quarta-feira, 9 de março de 2011

13. TEMA 11 - VIRTUDES PÚBLICAS: PRODUTIVIDADE, SUSTENTABILIDADE, MULTICULTURALISMO E PRESERVAÇÃO

Caros Alunos,
Após ler o texto: “Há alternativas ao uso dos Transgênicos?” de Hugh Lacey, disponível em:
elabore uma postagem com seus comentários sobre o tema. Vc. tem até as 24hs. do dia 04 de abril para fazer a postagem.

49 comentários:

  1. A concepção atual de desenvolvimento não trata do processo de crescimento econômico isoladamente (produção em expansão, produtividade e renda per capita), mas sim de desenvolvimento social e educacional, fortalecimento da democracia, direito à uma moradia adequada, preservação do meio ambiente, o respeito às diversas culturas do mundo, do patrimônio cultural e o respeito aos direitos humanos.
    Pesquisando um pouco mais sobre o tema, encontrei a opinião de Sachs (economista polonês) onde ele classica cinco dimensões de sustentabilidade. A sustentabilidade social visa melhorar a distribuição de renda, diminuindo a exclusão social e a distância que separa as classes sociais. A sustentabilidade econômica visa à eficácia dos sistemas, seja no emprego dos recursos ou na sua forma de gerir. A sustentabilidade ecológica visa preservar os recursos naturais, sem conter a oferta necessária humana. A sustentabilidade espacial visa o equilíbrio da ocupação rural e urbana, atentos a uma melhor ocupação populacional e de atividade econômica. Por último, a sustentabilidade cultural visa à alteração dos modos de viver da sociedade, a transformação da maneira de pensar e agir, para despertar a consciência ambiental, alcançando desta forma uma diminuição no consumo de produtos causadores de impactos ambientais.
    Uma boa política pública de educação visa à construção de uma cultura de paz e desenvolvimento entre as nações, alcançando a dignidade da pessoa humana. Tensões sociais são formadas quando há a negação da democracia, da igualdade de direitos e deveres, da própria liberdade da pessoa humana.
    Por isso é necessário analisar a diversidade cultural separada da educação quando se trata de desenvolvimento humano, pois ambas constituem fator relevante para o progresso. Exemplo: a fome, a pobreza, a corrupção, a violência, a oferta de serviços culturais, a escolaridade de crianças e jovens, etc., são variáveis de aspecto sociocultural que influenciam nos níveis de desenvolvimento econômico e na velocidade de crescimento dos países.
    Acredita-se que o desenvolvimento sustentável se efetivará com a transformação consciente dos indivíduos e de todas as sociedades como um todo. A educação consciente de preservação do meio ambiente, do patrimônio cultural material e imaterial, do reconhecimento e respeito às diversas culturas do mundo, a redução da desigualdade entre os países, enfim, ações importantíssimas de mudança de todo um hábito de consumo e exploração que deve ser modificado.
    Portando eu acredito que para um país desenvolver-se na maneira mais firme possível, é necessário analisar todas essas virtudes públicas, pois uma faz menção a outra dentro do contexto social. Devemos produzir de uma maneira cada vez mais sustentável, com o objetivo de preservar o meio ambiente e todos os patrimônios, para passar para a geração futura uma política pública que visa à construção de uma cultura de paz, onde há um respeito mútuo entre as nações e suas culturas e que visam a produtividade e o desenvolvimento de maneira sustentável.

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  2. Caros alunos,
    Considero relevante a contribuição que a Sara fez através de sua postagem. Ele procurou enriquecer a discussão buscando outras opiniões sobre o tema. Recomendo a leitura da posagem que ela fez.

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  3. As virtudes públicas citadas são praticamente inseparáveis. Apesar da produtividade, muitas vezes, estar associada ao consumo inconsequente de recursos, quando se pensa em longo e médio prazo, é impossível a manutenção de produtividade sem levar em conta a sustentabilidade. Da mesma forma, caso não haja preservação, é complicado produzir, isso porque, o ser humano não produz, ele modifica algo já existente na natureza, ou simplesmente da incentivos para que a natureza produza, como no caso de um fertilizante utilizado em uma plantação.
    Pensando, então, o caso dos transgênicos, Lacey critica a forma como são feitas pesquisas acerca das consequências de tal intervenção. Ou seja, os estudos são focados em questões de bioengenharia, deixando a desejar no que se trata dos aspectos socioeconômico e ambiental. Isto me faz lembrar da questão da energia atômica, que teve seu uso defendido pela ciência, visto que gera energia quase que sem necessidade de recursos naturais, bom para países sem potencial para outras fontes, como a hídrica ou eólica. No caso do Japão, pareceu uma boa saída, energia para um país que produzia para o mundo. Entretanto, vemos atualmente o problema gerado por tal tecnologia, pessoas já morreram e mais vão morrer em consequência da escolha.

    ( http://g1.globo.com/tsunami-no-pacifico/noticia/2011/04/japao-faz-terceira-tentativa-para-frear-vazamento-de-agua-radioativa-no-mar.html )
    A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que administra a usina nuclear de Fukushima, usou nesta segunda-feira (4) líquido com corante em um túnel próximo ao reator 2 da central para tentar determinar a rota pela qual a água radioativa vaza para o mar.
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    Usina tem duas mortes de funcionários
    Leia mais notícias sobre tragédia no Japão
    Segundo informações da televisão "NHK", os funcionários verteram o líquido de cor branca em um túnel que conduz à fossa onde no sábado (2) foi detectada uma rachadura de cerca de 20 centímetros, que permite que água com uma elevada radioatividade vaze para o mar.
    A empresa tentou deter o vazamento selando a rachadura com concreto e injetando polímero em pó para absorver a água, mas nenhuma nenhuma dessas duas medidas obteve sucesso. O objetivo do corante é poder seguir a rota exata pela qual a água contaminada chega ao mar.
    A Tepco estuda ainda tapar a rachadura com produtos químicos ou instalar uma barreira no litoral para conter a água radioativa. De forma paralela, os técnicos continuam os esforços para drenar a água radioativa que inunda os porões dos prédios de turbinas das unidades 1, 2 e 3, e dificulta seriamente os trabalhos para esfriar os reatores da central de Fukushima.

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  4. A ética não basta como teoria. É preciso coloca-la em prática para que faça sentido. Isso traz uma conseqüência inevitável: freqüentemente o exercício da ética entra em confronto com quetões da realidade atual. Até porque a moral vigente está sob pressões dos interesses econômicos, político e sociais. É neste contexto que se deve pensar os rumos da sociedade. O atual sistema pretende preparar o indivíduo para interpretar e compreender criticamente o mundo, em um horizonte globalizado. Mas sempre o exergando como um processo de humanização. Promovendo o desenvolvimento e a realização humana, que privilegie valores de liberdade e autonomia, moral e ética, cooperação e solidariedade. Como a Sara definiu em seu post o devesvolvimento sustentável. Temos que pensar nessa relação entre as finanças e o comportamento. A responsabilidade social não é um modismo. Nada mais é do que um instrumento de reflexão e, sobretudo, de prática sobre a forma como as empresas geram os seus resultados. Pesquisando o tema encontrei a seguinte frase: “[...] assegurar uma nova ética social e ecológica que preserve a integridade da biosfera é imprescindível” José Mindlin. Talvez seria esse um novo uso para a ética.

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  5. Pensar em produtividade, e em contrapartida sustentabilidade, multiculturalismo e preservação como virtudes públicas claramente nos remete aos preceitos utilitaristas de Ética: Princípio da maximização que tem como contrapartida o prícipio da comiseração. O utilitarismo foi a base do pensamento liberal no século XVIII e, é este o fomento filosófico do capitalismo. O capitalismo, independente das bases primárias das quais foi originado, sempre será associado a práticas selvagens de concentração de recursos que em larga escala desrepeita os ritmos naturais, que desequilibra a sociedade e a natureza. Esta não era a intenção de Jeremy Bentham ou Stuart Mill.

    Amáxima do utilitarismo é a busca do prazer e a fuga da dor para o maior número possível. Aplicando esses conceitos racionalmente na sociedade entende-se que o desenvolvimento, o
    progresso não deve ser cego. A tecnologia tem que ser maximizada sim, porém estando ao alcance de todos, e ao mesmo tempo não criando tensões se sobrepondo, desrespeitando a pluralidade. O bem-estar precisa ser longevo, precisa permanecer para as gerações futuras. O ciclo da produtividade deve respeitar os ciclos naturais do planeta, do meio ambiente, deixá-los a posterioridade. O mundo da liberdade da Ética implica em algumas responsabilidades sociais, em comportamentos dos quais temos e desejamos que todos também tenham para o nosso bem.

    Todas essas são questões sensíveis das quais as políticas públicas hoje debatem. Muito nessa pauta, A UFABC acompanha a luta do Professor Sérgio Amadeu e do Software Livre. Uma tentativa de combater a pobreza e o apartheid digital vigente na sociedade, que é, sem dúvida, insustentável numa sociedade cada vez mais em rede.

    Saindo um pouco desse caráter mais social da Ética Prática temos os debates da Bioética, considerando práticas, responsabilidades e segurança para os avanços biológicos: trangênicos, clonagem, células tronco. Os transgênicos hoje são realidade. Clonagem e células tronco são mais sensíveis. Utilizam-se mais argumentos do que o consequencialismo utilitário da qualidade da vida. Clonagem e células tronco suscitam muito Kant, suscitam muito o argumento da dignidade natural humana.

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  6. Considero de grande importância e relevância no atual cenário econômico, social e político as questões acerca da dinamização e melhoria do processo de produção de alimentos, desde que isso beneficie não só o meio ambiente como também a população, principalmente a população pobre. No entanto é comprovado que a atual oferta de alimentos é suficiente para alimentar todo o mundo, com sobras, mas mesmo assim muitas pessoas passam fome. Fica então a pergunta, é ético discutir questões acerca da dinamização da produção de alimentos, sem antes discutir porque ainda tem pessoas que morrem de fome se as atuais técnicas de produção já são suficientes para fornecer alimento para todo o mundo?
    Com frequência vemos notícias sobre transgênicos: "Pesquisa estuda impacto do cultivo de transgênicos na América Latina", "Plantação de transgênicos avança no Brasil e cresce 19% em apenas um ano", "Europeus recolhem 1 milhão de assinaturas contra transgênicos"... Seria muito mais ético (de acordo com o que estamos aprendendo no curso "Conhecimento e Ética"), investir em formas de distribuir mais equitativamente os recursos já produzidos (o maior bem, para o maior número de pesssoas), ao invés de utilizar imensos latifúndios para monoculturas que empobrecem o solo e são utilizadas para gerar, combustível, ração para alimentar o gado (que acabará não alimentando pessoas de baixa renda, uma vez que com os preços estão elevados demais para que a carne esteja constantemente na dieta dessas pessoas), ou seja, comida não falta, mas falta dinheiro para que grande parte da população mundial possa ter acesso á essa comida (aqui é notável, segundo o utilitarismo uma situação anti-ética, já que a utilização do solo e da produção dessa maneira, beneficia apenas alguns em detrimento de tantos outros).
    Ao utilizar um solo rico e produtivo para monoculturas, ou então para pastagens, esse solo se torna pobre, erodido etc, sem contar quando se derruba milhares de hectares de floresta nativa para esses fins o que posteriormente diminui as áreas aproveitáveis para a agricultura encarencendo ainda mais os alimentos.
    Com podemos ver, a ética da questão dos alimentos geneticamente modificados começa antes, na discussão das práticas ambientalmente corretas que impeçam a necessidade de explorações ainda mais abusivas, que permitam o acesso aos alimentos à todos sem que seja necessário modificá-los geneticamente para isso e sem que seja necessário destruir a biodiversidade de um país ou do mundo, enfim, pensando primeiramente em tratar o ser humano com dignidade (uma das três máximas kantianas).

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  7. Caro Alex Luppe,
    Muito interessante a sua postagem. Entretanto, e o texto do H. Lacey? Não mereceu nem uma palavra?

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  8. As teses de Hugh Lacey sobre as alternativas aos transgênicos

    No texto de H. Lacey pretende responder à pergunta: Será que existem alternativas ‘melhores’, ou seja alternativas que propiciem maiores benefícios e envolvam menos riscos do que a agricultura baseada nos transgênicos?
    Essa questão tem sido respondida através de abordagem descontextualizada, isto é, em que os transgênicos são considerados em seus componentes, processos, interações de suas bases genéticas e condições químicas e biológicas. Nessa abordagem a agricultura é dissociada dos contextos humano, social e ecológico em que estão inseridos e utilizados os produtos transgênicos. Os transgênicos são objetos socioeconômicos. É preciso levar isso em conta quando se trata de avaliá-los. Para avaliar os riscos potenciais dos trangênicos é preciso considerá-los em seu caracteres biológicos e socioeconômicos.

    As abordagens descontextualizadas não abarcam os riscos de longo prazo. Não incluem a relação os transgênicos e a implantação de monoculturas transgênicas, colocando em risco a biodiversidade, a inviabilidade da agricultura orgânica e o monopólio dos recursos mundiais de alimentos e sementes.

    Pesquisas contextualizadas podem mostrar que a agroecologia é uma alternativa aos transgênicos como disciplina científica. A agroecologia investiga o agroecosistema, isto é, o sistema socioecológico em que a produção e a distribuição acontecem. Ela estuda os ecosistemas como locais e como integrantes de um sistema socioeconômico mundial, incluindo a análise de como se relacionam com a produtividade, a sustentabilidade, a saúde social, o respeito às tradições culturais e fortalecimento da atuação das populações locais.

    O texto de H. Lacey é uma crítica à tese sustentada pelos proponentes dos transgênicos, tese essa que afirma que não há alternativas viáveis de cultivos no âmbito do sistema socioeconômico baseado no capital e no mercado. Essa tese não reflete o conhecimento científico.

    Ele conclui afirmando que: “O fato é que as possibilidades da realização bem-sucedida de pesquisas em agroecologia; da expansão e do aperfeiçoamento de cultivos agroecológicos; das atividades e do crescimento de movimentos que englobam os valores representados pelas finalidades da agroecologia (sustentabilidade, fortalecimento popular etc.); e do redirecionamento das prioridades das instituições de pesquisa, estão indissociavelmente interconectadas.”

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  9. As virtudes públicas são questões extremamente interessantes de serem analisadas, sendo analisando-as de forma individual ou plural.

    Analisando-as de forma individual, é interessante ao indivíduo que ele seja visto pelos seus comuns como um cidadão que pratica as virtudes públicas citadas – seja separando seu lixo para a coleta seletiva, preservando o meio ambiente, cuidando do patrimônio histórico com que convive ou, mesmo, procurando alternativas “melhores” para os transgênicos. Apesar disso, ter essas atitudes pode ou não ser prazeroso ao indivíduo. O indivíduo pode realizar tais ações porque gosta, ou simplesmente porque se sente na obrigação de realizá-las, realizando-as porque deve realizar e não porque quer e isso abre um leque de análises, seja pela Ética Kantiana, Humeana ou Utilitarista.

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  10. Já analisando tais virtudes de forma coletiva, é claro que todas elas apresentam benefícios para as sociedades que às pratica. Como dito pela Sara, um desenvolvimento é mais efetivo e estável se realizado de forma consciente, sustentável. Dessa forma, a realização de tais virtudes por toda uma comunidade, tende a trazer inúmeros benefícios para quem às pratica, mesmo que tais atitudes possam ser difíceis de serem tomadas num primeiro momento.

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  11. Está sendo desenvolvidas algumas técnicas de agricultura visando a produtividade e a preservação, uma delas bem conhecida é o transgênico, que virou as apostas de alguns cientistas nas técnicas de cultivo que englobe produtividade, sustentabilidade e satisfação das necessidades humanas, os transgênicos foram criados como uma forma de suprir a fome no mundo daqui a alguns anos. Eles são alimentos modificados geneticamente para ser mais resistentes a pesticidas, como é uma técnica em pesquisa há algumas questões a ser respondidas. O autor fixa em uma determinada questão, na qual é “se existem alternativas “melhores”, ou seja, alternativas que propiciem maiores benefícios e envolvam menos riscos?”. Normalmente essa técnica não se importa muito com os resultados a longo-prazo referente ao meio-ambiente, socioeconômico e cultural.
    A agroecologia também está ganhando destaque, com uma metodologia diferente, levando em consideração os ecossistemas integrando um sistema socioeconômico mundial e relacionando com o multiculturalismo, saúde social, respeito as tradições culturais.

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  12. Segundo Hugh Lacey, a utilização de transgênicos não foi comprovada como algo realmente benéfico, dado que existe uma “abordagem descontextualizada” decorrente da avaliação e estudo desse tipo conhecimento científico. Essa abordagem acaba desassociando os contextos humano, social e ecológico do objeto de estudo. Portanto, a utilização de transgênicos não pode ser avaliada apenas por seus componentes e processos, ela deveria ser avaliada dentro de um ambiente, um todo já que: “...os transgênicos não são apenas objetos biológicos, mas também socioeconômicos...”.

    Hugh Lacey pretende encontrar uma alternativa para a produção de alimentos transgênicos e há uma alternativa que para ele parece se destacar: a agroecologia. Isso ocorre, pois a agroecologia é um tipo de agricultura baseada em conhecimento científico, porém, parece transcender esse conhecimento e leva em conta fatores como: “...segurança alimentar, produção para auto consumo, qualidade de vida, sustentabilidade.” Assim, ela leva em conta fatores diferenciados e não utiliza-se de uma “abordagem descontextualizada”.

    A parte que achei mais interessante foi a negação de os alimentos transgênicos devam ser totalmente abdicados, ou de que a agroecologia seja, indubitavelmente, a maneira mais eficaz de se produzir alimentos a longo prazo. No fundo, em minha opinião, o autor parece criticar mais a autoridade da ciência em afirmar a legitimidade do uso de transgênicos: “...refuta-se aqui a idéia de nega que a autoridade da ciência seja um sustentáculo para legitimar a priorização do desenvolvimento de transgênicos nas políticas agrícolas públicas..”

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  13. Após realizar uma leitura atenta do artigo “Há alternativas ao uso dos Transgênicos” de Hugh Lacey, percebe-se que a ética embasada na utilização apropriada desses organismos geneticamente alterados é algo ainda difícil de ser debatido. Essa objeção ao uso dos produtos que aderem aos transgênicos (em que há a propagação de um caráter distinto e acarretam modificações no valor nutricional, por exemplo, de um determinado alimento e o fortalece contra a invasão de pragas) envolve riscos em todos os âmbitos: econômicos, sociais e principalmente ambientais. A partir desse conflito ideológico, surge a indagação fundamental para Lacey desenvolver suas perspectivas: “Existem alternativas ‘melhores’, ou seja, alternativas que propiciem maiores benefícios e envolvam menos riscos?”.

    Diante disso, surgem opiniões a favor e contra o método dos transgênicos. Os especialistas que são a favor da biotecnologia afirmam que esse ramo da tecnologia tem a capacidade de garantir a alta produção de mantimentos (alimentos) o que pode resolver o problema dos indivíduos afetados pela fome. Em termos utilizados pelo autor: “Os transgênicos são necessários para alimentar o mundo nas próximas décadas e, sobretudo, exigidos em caráter de urgência nas regiões mais pobres, onde as condições agrícolas foram devastadas”. De outro lado estão os críticos desse novo modelo de desenvolvimento, que indicam os impactos negativos das técnicas derivadas da engenharia genética como os prejuízos que compostos químicos contribuem para a debilitação da saúde humana, assim como os efeitos de destruição sobre o meio ambiente.

    O multiculturalismo é uma característica que está fortemente presente na sociedade contemporânea e precisa ter suas necessidades identificadas. O ambientalismo passou por diversas transformações ideológicas, de conceitos de preservação para uma nova concepção socioambiental, na medida em que o processo da sustentabilidade começou a parcialmente se desprender de termos relacionados à natureza e passar a englobar pontos de vista sociais e econômicos. Para melhor entendimento: “O conceito sustentabilidade foi introduzido no início da década de 1980 por Lester Brown, fundador do Wordwatch Institute, que definiu comunidade sustentável como a que é capaz de satisfazer às próprias necessidades sem reduzir as oportunidades das gerações futuras” (CAPRA, 2005, 19).

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  14. (Continuação)

    Desse socioambientalismo surgem políticas públicas de cunho ambiental que agregam os princípios dos grupos que possuem conhecimento sobre a biodiversidade. Nesse sentido é fundamental que os direitos sociais e ambientais sejam garantidos, pois é a partir de então que as políticas públicas poderão estimar o encadeamento de ideias socioculturais dos indivíduos e a sua diversidade. Presume-se, portanto que o desenvolvimento sustentável tem de reunir acepções sociais e econômicas. O trabalho dos agricultores é exclusivamente derivado das atividades que utilizam a terra como fonte primária. Assim, um sistema agrícola sustentável seria importante para a obtenção de uma produção maior de alimentos e menos danos ao meio ambiente.

    Seria então o emprego de herbicidas o melhor caminho para obter um desenvolvimento seguro? Não é unicamente esse fator que poderá amenizar os problemas do mundo, já que como Lacey afirma: “mesmo que a agricultura baseada em transgênicos seja capaz de alimentar o mundo, podem existir alternativas ‘melhores’ (...)”. E não se pode vincular o fardo para a resolução desses empecilhos somente para fatores ambientais, pois de que adianta ter uma alta produção de alimentos se eles não forem distribuídos de maneira igualitária? Segundo consta no texto a FAO confirma que: “a produção mundial de alimentos é suficiente para alimentar toda a humanidade e ainda sobra. Portanto, o problema não é a produção de alimentos (pois senão não haveria mais fome no mundo) e sim o acesso à renda que permita a sua aquisição”. Além dessa opção, a agroecologia que pretende “incorporar questões não tratadas pela ciência clássica (relações sociais de produção, equidade, segurança alimentar, produção para auto consumo, qualidade de vida, sustentabilidade)” também é uma alternativa aos transgênicos.

    Em conclusão, assim como em todo processo de julgamento moral, o emprego da biotecnologia também passa pela observação dos conceitos éticos. O objetivo seria verificar se o uso dos transgênicos é eticamente viável. Ou há uma contribuição universal para o bem estar humano ou não. Precisa- se de proposições que envolvam todos os aspectos desse debate para encontrar as virtudes públicas, isto é, condições para que as ações humanas não interfiram nos fenômenos naturais, pois não se deve destruir o que será transmitido para as próximas gerações.

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  15. O texto de Hugh Lacey trata da pesquisa de transgênicos e o posicionamento da ciência em relação à pesquisa e implementação dos resultados na agricultura.
    O autor deixa bastante evidente desde o início que a pesquisa é feita de forma descontextualizada do contexto humano, social e ecológico. Que a ciência neste aspecto tem se preocupado em fomentar a tecnociência, deixando-se direcionar, basicamente, pelas poderosas relações de mercado, os interesses comerciais e os valores do progresso tecnológico. O direcionamento de pesquisas científicas, por vezes, tem sido feito de forma equivocada: a ciência tem servido a um determinado nicho (político ou econômico) que tenta monopolizar o mercado, limitando a busca de outras soluções alternativas, e, consequentemente, tem restringido as metodologias científicas às necessidades de segmentos sociais. Este é o caso do transgênicos.

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  16. Sob o aval da ciência tem-se disseminado a idéia de que os riscos são menores do que os benefícios: minimizam-se os riscos à biodiversidade, à qualidade de vida e à sustentabilidade, ao mesmo tempo, potencializam-se a equidade e a preocupação com a segurança alimentar. É irônica esta contraposição, porque a pesquisa de transgênicos pauta-se em interesses particulares e favoreceu grupos específicos, mas a justificativa para manutenção e priorização do desenvolvimento do uso dos transgênicos tenta ser contextualizada: a satisfação das necessidades humanas e preocupação com a fome no mundo.
    Esta visão descontextualizada e parcial limita os horizontes da pesquisa científica e impede que soluções alternativas, como a agroecologia, por exemplo, se estabeleçam. A perspectiva contextualizada deste tipo de método agrícola permite a valorização da ciência na medida em que virtudes como produtividade, sustentabilidade, equidade e fortalecimento das comunidades não tenham abrangência local apenas, mas alcancem um valor social geral. Esta seria a virtude da ciência.

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  17. Ao ler esse encadeamento de ideias do Hugh Lacey, pude perceber duas coisas, que aparentemente são características bem marcantes. A primeira é que ele tenta estabelecer um método no qual beneficie o maior número de pessoas da melhor maneira possível, sendo assim, baseia-se em conceitos utilitaristas, outro ponto a se notar é a forma na qual é estruturada a ideia de método de investigação científica que é semelhante a de Kuhn e a de Lakatos.
    O texto gira em torno da ideia central : “Existem alternativas “melhores”, ou seja, alternativas que propiciem maiores benefícios e envolvam menos riscos?”, que pode ser vista como o núcleo irredutível proposto por Lakatos ou, analogamente, uma comparação ao paradigma de Kuhn.
    Lacey, propõe, então, questões secundárias, que dão sustentação a ideia de descontextualização, sendo elas a agroecologia, agroindústria e a sustentabilidade.
    Por fim o autor não conclui muitas coisas além das relações de progresso no campo da biologia molecular, e a proposta de descontextualização com finalidade de achar um método capaz de promover o bem de melhor maneira e para mais pessoas, deixando uma crítica nas virtudes públicas e formulando um argumento revolucionário.

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  18. Sou contra o uso dos transgênicos, pois produzir mais não é sinônimo de produzir com mais qualidade, não vejo o porquê de querer se produzir tanto, visto que a produção hoje não tem a necessidade de aumentar, já que a um desperdício muito grande de alimentos.
    A distribuição desses alimentos que precisariam ser estudadas, pois o que acontece é que nas regiões endinheiradas sobram alimentos, entretanto em algumas regiões, por exemplo, africanas o alimento nem chega.
    O alimento não chega porque não tem comprador, a população não tem dinheiro para comprar, então a grande questão não é aumentar a produção, é produzir um alimento barato que todos possam comprar. Além disso, esse alimento se possível deveria ser mais nutritivo, para assim ajudar a aquelas populações onde se come praticamente terra com água. Então os estudos deveriam caminhar no sentido de se produzir um alimento mais nutritivo e barato, e não apenas pensar em quantidade. O complicado é que contribuir com a fome na áfrica não da dinheiro, agora incentivar a monocultura transgênica é bastante rentável.
    Em regiões desenvolvidas, e em desenvolvimento não se tem a necessidade do produto transgênico, alias pelo contrario, acredito que deveríamos produzir alimentos orgânicos e incentivar o consumo do que realmente é natural. E não esse alimento alterado que não se sabe ao certo os danos que eles podem causar.
    A meu ver o produto transgênico apenas contribui para o enriquecimento dos latifundiários, e de laboratórios que pesquisam essa área. Pouco contribui para a humanidade, arrisco dizer ainda que mais atrapalha do que ajuda.
    Acho um absurdo o fato de consumirmos muitos alimentos transgênicos e nem sabermos que o estamos. E pior não sabemos, não somos alertados dos riscos que estamos correndo ao consumir esses produtos.

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  19. “A objetividade científica assim entendida inclui uma dimensão ética: espera-se que o investigador seja sempre honesto e escrupuloso sincero consigo mesmo e com os demais, humilde para reconhecer limitações e erros, corajoso para defender suas ideias. Espera-se também que ele seja independente de autoridades, ao mesmo tempo que considere sua contribuição ao saber como patrimônio de todos”.
    CUPANI, Alberto

    Ao pesquisar mais sobre a temática proposta no texto “Há Alternativas Para o Uso de Transgênicos?” de Hugh Lacey pude perceber que as questões ecológicas não dizem respeito apenas a Natureza como também outras questões de cunho socioambientais sobretudo na agenda da Bioética.

    Ao debater questões ecológicas buscamos propostas para, de certa forma, corrigir os excessos advindos do projeto industrialista que em grande parte dos casos implicou em custos relativamente elevados ao ecossistema terrestre. Através de um conceito de desenvolvimento sustentável buscamos formas de agir que atendam as carências básicas dos seres humanos hoje, sem sacrificar o “capital natural” da Terra, considerando também as necessidades das gerações futuras. Através desse tipo de mentalidade podemos pensar a Terra de maneira integral onde o meio ambiente e as questões humanas “emergem como uma única entidade”.

    “O dilema é novamente como prover a necessidade de alimentação sem contribuir para dificuldades futuras ao ignorar a necessidade de diversidade biológica no mundo natural”. Nesse caso a presença da Biotecnologia na produção agrícola nos faz insurgir acerca da sua implementação e eficácia. Ao mesmo tempo que nos deparamos com pontos à favor, pois o uso dos transgênicos aumentaria a resistência dos vegetais a determinados microrganismos danosos onde podemos manipular características que são importantes para a realização de nossos objetivos. Deparamo-nos com pontos contra, onde alguns se perguntam se “há alternativas melhores?”. Tendo em vista os riscos implicados, para Hugh Lacey a visão científica e o contexto sociológico estão apartados e é essa abordagem descontextualizada que prejudica a inserção do debate ao contexto humano, social e ecológico. A questão apontada por Lacey é mais de caráter epistemológico do que ético. Entretanto podemos analisá-la através do ponto de vista ético diferenciando uma conduta social de uma anti-social, quando o que está posto em voga é o bem comum.

    Há no termo virtude um caráter que o atribui significação sendo uma ação onde se tem propensão a determinadas práticas até então consideradas benéficas. Onde as “virtudes públicas: produtividade, sustentabilidade, multiculturalismo e preservação” estão relacionadas acima de tudo a agenda contemporânea de debates. Podemos incluir, nessa temática, algo que amplie fronteiras e que nos dê a noção de comunidade para incluir o solo, a água, as plantas e os animais na discussão. Assim há o fato de que a ética não pode “prevenir a alteração, o manejo e o uso destes recursos, mas afirma os seus direitos de continuarem existindo”, devido a importância do meio natural na manutenção de qualidade de vida humana.

    Para finalizar, podemos então atentar ao fato de que no texto de Lacey a discussão das questões técnico científicas continuam em aberto já que o autor não afirma ser certa ou errada a atitude abordada pelos cientistas que defendem implantação dos transgênicos. Questões epistemológicas assim como algumas questões da ética são difíceis de serem abordadas, pois não há um conhecimento verdadeiro ou uma verdade absoluta que esteja acima de todas as outras. Entretanto “causas pétreas” como a manutenção da vida e / ou da saúde podem ser discutidas a ponto de se chegar a um consenso.

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  20. Os alimentos transgênicos já estão incorporados na produção mundial de alimentos. Diversos tipos de produtos vegetais e animais com modificações genéticas realizadas com o intuito de "melhorá-los" já encontram o seu caminho para as mesas das pessoas ao redor do mundo. Os defensores da produção de alimentos transgênicos argumentam que a fabricação destes não é apenas recomendável como também essencial, devido à crescente necessidade de alimentos proporcional ao crescimento constante da população mundial. Sem o uso dos alimentos transgênicos, afirmam eles, a população irá passar fome.
    No entanto, como propõe Hugh Lacey em seu texto “Há alternativas ao uso dos Transgênicos?”, seriam os alimentos transgênicos de fato os mais adequados para cumprir o objetivo de impedir a fome no mundo? Analisando os argumentos utilizados pelos defensores da produção destes alimentos, que citam entre as mais importantes vantagens a maior produtividade que eles possuem, Lacey chega à conclusão de que estes argumentos são feitos sob uma abordagem descontextualizada, ou seja, como o próprio nome já sugere, fora de seu contexto social, economômico e bioecológico, sendo apenas as características técnicas, genéticas, químicas levadas em conta. O autor observa, por exemplo, que apesar de a produção de alimentos ser de fato elevada com o uso de transgênicos, nações inteiras abrigam pessoas que passam fome devido à má condição economômica destas nações.
    Para que a questão dos alimentos transgênicos e possíveis alternativas menos impactantes para substituí-los seja abordada com sucesso, é preciso ter em mente que estes alimentos são também uma ferramenta socioeconômica e socioambiental, é preciso abordá-los de forma contextualizada com o mundo em que existem. É baseado neste pensamento que o autor mostra que a agroecologia pode ser uma forma muito mais eficaz de abordagem científica do que a dos alimentos transgênicos. Apesar de não ter sua eficácia provada, a agroecologia faz sua análise de forma contextualizada, considerando a produção de alimentos no contexto ecológico, social e econômico em que ela está inserida, e para Lacey, esta é a característica mais importante para que uma abordagem científica seja bem-sucedida.

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  21. A ligação entre o texto de H. Lacey e ética é clara: o autor alega que, a maioria dos estudos relacionados com pesquisas acerca da melhor técnica de plantio para obter o máximo de benefícios para determinada região e contexto são influenciados pela preferência dos cientistas e do comércio pelos transgênicos. O resultado já parcialmente pendente para os transgênicos é ainda favorecido pela maneira descontextualizada como a pesquisa é efetuada.
    O autor critica o modo feroz como os transgênicos são defendidos pela comunidade científica e comercial, como se fosse a melhor e única alternativa de produzir o alimento necessário para erradicação da fome no mundo, sendo que Lacey destaca a crescente importância e utilidade do método agroecológico e alega que a fome que existe no mundo não é resultado de baixa produção de alimentos, e sim de sua péssima distribuição.
    O método agroecológico privilegiaria mais as comunidades desprovidas de recursos financeiros, por se tratar de método mais simples e menos dependente de maquinário e produtos caros. Diminuir gastos e ainda sim aumentar a produtividade não é, sem dúvida, o interesse das grandes companhias, que se interessam pelos transgênicos, devido aos grandes lucros que advém de sua produção.
    Pesquisas científicas devem ser dirigidas de modo que os resultados alcançados sejam sempre honestos e privilegiem a relação REALMENTE mais benéfica à maioria e a quem necessita, e não ser moldada aos gostos de grandes corporações e instituições.

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  22. O texto de Hugh Lacey sobre os transgênicos o autor explora a base epistemológica de pesquisa aplicada aos transgênicos. A defesa dos transgênicos, segundo o autor, é feita de maneira errônea, pois descontextualiza o objeto de estudos, os alimentos geneticamente modificados perdem suas dimensões socioeconômicas, não basta apenas considerar a dimensão biológica, mas também seus valores sociais.
    Fica claro no decorrer do texto como o assunto está ligado com as virtudes públicas, produtividade, sustentabilidade, multiculturalismo e preservação. O principal argumento para o uso dos transgênicos é a sua capacidade de alta produtividade. No entanto, seus riscos estão ligados a sustentabilidade ambiental e a preservação, o uso de monoculturas de maneira intensiva, acaba por desgastar o solo e destruir a biodiversidade.
    Na prática o ano de 2010 fechou com déficit de mais de 50 milhões de toneladas de alimentos, segundo dados da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), com um esperado aumento da demando para este ano, como o aumento da oferta não acompanhará a demanda, temos um aumento nos preços dos alimentos. Mesmo utilizando transgênicos em quase todas as plantações! Fora as especulações financeiras no mercado financeiro de grãos.
    Como a autor sugere uma análise contextualizada, temos que levar em conta que o mercado de grãos e a indústria alimentícia são negócios altamente lucrativos. Mas é um lucro muito concentrado nas mãos de poucos. Com muitos ao mesmo tempo passando fome e com uma tendência atual desse quadro aumentar.
    Será que as atitudes de construir monopólios, o uso de lobby e a especulação financeira, seriam eticamente justificáveis? Na visão de Kant é claro perceber a ofensa direta a segunda máxima moral, as pessoas não são tratadas como fim, mas como meio para o lucro, a fome de pessoas é um instrumento para o aumento de lucro. Na visão utilitarista são feridos os princípios de otimização, não há uma maximização do bem-estar geral, principio de agregação, aqui uma maioria é sacrificada para gerar prazer a uma minoria.

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  23. Este comentário foi removido pelo autor.

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  24. Em seu texto “Há alternativas ao uso dos Transgênicos?”, Hugh Lacey apresenta o panorama referente às pesquisas e produção de transgênicos. Ele afirma que esses produtos têm hoje papel fundamental na economia, além de serem importantes para a sustentação de programas de pesquisa científica. Porém existem questões a serem debatidas a respeito da necessidade do uso de transgênicos, dos riscos que essa utilização em larga escala envolve, além da possível existência de alternativas a eles. Lacey afirma que o principal problema referente a este assunto é o cenário em que os alimentos e demais produtos transgênicos são implementados; os aspectos que servem como bases para o desenvolvimento de novas técnicas e melhorias genéticas são muitas vezes apenas as características químicas e biológicas do produto a ser modificado e os riscos potenciais considerados são apenas aqueles que no futuro podem comprometer a saúde humana ou o meio ambiente. Porém , o autor nos mostra que essa é uma “ abordagem descontextualizada ” , uma vez que não leva em consideração fatores socioeconômicos, culturais e socioecológicos para definir quais estratégias seriam mais adequadas a fim de permitir o desenvolvimento de transgênicos sem comprometer características sociais. Após conhecer os argumentos do autor , acredito que haja uma questão ética importante sobre o modo como é pensada e efetuada a produção e comercialização dos produtos geneticamente modificados, uma vez que nem sempre os responsáveis por seu desenvolvimento dão atenção devida às todas as áreas em que essa atividade possa ter consequências; porém analisando a situação econômica e social do mundo hoje , concordo plenamente com o que a firmou a colega Katusca , de que o questionamento ético primordial se encontra no fato de que os transgênicos se configuram como uma alternativa para sanar a fome mundial , mas como é de conhecimento, a produção de alimentos não modificados que temos hoje seria suficiente para alimentar toda a população , isso não acontece porque há grande desigualdade na distribuição de riquezas e consequentemente, no acesso das populações a esses alimentos. Penso que a grande falácia ética relacionada aos transgênicos a ser analisada, está no fato de que assim como toda a produção de alimentos é tida como meramente um produto de movimento de mercado , os transgênicos também assumiriam/assumem esse papel , até com mais efetividade, porque têm uma grande faixa de lucro, o que não pode ser justificado eticamente, rebatendo argumentos a favor de sua produção contínua. Assim, ao refletir sobre tema apresentado “Virtudes públicas: produtividade, sustentabilidade, multicuralismo e preservação”, tendo como exemplo as variáveis que envolvem os alimentos transgênicos, concluo que este consiste em um dos principais desafios para a prática da ética em nossa sociedade, pois seus concernimentos entram e conflito com interesses econômicos fortalecidos pelo sistema capitalista , que não tem como característica a busca por praticar ações moralmente corretas.

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  25. No texto Lacey aborda como um desdobramento da questão dos transgênicos a relevante questão da abordagem descontextualizada da ciência e se seria ético fazer uso desta metodologia.
    Ao focarmos nossas atenções apenas nas questões de produtividade sobre o tema, podemos defender uma visão que claramente apoio o uso dos transgênicos, mas isso seria uma abordagem reducionista sobre o tema.
    A questão envolve aspectos sociais, econômicos, ecológicos e científicos, e quando olhamos apenas uma dessas questões estamos ignorando sérias conseqüências para a sociedade como um todo.
    Outra ponto levantado no texto é desconsideração de outras alternativas para os transgênicos por motivos de mercado, fato que é muito problemático por novamente condicionar o desenvolvimento científico a uma visão reducionista do problema.

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  26. Esse foi um texto que eu achei interessante, porém como posto pelo professor em aula, ele não debate muito sobre ética, focando mais na metodologia que esta sendo utilizada na pesquisa científica na atualidade.

    Ao começar a ler o texto eu tinha uma visão cética do que ele pretendia defender, supondo que só seria mais um discurso político que não levava em consideração as conseqüências das ações que ele propunha. No entanto, acabei encontrando um texto bem equilibrado, com bons argumentos, mostrando um ponto de vista que eu ainda não tinha visto. No texto ele não diz que devemos acabar com os alimentos transgênicos, mais sim procurar alternativas que possam ser melhores. Um dos maiores problemas que existem é o de que a discussão sobre transgênicos não leva em conta fatores fora do reino científico, deixando de lado os problemas sociais que isto pode acarretar.

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  27. O texto de Hugh Lacey sobre os transgênicos o autor explora a base epistemológica de pesquisa aplicada aos transgênicos. A defesa dos transgênicos, segundo o autor, é feita de maneira errônea, pois descontextualiza o objeto de estudos, os alimentos geneticamente modificados perdem suas dimensões socioeconômicas, não basta apenas considerar a dimensão biológica, mas também seus valores sociais.
    Fica claro no decorrer do texto como o assunto está ligado com as virtudes públicas, produtividade, sustentabilidade, multiculturalismo e preservação. O principal argumento para o uso dos transgênicos é a sua capacidade de alta produtividade. No entanto, seus riscos estão ligados a sustentabilidade ambiental e a preservação, o uso de monoculturas de maneira intensiva, acaba por desgastar o solo e destruir a biodiversidade.
    Na prática o ano de 2010 fechou com déficit de mais de 50 milhões de toneladas de alimentos, segundo dados da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), com um esperado aumento da demando para este ano, como o aumento da oferta não acompanhará a demanda, temos um aumento nos preços dos alimentos. Mesmo utilizando transgênicos em quase todas as plantações! Fora as especulações financeiras no mercado financeiro de grãos.
    Como a autor sugere uma análise contextualizada, temos que levar em conta que o mercado de grãos e a indústria alimentícia são negócios altamente lucrativos. Mas é um lucro muito concentrado nas mãos de poucos. Com muitos ao mesmo tempo passando fome e com uma tendência atual desse quadro aumentar.
    Será que as atitudes de construir monopólios, o uso de lobby e a especulação financeira, seriam eticamente justificáveis? Na visão de Kant é claro perceber a ofensa direta a segunda máxima moral, as pessoas não são tratadas como fim, mas como meio para o lucro, a fome de pessoas é um instrumento para o aumento de lucro. Na visão utilitarista são feridos os princípios de otimização, não há uma maximização do bem-estar geral, principio de agregação, aqui uma maioria é sacrificada para gerar prazer a uma minoria.

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  28. Ao analisarmos o caráter ético da produção de transgênicos após a leitura do texto de H. Lacey é indispensável, como o próprio texto mostra que levemos em conta o contexto humano, social e ecológico em que estão inseridos e não apenas em seus componentes químicos e biológicos. Isso porque essa forma de análise não considera os riscos a longo prazo do processo, assim como não leva em conta a relação dos transgênicos com a implantação de monoculturas e o risco a biodiversidade, por exemplo.
    Podemos dizer que o objetivo principal do texto é responder a pergunta: Será que existem alternativas ‘melhores’ do que a agricultura baseada nos transgênicos? Uma agricultura melhor na medida em que propiciem maiores benefícios e menores riscos do que a tal polêmica agricultura dos transgênicos?
    Lacey mostra a agroecologia como uma alternativa, já que essa investiga o sistema socioecológico da produção e distribuição da produção agrícola, relacionando-a com sustentabilidade, por exemplo. Fazendo assim, uma crítica a ampliação da produção transgênica baseada no método capitalista.

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  29. O uso dos transgênicos sempre foi alvo de debate, principalmente porque não há provas de que a longo prazo ele não cause danos para a saúde. O texto do Hugh Lacey não é como tantos outros textos sobre esse assunto, que apenas criticam o uso dos transgênicos, ao contrário, o autor tenta explorar a possibilidade de haver outras alternativas para o uso dos transgênicos.
    Em seu texto ele não aborda o impacto social que esse tema causa, ele apenas se detem a ciência, na sua capacidade de produção elevada e na possível sustentabilidade devido ao desgaste e mã utilização do solo, até com os fertilizantes utilizados.
    Porém na minha opinião, não acho certo pensar somente na evolução cientifica para a agricultura na produção de alimentos mais resistentes a pragas, precisa se atentar também para o ser humano. Se realmente o uso desses alimentos geneticamente modificados, podem causar alguns danos a nossa saúde a longo prazo e como não se tem um resultado definitivo sobre os beneficios e mal causados, deve-se levar em consideração todos os pontos de vista, tanto social, econômico, científico e biolólogico para se ter uma visão ampla do futuro "progresso" desse tipo de alimento.

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  30. O homem busca dominar fronteiras. Seja para a produção de alimentos, energia ou até mesmo conhecimento, o objetivo humano é dominar os recursos naturais e direcioná-los para finalidades que sejam úteis (considerando que o conceito de utilidade é extremamente volátil e temporal). O problema deste desejo, característica da raça humana, é que na maioria das vezes ele não consegue prever todas as conseqüências de tal “conquista”.

    Qual a razão imediata para alimentos transgênicos? Aumento de produtividade, maiores lucros para os produtores e, retoricamente, maior capacidade de combate a fome.
    Quais as possíveis conseqüências do uso de alimentos transgênicos? Algumas já são imaginadas, mas muitas ainda estão impremeditadas.

    Todas as nossas ações diárias têm conseqüências impremeditadas, e acredito que seja impossível premeditar todas as conseqüências de nossos atos, mas enxergo que a virtude do “ser social” está justamente em esforçar-se para prever as conseqüências de seus atos, se não aquelas ainda distantes, ao menos aquelas racionalmente identificáveis, e desta forma maximizar a qualidade da ação.

    Produtividade, sustentabilidade, abrangência e preservação são os elementos a serem levados em conta na análise das ações, tanto as de relevância mundial, como a questão dos transgênicos, como as de relevância estritamente individual/familiar.

    O homem público, não só ele, mas principalmente, deveria ser a tradução destes elementos, tratando as questões do bairro, município, estado, país, planeta, sempre através dos filtros acima expostos. Em um mundo imperfeito, onde os representantes políticos não são exatamente o exemplo a ser seguido, cabe a cada individuo o máximo empenho para não se deixar levar em ondas de opiniões rasas e tendenciosas.

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  31. 13)O texto em questão coloca um assunto em discussão há anos, principalmente no Brasil por parte da Monsanto, os transgênicos. O autor é bem cientifico, e leva a discussão apenas para um lado tecnológico e econômico, citando poucas consequências sociais e ambientais que os transgênicos possam acarretar. No que diz respeito a multiculturalismo e preservação, são fatores que não entram tanto na mira dos transgênicos na minha opinião, porém no que se diz respeito a sustentabilidade, os transgênicos são sim uma grande ameaça, uma vez que causam danos ecológicos graves, sociais em larga escala e consequências genéticas que ainda não temos a tecnologia, tanto falada no texto, para prever.
    Obs.: A publicação acima não esta feito de acordo com as prazos requisitados por motivo de Doença.

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  32. O texto de H. Lacey possui uma correlação com o tema ético abordado na disciplina quando é analisado que a maioria das pesquisas relacionadas com melhores técnicas de plantio para alcançar benefícios para as famílias de certa região é interrompida com o comércio de transgênicos.
    H. Lacey critica o modo como a comunidade científica e comercial defende o uso dos transgênicos como se os mesmos fossem a melhor alternativa para produzir um alimento que fosse ‘especial’, o qual sanasse a fome que hoje é evidente no mundo. Entretanto, o autor enfatiza a importância do uso do método agroecológico, alegando que toma essa fome evidenciada no mundo não seja resultado da baixa produção alimentícia e sim da péssima distribuição do alimento produzido para os menos favorecidos.
    Tal método agroecológico prioriza a comunidade desses menos favorecidos, de baixa renda, pois, trata-se de um método um tanto simplório e que menos depende de maquinaria com preço alto. A diminuição dos gastos junto com o aumento da produtividade é o grande interesse das empresas q se interessam na utilização dos transgênicos, graças ao lucro que as companhias obtêm. O grande problema a meu ver é que as pesquisas deveriam privilegiar realmente a relação de necessidade nas comunidades com a renda das mesmas e não apenas com a grande produtividade e o lucro que é obtido pelas grandes empresas.

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  33. No texto de H. Lacey, ele analisa o uso de transgênicos e indaga se há alternativas melhores, que disponham de maiores benefícios e envolvam menos riscos.
    Essa polêmica questão vem sendo respondida através da abordagem descontextualizada, na qual os transgênicos são dissociados dos contextos humano, social e ecológico em que estão inseridos. Para avaliar então os potenciais os riscos do uso dos transgênicos é preciso ter consciência que eles são objetos socioeconômicos.

    Entre os riscos ao seu uso, estão o risco a biodiversidade, a inviabilidade da agricultura orgânica e o monopólio dos recursos mundiais de alimentos e sementes.
    Os que são a favor dos transgênicos dizem serem os mesmos necessários para produção de alimento para as próximas décadas e ressaltam a urgência de alimentos nas regiões mais pobres.

    O problema da avaliação real da necessidade de produção dos transgênicos é a influência e interesses dos cientistas nessa questão.

    Nesse contexto, a agroecologia aparece como uma alternativa aos transgênicos, esta investiga o sistema socioecológico em que a produção e a distribuição acontecem, incluindo análises sobre produtividade, sustentabilidade, saúde social, respeito às tradições culturais e fortalecimento da atuação das populações locais.

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  34. Quando temos que analisar os transgênicos, nos encontramos em um labirinto com diversos caminhos a ser seguidos.
    Até mesmo se analisarmos o meio cientifico que envolve os transgênicos iremos encontrar indecisão. Se de um lado encontramos um melhoramento genético dos alimentos que permitam que eles consigam ser plantados em áreas que antes não poderiam e com isso ajudem a combater a fome que já assola o mundo, além de propiciarem um menor uso de agrotóxicos e derivados, pois conseguem criar plantas mais resistentes, de outro eles podem contribuir para acabar com a identidade genética de alguns alimentos e até mesmo de algumas espécies que dependem desses alimentos para sobreviver .
    Não se sabe ainda se os transgênicos realmente não fazem nenhum mal a saúde, mas diante da situação da ciência que vivemos hoje em dia , tudo pode ser incerto , nada que esta sendo comprovado pode ter 100% de certeza , com a modernização de técnicas e equipamentos sempre poderão descobrir coisas novas . E se no momento transgênicos são uma solução para algo que esta se agravando a cada dia , não tem porque não utiliza-lo , não deixando de lado é claro a preservação da nossa biodiversidade , pois tem que ocorrer um desenvolvimento sustentável onde nenhuma das coisas se sobreponha , se em uma região não há necessidade de se usar os transgênicos não tem porque acabarem com a plantação normal , não deixando de lado a pesquisa e desenvolvimento de novos meios de irrigação e plantio que auxiliem as plantações normais também .

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  35. O debate que Lacey aborda sobre os transgênicos pode ser expandido a muitas outras áreas, embora o discurso atual seja voltado para o desenvolvimento sustentável, o peso do progresso tecnológico e da manutenção da economia ainda são maiores que a preocupação com o social e o ecológico.

    Em especial no caso dos alimentos, Lacey levanta um ponto fundamental, a produção mundial no estilo da atualidade, portanto mecanizada, usando agrotóxicos químicos, com seleção de sementes, é suficientemente grande para satisfazer a necessidade de toda a população mundial e no entanto em muitos países subdesenvolvidos ainda há fome. Isso acontece porque a distribuição de renda é desigual que acaba por dificultar o acesso de parte da população à alimentação. A idéia defendida por Malthus de que a população cresceria em P.G e a produção de alimentos em P.A, gerando escassez foi superada pela técnica.

    Nesse sentido os transgênicos não vieram para acabar com a fome do mundo, Lacey mostra como o desenvolvimento dessa tecnologia foi intrínseco a interesses agroindustriais visando ao aumento da produção e do lucro, descartando os contextos sociais e ecológicos e principalmente, os resultados a longo prazo. A distribuição do alimento continua a ser o problema que espalha a miséria. Como possíveis riscos sociais por essa falta de avaliação há o aumento da desigualdade, o perigo de um monopólio agroindustrial concentrando terras coloca em risco o pequeno agricultor e a agricultura de subsistência, realizadas principalmente nos países do sul. Com excesso de alimentos o preço das commodites baixaria agravando a deterioração dos termos de troca e piorando a situação desses países dependentes da exportação de matéria prima. Além disso, a monocultura inviabiliza terras férteis e afeta a biodiversidade.

    Diante disso Lacey propõe o desenvolvimento da agroecologia e defende que uma alternativa aos transgênicos deva atender aos seguintes requisitos:

    “(a) produzam gêneros alimentícios nutritivos, ambientalmente sustentáveis, que protejam a biodiversidade e fortaleçam as comunidades locais;

    (b) estejam mais em sintonia com as aspirações das comunidades rurais e as variações regionais e culturais;

    (c) sejam capazes de desempenhar um papel integral na produção dos alimentos necessários para abastecer a crescente população mundial;

    (d) sejam particularmente apropriados para garantir que as populações rurais dos países “em desenvolvimento” recebam alimentos e nutrientes suficientes,de forma que,sem a sua consolidação, é provável que os padrões atuais de fome persistam.”

    Fica evidente a importância da consideração do social nas virtudes públicas e do respeito ao multiculturalismo. A idéia de sustentabilidade precisa ganhar mais força diante do interesse para que os problemas sociais, que precisam ser analisados na pesquisa científica, possam ser resolvidos e que o progresso científico possibilite a busca do igual.

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  36. Os transgênicos, atualmente, são tidos como capazes de satisfazer a demanda mundial por alimentos e nutrientes (em outras palavras mais simples: "acabar com a fome mundial"), porém é preciso saber se eles são, de fato, a única alternativa.
    Hodiernamente, as empresas privadas são as maiores responsáveis pelo financiamento da pesquisa científica, ou seja, o estado foi deixando de atuar nesse campo de desenvolvimento (incentivos monetários a pesquisa científica), e assim, os particulares viram um nicho de investimento (nota-se: investimento, não desenvolvimento).
    As empresas incentivam a pesquisa, porém cobram um retorno pelo incentivo dado. Os transgênicos estão, nesse momento histórico, com o status explanado acima (possíveis saciadores da demanda por alimentos e nutrientes), isto é, “é a bola da vez”. Dessa maneira, todo incentivo a pesquisa científica é feito pensando em consolidar o status do alimento transgênico, assim tornando-o uma verdade científica incontestável. Como nosso estado é laico, essa verdade é bem vista e, muitas vezes, aceitas como axiomas.
    Quanto aos que tentam demonstrar uma alternativa aos transgênicos, como adeptos da agroecologia, estes precisam primeiro demonstrar para os investidores que esta alternativa é viável e que tem um custo-benefício menor que os dos alimentos transgênicos, isto é, eles devem demonstrar como a alternativa é um bom e viável investimento. Empreitada esta muito difícil, visto que, todo investimento em pesquisa é voltado para consolidar a imagem social e acadêmica dos transgênicos e não para encontrar alternativas.
    Portanto, como as pesquisas científicas são voltadas a satisfazer um interesse de quem as financia ficará difícil saber se há alternativa para os transgênicos e cada vez mais eles vão consolidar uma imagem de salvadores da pártria e única alternativa.

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  37. O assunto dos transgênicos é um tanto quanto conturbado; há muita coisa em jogo, como dinheiro, alianças e política, e por isso, não poderia ser diferente.
    Além do mais, quando se trata de genética, sempre tem muita polêmica envolvida, justamente por si tratar, basicamente, pelo menos nesse caso, de seres humanos. Mesmo que o que esteja sendo mudado geneticamente não seja o ser humano, e sim os alimentos. Há o medo envolvido nesse caso também; o medo de que problemas mais sérios possam ocorrer mais tarde se esse tipo de procedimento for levado à frente. Afinal, como dizem: ”você é o que você come”.
    E há claro, as questões morais envolvidas também, porque os transgênicos não podem ser tratados apenas como meros objetos de estudo, uma vez que irão afetar tanto a sociedade, seja social, ambiental ou economicamente. Há riscos sérios, a curto, médio e longo prazo para esses setores, que podem acarretar em desastres. Então, antes que qualquer decisão seja tomada, é preciso ver se há alternativas aos transgênicos, se eles são realmente indispensáveis, e se sim, pesar os prós e os contras, pois qualquer que seja o viés a ser seguido, ele quem sabe, irá determinar os moldes da sociedade futura.

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  38. No mundo em que vivemos há uma grande valorização da economia e do desenvolvimento a qualquer preço. Nos últimos anos o desenvolvimento sustentável passou a ganhar algum destaque nas discussões, mas parece que na maioria das vezes não é tido como prioridade.
    Os alimentos trangênicos surgem com a justificativa de que por serem geneticamente mais resistentes conseguiriam atender melhor aos problemas da fome no mundo.
    Porém, segundo sabemos, a produção de alimentos atual já é suficiente para a alimentação de todos, já que o problema da encontrada em muitos países se deve, principalmente, a má distribuição dos mesmos, e da falta de condições de alguns de comprá-los e não da inexistência deles.
    Os alimentos trangênicos são, portanto, frutos de motivações políticas e econômicas. Pois sob certo aspecto, facilitaria e aumentaria a produção. A dificuldade se dá pela modificação genética de populações inteiras de determinados alimentos que poderiam ser ocasionadas por eles. Seria, então, inviável a produção desses alimentos por certas sociedades o que facilitaria a vantagem na concorrência pelo mercado pelos países que conseguiriam produzí-los. Outro problema relacionado ao assunto, seria se esses alimentos causariam ou não algum mal à saúde do ser humano.

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  39. No texto apresentado vemos a Ética na forma de entrelinhas, ela não é apresentada de forma descarada, mas sim subjetiva. Quando terminamos de ler o artigo de Lacey nos deparamos com um confronto ético. Pois a partir da discussão sobre o uso de transgênicos, com sua alta produtividade, acabamos por nos aprofundar nos valores morais e éticos da ciência, além da sua incapacidade de se manter livre da influencia de fatores externos. Vemos também a selvagem estratégia do Capitalismo em sua busca pelo lucro, e a inferiorização do ser humano em meio a este ambiente. Vemos então que o uso dos transgênicos é apenas a ponta da discussão presente no texto.
    É de um conhecer geral a fome presente em diversas partes do planeta, a África é o maior exemplo. Porém, são poucos aqueles que sabem que este problema, assim como o das doenças, não é solucionado por motivos comerciais. Produzir alimentos, ou vacinas, para os fracos africanos não geraria lucro as grandes empresas. E essa é a grande realidade e o mundo gira em torno dela. A vida do ser humano já se tornou algo superficial no mundo econômico. E isso nos leva a ver o quão execrável é a economia presente em nosso tempo, onde a ética já foi jogada no lixo há alguns anos. Ou seja, discutir os valores morais e éticos nesse meio cientifico - econômico é algo praticamente impossível, pois a única resposta que podemos chegar é que esses são valores já esquecidos por tal segmento da sociedade.

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  40. Marcelo Kenji



    Hugh Lacey tenta responder se há alternativas melhores para a agricultura do que o uso dos transgênicos em seu texto.
    Inicialmente, a discussão se inicia com o fato de que as metodologias científicas descontextualizaram o desenvolvimento dos transgênicos, ou seja, separaram a pesquisa dos seus contextos sociais, humanos e ecológicos. O que cria uma visão parcial da realidade e em longo prazo pode proporcionar problemas.
    Os transgênicos representam o ápice da ciência moderna nas mais diversas áreas, é o pensamento científico que rege todos os princípios da sociedade atual e muitas vezes é levado como uma verdade única. Por isso se cria uma convicção em relação à opinião de que os transgênicos são a única alternativa para a agricultura.
    Essa opinião desconsidera o impacto ambiental do uso excessivo de transgênicos, que podem levar ao fim da diversidade biológica ou então o fato de que mesmo com o uso de transgênicos, máquinas e outras invenções proporcionadas pela ciência, apesar de produzirmos alimentos suficientes para eliminar a fome no planeta, ainda temos problemas de fome devido a má distribuição dessa produção.
    Portanto não é somente os transgênicos que podem ser alternativa a agricultura. Segundo Lacey, a agroecologia é uma das possíveis saídas para esse problema, pois contextualiza as questões ecológicas, sócias e humanas.

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  41. As virtudes públicas são um assunto que vem ganhando espaço nas discussões empresariais nos últimos anos. Há alguns anos as pessoas começaram a se dar conta da importância de relações como produtividade, sustentabilidade, multiculturalismo e preservação para a construção de um mundo com melhor perspectiva de futuro. Porém, barreiras como a busca pelo aumento de lucros ainda impedem que essas virtudes sejam completamente disseminadas.
    O texto de Hugh Lacey fala sobre virtudes publicas abordando a seguinte característica: as questões que envolvem o uso de transgênicos estão segmentadas do contexto humano, social, cultural, etc. O autor nos mostra que as pesquisas em relação aos transgênicos, o apontam como uma alternativa muito eficiente na agricultura, mas que essas investigações não levam em conta o impacto social, as conseqüências ambientais e da biodiversidade e nem mesmo a concentração de produção sobre sementes e alimentos.
    H. Lacey critica essa abordagem cientifica, pois ela não supre as necessidades da população em geral, além de não se saber se suas conseqüências podem ser desastrosas. O autor, ao buscar uma alternativa para os transgênicos, afirma que a agrotecnologia pode ser uma solução, pois ela aborda aspectos científicos e econômicos, sem se esquecer dela questões sociais e culturais.
    Após analise, é possível perceber as virtudes publicas, apesar da importância que se é discutida, é pouco colocada na prática. As instituições, inclusive as cientificas, acabam dando mais atenção a questões financeiras e tecnológicas, e não levam em conta o impacto que essas mudanças podem causar à humanidade em geral, esquecendo-se quase que completamente de sustentabilidade, multiculturalismo e preservação.

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  42. É interessante notar a atual preocupação pública com questões científicas. Bom saber notaram a correlação entre novas descobertas e o cotidiano do ser humano. Afinal, cada um de nós nos servimos da ciência desde o momento em que acordamos, de uma maneira ou de outra. Os transgênicos são a forma científica mais eficaz de se produzir alimentos em larga escala, alterando geneticamente os alimentos. Porém, apesar da necessidade do cumprimento de compromissos socioeconômicos, consequências advêm de práticas tecnologicamente avançadas e aparentemente inofensivas. As discussões e pesquisas sobre a influência negativa que as descobertas tecno-científicas têm aumentado, principalmente nesse século, trazendo à tona alternativas de produção, de consumo e preservação. Isso tem acontecido graças à democratização da ciência. Aqueles que se dedicavam à pesquisa e ficavam à margem do fervor da Ciência, podem emergir com suas inovadoras e promissoras ideias. E disso se aproveita o poder público e nisso investe. Isso é muito bom, pois aumenta a chance de sucesso na manutenção do bem-estar da população, sem prejuízos, face ao desenvolvimento tecnológico.

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  43. Olá caros colegas de blog, gostaria em um primeiro momento de pedir desculpas, ao terminar de elaborar meu texto sobre os transgênicos, fui copiar e colar um dado que achei super interessante, que vi no post do nosso colega piadista Bruno Fratta, o quote seria o seguinte: “Na prática o ano de 2010 fechou com déficit de mais de 50 milhões de toneladas de alimentos, segundo dados da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations)”. Porém, ao copiar isto, acabei copiando o texto inteiro (imagino, pois estava com sono de mais para lembrar o que realmente aconteceu), colei e postei, sem nem ao menos reparar que havia copiado e colado o texto todo, substituindo o meu. Não vi e nem acessei novamente o tópico. Por sorte, um jovem de origem asiática reparou no meu erro, isso chegou até mim e tive chance de ver isso antes do professor me julgar um plagiador sem escrúpulos. Enfim, meu texto tinha um enfoque contra os transgênicos, já que a defesa feita geralmente ao uso dessas práticas de cultivo, deturpa de certa forma alguns males que podem ser causados pelo uso destes produtos. Já que sempre que entram em um debate sobre o tema, o que mais se diz é que tais alimentos têm alto índice de produtividade e seriam produzidos de forma a erradicar problemas relacionados à fome. Porém, pouco se fala nos males causados por isso, como o desgaste ambiental e a degradação do ecossistema. Isso ocorre pois o meio capitalista e o meio científico, tem grande interesse no uso destes produtos, levando assim a uma defesa insensata de seus benefícios, ignorando totalmente os malefícios. Uma outra importante passagem no texto é a afirmação de que a fome no mundo existe devido a má distribuição de alimentos e não está relacionada com a baixa produtividade, isso faz sentido ao andarmos pelas grandes zonas urbanas, onde vemos alguns passando fome e outros mais abastados jogando uma enorme quantidade de comida fora. Essa é minha pequena reflexão, já que meu texto anterior foi postado a muito tempo e perdido depois disso e agora está tudo muito em cima e não tenho tempo de desenvolver um grande texto como fiz na outra vez. Não vou deletar meu primeiro post, para não parecer que eu fiz e me arrependi, vou deixar para mostrar que eu simplesmente errei, estupidamente, mas errei ao copiar e colar tudo sem nem perceber! Hahaha.

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  44. Em seu texto “Há alternativas ao uso dos transgênicos?”, Hugh Lacey nos traz à tona uma reflexão muito mais abrangente do que uma questão pontual sobre o desenvolvimento dos transgênicos, indo de encontro à dimensão ética da ciência. Lacey cita o exemplo dos transgênicos, por se tratar de uma área de estudos que está em acelerado crescimento no cenário científico internacional e, suas aplicações têm e terão impactos nos meios sociais e ambientais.

    Para Lacey, há uma visão antiga que acredita que dentro dos estudos científicos não existem juízos de valor, os mais variados que forem estes juízos. Este modo de encarar a ciência pode ser classificado como uma abordagem descontextualizada, em que um estudo sobre as partículas dentro da física, por exemplo, só deve ser considerado dentro da própria dimensão física, e não dentro das relações que envolvem os seres humanos e o meio ambiente, ou seja, estes são entendidos como fora do contexto do estudo científico e, esta visão é a que permanece fortemente enraizada ainda nos tempos atuais.

    “A não realização de pesquisas relevantes sobre os riscos indiretos repercute essa convicção, comum no meio científico, de que a investigação se torna “menos científica” caso não seja redutível a pesquisas que adotam a abordagem descontextualizada. Tal perspectiva, porém, não cumpre plenamente as finalidades da ciência.”

    Lacey enxerga que os valores que mais são levados em conta dentro do mundo científico ultimamente, são os valores do progresso tecnológico e os valores do capital e do mercado. São estes valores os impulsores da maioria das pesquisas que são feitas e, para ele, os transgênicos se encontram dentro deste quadro.

    “A alegação de que não há alternativas não reflete conhecimento científico, mas sim poder econômico. E esse aspecto fica oculto quando as políticas sobre o uso de transgênicos são encobertas pelo manto da ciência.”


    O autor aponta várias alternativas que deveriam ser melhor estudadas, como a agroecologia que, tende a fomentar o desenvolvimento sustentável econômica, social e ambientalmente.

    “A agroecologia é considerada uma disciplina científica que transcende os limites da própria ciência, ao pretender incorporar questões não tratadas pela ciência clássica (relações sociais de produção, eqüidade, segurança alimentar, produção para auto consumo, qualidade de vida, sustentabilidade)”


    A proposta de Lacey então é a de que sejam consideras nas pesquisas científicas todas as perspectivas de valor envolvidas, como a ambiental e a de justiça social, e não somente as de progresso tecnológico e de capital e mercado. A este modo de pensar a dinâmica da ciência ele chama “pluralismo metodológico”, onde a harmonia e o bem estar de todas as pessoas em todas as partes do mundo estaria em primeiro lugar. Daí a dimensão ética da crítica de Lacey, que se estende para além dos transgênicos, abarcando o modo de pensar e de se fazer ciência.

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  45. O tema transgênicos é alvo de discussão, antes mesmo de ter virado realidade. No texto de H. lacey não é levado em conta apenas o quanto de aumento na produção o transgênico pode proporcionar, mas também é ponderado o tamanho do impacto ambiental e social do desenvolvimento dessa tecnologia.

    Para um grande empresário capitalista, argumentar a favor dos trangênicos somente da perspectiva ganhos, o uso deles sempre será vantajoso e a única saída. Nessa condição de única saída, pode alegar o não uso de agrotóxicos no combate a pragas, pois as sementes genéticamente modificadas são mais resistentes e portanto se "auto defendem". O aumento do poder nutritivo de trangênicos também pode ser um argumento adotado pelo empresário capitalista, que barraria uma possível crítica de indivíduos preocupados com a qualidade do produto oferecido. Entretanto, pesquisas suficientes não foram realizadas para embasar tais afirmações. E a não realização suficiente de pesquisas, indica um não conehcimento dos possíveis efeitos nocivos que um transgênico pode causar.

    A ciência, quanto a moral, tende para adaptar-se as necessidades de quem à financia. Logo o uso ou não de trangênico dependerá de quem paga mais. dificilmente uma família com baixa renda priorizará o uso de produtos que sejam menos nocivos a saúde no lugar de escolher produtos que façam render o salário no fim do mês. A maioria dos produtos comercializados à um preço mais acessível, na área de perecíveis, já apresentam grande parcela de grãos geneticamente modificados.

    O uso ou não uso de sementes modificadas genéticamente, transpassa os limites da ciência pura, por tratar de questões mais complexas que a contemplação de um sonho pessoal do cientista ou apresentar resultados similares aos esperados em uma suposição. Seria o ideal separar o que é a agroindústria, agrociência e o relacionamento de ambas com a sustentabilidade, para que a ciência não permaneça apenas como moeda de barganha.

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  46. O discurso progressista está fortemente influenciado pelos interesses comerciais, políticos e de grupos dominantes, impossibilitando que a ciência seja objetiva e busque o melhor para a humanidade. Há cientistas conscientes disso e aqueles que absurdamente ignoram essa influência. Assim, o uso de transgênicos, enquanto objetos biológicos e também socioeconômicos, precisa ser reavaliado considerando seus riscos à saúde e ao meio ambiente.

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  47. A prática de virtudes públicas, tais como: produção, sustentabilidade, multiculturalismo e preservção são de extrema importância no desenvolvimento atual, não apenas econômico, mas também cultural, social, etc. O professor Peluso chegou a falar em sala que esse tema não tem uam forte ligação com a ética, todavia, a meu ver, podemos pensar nas consequências da prática de tais virtudes. Provavelmente serão consequências boas, que repercutirá de forma benéfica à toda sociedade.

    Tratando sobre o texto de Lacey, no caso dos transgênicos, o autor faz uma crítica sobre a forma como são feitas pesquisas acerca das consequências de tal intervenção. Ou seja, os estudos são focados em questões de bioengenharia, deixando de lado questões de cunho socioeconômico e ambiental.

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  48. O texto de H. Lacey é uma crítica ao tipo de análise feita pela comunidade acadêmica a respeito do estudo dos transgênicos.
    A principal crítica é a abordagem descontextualizada ,somente adotam-se parametros relacionados aos aspectos biológicos,químicos e financeiros.A grande questão é o fomento por trás dos resultados desse tipo de criação de espécimes que pode vislumbrar uma maior produçao de gêneros alimenticios.Esse aumento é interessante para toda a economia,inclusive para produção de energia.
    O texto mostra a necessidade de uma análise sobre uma nova perspectiva,sugerindo uma visão agroecológica.
    Essa visão é muito mais adequada pois envolve perspectivas sociológicas,economicas e ambientais.
    Lacey conclui que as pesquisas agroecologicas pesté interconectada com os valores de desenvolvimento sustentáve e as diretrizes das instituiçãoes de pesquisa devem estar conectados.

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  49. O texto de Lacey relaciona o uso dos trangênicos e nos faz refletir até onde os interesses econômicos estão acima do desenvolvimento tanto das técnicas de produção agrícola, quanto da inserção de formas sustentáveis no plantio para alcançar benefícios para as famílias inseridas na economia agrícola.

    Um problema gerado pelos transgênicos é a perda da biodiversidade e o grande controle do seu uso pelo grande capital, que tem interesse em apontar o rumo da agricultura para garantir a obtenção de lucro e a apropriação do trabalho do agricultor pelo grande capital.

    Em minha opinião, não sou contra os transgênicos enquanto técnica e processo,uma vez que através dela pode-se desenvolver cultivos resistentes à seca no nordeste, para a salinidade do solo ou para aumentar a produtividade de determinados produtos permitindo a manipulação de elementos da natureza em benefício do desenvolvimento, desde que cercada de uma série de preocupações.

    Mas em seus moldes atuais sou contra a apropriação privada da natureza e contra a liberação de transgênicos sem análise, pesquisa e fundamentação, que possa colocar em risco a saúde, o ambiente e também a sustentabilidade econômica das comunidades rurais. Por isso, avalio como irresponsável pois não garantiu medidas em relação às precauções ao ambiente, à saúde e à autonomia econômica dos agricultores para que a sociedade possa direcionar a técnica.

    Uma tática para minimizar os impactos é avançar na legislação para a criação de zonas de exclusão de transgênicos, reservando algumas regiões que tenham biodiversidade, sementes crioulas e uma base genética ancestral, onde poderemos produzir sementes livres e fornecer para outras regiões. Dessa forma, teremos chances de manter uma parte da agricultura livre da contaminação. No entanto, o Estado teria que ser extremamente rigoroso nessas regiões para coibir o plantio de transgênicos, o que não aconteceu.

    Neste atual modelo, é inviável para o pequeno agricultor seguir como produtor de grãos. Devido à deslear concorrência, não há como se sustentar nessa base produtiva. A nossa estratégia deve ter duplo sentido: diversificação econômica e produção orgânica, que pode acrescentar um sobre-preço. É o que o autor cita como método agroecológico e sua relação com os pequenos agricultores, pois, trata-se de um método que possibilita a produção agrícula mesmo sem deter posse de meios de produção de alto valor. A prioridade dada pelos pequenos agricultores à produção de grãos e transgênicos acaba por aprofundar o modelo que vai levá-lo à ruína e jogá-lo na miséria.

    É preciso buscar estratégias de diversificação, que é mais viável dentro da agroecologia e da produção orgânica, permitindo baixar custos, produzir alimentos melhores e garantir o respeito à natureza.

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