nascemos prontos e devemos sempre ter um objetivo a alcançar, mesmo que ele não seja racional ou não esteja claro no presente. Já ser egoísta é ser individualista e querer tudo para si, discordo de Kant neste ponto, uma vez que ele diz que o Dever que nos torna morais, talvez o dever nos ajude a achar o caminho da moralidade, mas o egoismo e o individualismo não são provindos de uma natureza humana, mas sim de uma serie de valores e princípios impostos pelo meio ou sociedade e outros criados ao longo de uma vida, já que não nascemos prontos.
    Obs.: A publicação acima não esta feito de acordo com as prazos requisitados por motivo de Doença.

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