quarta-feira, 9 de março de 2011

15. TEMA 13 - LIMITES ÉTICOS DAS AÇÕES DE DESCOBRIR E INVENTAR

Caros Alunos,
Após ler o texto: “Os limites Éticos da Ciência e da Tecnologia” de L. A. Peluso, disponível em:

e examinar o material disponível em:


elabore, até as 24 hs. do dia 18 de abril, uma postagem com os seus comentários sobre o tema.

41 comentários:

  1. Toda a sociedade moderna, ou grande parte dela, depende fortemente de diversos tipos de tecnologias científicas utilizadas para os mais variados propósitos. Desde ferramentas tecnológicas que nos auxiliam no dia-a-dia até satélites utilizados para exploração espacial, é difícil encontrar uma atividade que não utilize nenhum tipo de tecnologia. No entanto, ao observarmos a história da humanidade para descobrirmos as origens dessas tecnologias, descobrimos que muitas delas não foram criadas para serem utilizadas da forma como o são hoje, e nem sempre seus objetivos podiam ser considerados moralmente corretos.
    Muitas tecnologias surgiram em épocas de guerra para serem utilizadas como ferramentas de guerra, e apenas posteriormente adquiriram a função que têm hoje. A Internet, por exemplo, hoje uma ferramenta essencial para o funcionamento do mundo, foi criada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para ser usada como uma rede de comunicações sigilosas durante a Guerra Fria. Outras tecnologias nem mesmo encontraram outro uso senão o de causar destruição, uns dos exemplos mais notáveis sendo o da bomba atômica, arma que causou tanta destruição em Hiroshima e Nagasaki, matando milhares de pessoas, que pôs um ponto final na Segunda Guerra Mundial instantâneamente.
    Com estas informações em mente, torna-se bem claro que a tecnologia, que possui uma capacidade tão grande para auxiliar a vida do ser humano, ao mesmo tempo pode também ser a responsável pela sua ruína. É por isso que é necessário estabelecer "Limites Éticos" para a produção e uso de tecnologias científicas, como afirma Luis A. Peluso em seu texto "O Problema dos Limites Éticos da Ciência a da Tecnologia". É preciso ter consciência da capacidade destrutiva que a ciência e a tecnologia podem ter, dos efeitos que certo tipo de pesquisa científica terá em toda a população, e avaliar se certo tipo de pesquisa tecnológica deve ou não ser realizado. Para lidar com o problema dos limites éticos da ciência e tecnologia, o autor propõe três objetivos estratégicos: "1. As teorias científicas e as inovações tecnológicas devem ser avaliadas em suas implicações, tanto teóricas quanto práticas através de constante controle crítico; 2. O controle crítico deve ser feito por cientistas e não cientistas; 3.as informações sobre as descobertas científicas e inovações tecnológicas e as conseqüências de suas implementações práticas devem ser acessíveis a todos os membros da sociedade." Com estes objetivos, são destacados os pontos principais desta questão: o fato de que a tecnologia é uma ferramenta que pode também trazer prejuízos à humanidade; o de que estes prejuízos podem afetar toda a humanidade, sem fazer distinção entre os cientistas e os não-cientistas; e o de que é o dever da própria humanidade impôr limites éticos à produção tecnológica científica.

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  2. Um dos pontos mais importantes sobre o limite ético da ciência é o objetivo final da ciência. Pois não é logicamente justificável dizer que a ciência é a busca da verdade, e esta verdade é um fim em si mesmo. Ou seja, que a adquirição de um novo conhecimento é sempre bom. Procurar verdades somente para saciar a curiosidade humana, não justifica o grande esforço humano e altos custos que são utilizados na pesquisa científica. É mias lógico se esperar que a ciência traga frutos que possam ser usados para alguma finalidade prática, ou que traga algum beneficio para a humanidade.Alem do fato que não existe cientista algum no mundo que diga que sua pesquisa será ruim para a humanidade. Assim, já que o fim da ciência esta ligado intimamente com o bem da humanidade, ela deve prestar contas a ela.
    Outro fator importante é de que a ciência como ela é na realidade, mesmo cientistas tentando dizer o contrário, possui valores morais. Qualquer cientista que faça algo imoral será reprimido pela própria comunidade científica.
    A ciência também é altamente dependente de outros fatores fora do seu universo. Empresas e Estados que financiam projetos científicos impõem condições e metas que os cientistas devem seguir. Os seus interesses acabam por influir na comunidade cientifica.

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  3. A modernidade, conquistada pelo avanço da ciência, indica que o progresso tecnológico está inserido nas atividades sociais, já que com o passar do tempo a visão de interagir com essa cientificidade e buscar conhecimento, torna-se um processo importante e determinante para a evolução no pensamento dos cidadãos. Diante disso, alguns dos objetivos apresentados pelas novas descobertas na área de tecnologia são os de baixar os custos de produção e também investigar a cura para doenças ou então a maneira mais adequada para tratá-las, proporcionando bem-estar para as pessoas. A tecnologia é importante para estabelecer a integração entre ciência e sociedade, contudo, resultados imprevistos podem surgir dessa relação. Quem esperava, por exemplo, que as práticas científicas poderiam ser utilizadas para dizimar uma população e deixar rastros catastróficos na Segunda Guerra Mundial?

    A partir da realização de uma leitura atenta do texto indicado: “Os limites Éticos da Ciência e da Tecnologia” de Luis A. Peluso e dos vídeos sugeridos, percebe-se que o principal tema abordado é a questão da moralidade do desenvolvimento técnico científico e também da política nas relações humanas. No cenário atual é frequente a participação pública sobre a discussão da imposição de limites à ciência. A prática do conhecimento científico revela-se como uma grande ferramenta para auxiliar na resolução de problemas sociais, entretanto, alguns assuntos sofrem certo repúdio por gerarem consequências calamitosas à sociedade, como o caso de clonagem humana, que vai contra os princípios religiosos, da experimentação em humanos e também dos ataques realizados com o uso de armas biológicas e químicas, como no caso da explosão da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki.

    Partindo das perspectivas apresentadas, nota-se que ainda não existem normas de conduta eficientes na área de tecnologia, por isso, (...) “A ética pretende dar conta de construir uma teoria racional das ações humanas, no sentido de identificar as proposições que descrevem as regras de conduta apropriadas para as diferentes situações”. A comunidade científica principalmente após o choque da Segunda Guerra Mundial efetuou revisões para obter a distinção entre ciência como aplicação teórica e tecnologia como prática. Segundo o autor do texto (...) “os limites da Ciência são imanentes ao próprio ser humano. Eles decorrem das próprias condições de possibilidade do tipo de conhecimento no qual a Ciência se constitui. O que aqui se quer dizer é que numa visão ilustrada, o ser humano é considerado como um ser que conhece e atua no mundo”.

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  4. (Continuação)

    Com todos os impactos ruins presenciados pela sociedade, o prestígio da ciência sofre certo abalo, isto porque as tecnologias vindas dela em um determinado período foram fortemente utilizadas em conflitos bélicos. O status dos experimentos científicos começa a decair no conceito da população também devido à revelação de outros efeitos danosos, principalmente na sociedade industrial de produção que convive com os diversos modelos de poluição, dentre outras formas de destruição do ecossistema e a ineficácia da utilização exagerada dos recursos naturais. Assim a ascensão da verdade absoluta como atributo restrito e satisfatório passa a aderir aos valores éticos e fazer parte de pautas morais em que a aplicação da ciência e da tecnologia não fica mais imune à ética. Desse modo, amplia-se a oportunidade de intervenção social nas várias extensões da realidade, reconhecendo assim os limites dos esboços científicos.

    Para compreender o problema dos limites éticos da ciência é preciso que os cientistas consigam introduzir os princípios éticos na experimentação, isto não significa necessariamente que terão de (...) “oferecer boas razões para as formas de conduta que efetivamente possuem”, mas deverão elaborar metas que sejam justificáveis moralmente e racionalmente. A responsabilidade do moral dos cientistas se baseia em quatro principais princípios: 1. A ciência e a tecnologia não são moralmente neutras (idéia do paradigma científico de Thomas Kuhn); 2. O progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade; 3. A aplicação dos resultados das descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade e 4. Há limites morais para a investigação científica e a invenção tecnológica. Assim é possível afirmar o “construtivismo social”, ou seja, fatores sociais determinam em parte o progresso do processo científico e como a ciência deve investigar.

    Para garantir a “harmonia” entre ciência e sociedade é preciso avaliar as aplicações da ciência e da tecnologia, avaliação essa feita por cientistas e não-cientistas, além do que as (...) “consequências das descobertas científicas e das aplicações tecnológicas devem ser acessíveis a todos os membros da sociedade”. Por fim, aderindo e consequentemente concordando com as concepções finais do texto (...) “É preciso ter medo das consequências das descobertas e da aplicação das descobertas em Ciência e Tecnologia. Porém não se pode perder a esperança de que os resultados das novas descobertas estarão sempre sob o controle de algumas dimensões que consideramos nobres no ser humano”.

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  5. Há quatro teses fundamentais segundo o Professor L. A. Peluso que precisam ser levadas em consideração quando discutimos os limites éticos da Ciência na área de pesquisa e criação e posteriormente na utilização dessa nova descoberta.
    Em primeiro lugar não podemos nos esquecer de que a Ciência e a Tecnologia não são neutras (A QUESTÃO DA NEUTRALIDADE DA CIÊNCIA - ALBERTO CUPANI). Em segundo lugar não podemos achar que só porque algo é "novo", "avançado" e até há alguns anos inimaginável que isso também é um bem para a humanidade, pode ser, como pode também não ser, colocando em risco a vida das pessoas e a própria existência do ser humano.
    Em terceiro lugar, vemos justamente a aplicação dessas novas descobertas que podem ser preduciais ao ser humano, como por exemplo, o episódio mais conhecido que é a explosão da bomba nuclear durante a Segunda Guerra Mundial nas cidades de Hiroshima e Nagasáki, no Japão, em 1945. Hoje conhecemos os prós e contras da utilização desse tipo de energia, mas se levarmos em consideração a sua capacidade de causar catástrofes talvez os contras superem qualquer vantagem.
    Em quarto lugar, vemos o que poderia ser o "Poder Moderador" das descobertas e invenções científicas, que segundo L. A. Peluso deveriam ser moralmente justificadas, considerando as consequências que podem produzir.
    Posteriormente ele sugere três objetivos estratégicos:
    1- As teorias científicas e inovações tecnológicas dem ser avaliadas em suas implicações, tanto teóricas quanto práticas através de constante controle crítico.
    2- O controle crítico deve ser feito por cientistas e não cientistas.
    3- As informações sobre as descobertas científicas e inovações tecnológicas e as consequências de suas implementações práticas devem ser acessíveis a todos os membros da sociedade.
    Como já sabemos, a Ética tem como objetivo determinar regras de conduta, que classificam posteriormente a ação do ser humano. Assim sendo, vemos que a Ética é extremamente essencial para criticarmos ou apoiarmos as descobertas científicas e através da nossa racionalidade avaliarmos o que é bom e o que não é, quebrando o paradigma de que as "descobertas", "o novo", "o avançado" e a ciência em geral não precisam passar por um filtro, que são os limites éticos que devem ser estabelecidos.

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  6. No texto " O Problema dos Limites Èticos da Ciência e da Tecnologia - L. A. Peluso" coloca em questão os limites éticos da ciência e tecnoclogia, para isso ele fala que há limites morais. E apresenta quatro teses fundamentais:
    1- A Ciência e a Tecnologia não são moralmentes neutras: Pois os cientistas precisam justificar a moralidade de suas ações e são influenciados pela sua visão de mundo, sendo assim não conseguiria explicar o mundo bem como ele é, mas sim dar sua opinião de como devia ser.
    2- O progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade: Pois o avanço científico pode estar apoiado em ações não morais, por isso ele deve ser justificado para convencer de sua verdade e confirmar sua moralidade.
    3- A aplicação dos resultados das descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade: Os seus resultados podem trazer dor e sofrimentos as pessoas e para isso é necessário que elas sejam informadas dos verdadeiros riscos e sabendo deles tomar a decisão que julgar mais correta.
    4- Há limites morais para a investigação científica e a invenção tecnológica: É necessário justificar as ações moralmente, informando as consequências que a investigação e a invenção possam produzir e também porque os investimentos necessários, na maioria das vezes, provêm dos cofres públicos.
    Por isso, para que se tenha progresso é preciso que se faça o bem do ponto de vista ético e todos resultado produzido deve ser avaliado com senso crítico, tanto pelos valores de custo, quanto pelas pessoas afetadas.
    É percebido por todos que em busca do progresso se tenha resultados bons e ruins, mas cabe ao ser humano julgar e decidir as consequências que se quer e sempre é necessário aperfeiçoar suas técnicas para evitar danos maiores e irreversíveis.

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  7. Os limites éticos da ciência e da tecnologia estão ligados à avaliação moral das pesquisas e do desenvolvimento tecno-científico e suas respectivas conseqüências práticas.
    "A responsabilidade moral dos cientistas indica a disposição que eles têm de justificar, de oferecer boas razões para as formas de conduta que efetivamente possuem." Dessa definição são desenvolvidos quatro teses que vão de confronto com a moralidade científica.
    A Ciência e a Tecnologia não são moralmente neutras. Segundo está visão, os cientistas são influenciados pela sua visão de mundo, por seus objetivos na pesquisa cientifica e pelo campo cientifico que exerce uma relação de poder com ele. Além do fato de que as pesquisa são direcionadas de acordo com o investimento financeiro, ou seja, áreas que possam trazer mais lucros são privilegiadas.
    O progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade. A crítica essa visão decorre do fato de essa tese se apoiar em um argumento historicista, de que a evolução gera a perfeição. O progresso ocorre quando a ciência caminha em direção a verdade e apenas a força argumentativa pode justificar se essa verdade é moralmente justificável.
    A aplicação dos resultados das descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade. O problema aqui reside no fato de que muitas vezes a aplicação de uma determinada tecnologia tem um efeito danoso a algumas pessoas ou ao meio ambiente.
    Há limites morais para a investigação científica e a invenção tecnológica. Muitas vezes as investigações cientificas não são moralmente justificáveis, caso os resultados obtidos forem postos em prática, conseqüências negativas atingem a sociedade.
    A avaliação moral da ciência e da tecnologia é essencial. Na sociedade moderna a ciência ocupa um lugar privilegiado. A avaliação não busca denegrir a imagem da ciência apenas limitar e conhecer seus erros para que ela se torne cada vez mais justa e possa ser acessível a todos os seus problemas e suas qualidades.

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  8. O primeiro ponto trabalhado no artigo é que a Ciência e a Tecnologia não são moralmente neutras, porque seguem metodologias que são pré-requisitos necessários para que suas teorias sejam tidas como científicas, também porque os cientistas nem sempre conseguem se despir completamente de todos seus juízos e subjetividades, e também porque às vezes suas pesquisas são pagas por instituições que financiam tais pesquisas para que determinado resultado seja favorecido.
    Um tópico que me chamou atenção no artigo foi o da necessidade de manter o grande público informado acerca das novas descobertas científicas, inovações tecnológicas e suas respectivas consequências. Nos estudos recentes sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade, podemos notar grande tendência dos estudiosos e filósofos da ciência a considerar tal iniciativa apropriada. O grande público é que costuma ser atingido pelas consequências da Ciência e suas aplicações procedimentais tecnológicas, portanto devem ser informadas sobre elas, e também são os recursos públicos que financiam grande parte das pesquisas.
    A Ciência deve sim ser justificada por valores morais, pois valores morais não são antagônicos à racionalidade, como a crença popular insiste em alegar. A ética, que é a ciência que estuda a moralidade, a melhor maneira de se fazer as coisas, o que seria o “bem” e o “mal”, institui seus princípios através da racionalidade de seus pensadores. O autor deixa claro que há limites para a pesquisa científica e suas aplicações, portanto, se há um limite, é necessário justificação para que determinadas práticas científicas não sejam impedidas pelas restrições impostas de serem praticadas, e essa justificação é alcançada através de provas de que a pesquisa não fere princípios morais e é útil à sociedade.
    O terceiro ponto é que nem sempre as descobertas científicas e inovações tecnológicas são um bem para a humanidade, sendo tal tese comprovada com o professor citando como exemplo o desenvolvimento de equipamentos bélicos, que não melhoram em nada a vida da população, apenas proporcionando meios de se tirar a vida.
    O artigo se conclui nos exortando a acreditar no melhor do ser humano, do cientista, que a maioria deles ainda busca satisfazer, com suas pesquisas, as necessidades da sociedade, e não ferir os princípios éticos com elas, e relembrando da necessidade de se informar o público leigo e os não-cientistas (porque a maioria dos estudiosos dedicados à ética não são cientistas) acerca dos procedimentos tecnológicos e científicos e suas consequências.

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  9. Ciência e tecnologia têm andado juntos há mais ou menos um século, e sem dúvida que isso acarretou em uma evolução de magnitude e rapidez jamais vista na sociedade.
    Sem desmerecer seus méritos, entretanto, não se pode dizer que as mudanças foram apenas para o lado bom, e por isso, devem ser julgadas moralmente também.
    As descobertas de ambas trazem tantas consequências à sociedade, e por isso há certos limites morais que deveriam ser colocados em pauta.
    Certo controle crítico deve ser utilizado ao avaliá-las, e isso deve ser feito tanto pelos atores envolvidos, quanto por partes menos interessadas, para que haja avaliações parciais e imparciais.
    Pode parecer um pouco paranoico, mas esse controle é necessário, pois apesar de o progresso científico e tecnológico trazer vários benefícios à sociedade, tais como novas descobertas na área da medicina, também pode trazer novas descobertas e informações que coloquem em risco o bem estar da sociedade, como por exemplo, a indústria bélica, ou química.
    E para que aconteça esse “julgamento moral” da ciência e da tecnologia, de maneira correta e clara, todas essas novas teorias descobertas, juntamente com as inovações bem como com suas consequências, precisam de acesso público, para que a sociedade possa julgar esses limites morais.

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  10. O meio natural atuou sobre a humanidade de forma que os limites dos seres humanos se confundiam com os limites da natureza. Quando a natureza foi sendo alterada pelo homem na tentativa de controlá-la, obtendo maior proveito e independência, passamos a viver em um meio mecânico.
    A intervenção cada vez maior da racionalidade humana no mundo nos trouxe ao império do meio científico, tecnológico e informacional. Mudamos a forma de nos relacionar com o trabalho (do manual ao eletrônico), substituímos a maneira de interagir com as pessoas (do pessoal ao eletrônico), ou seja, houve uma profunda transformação em termos sociais em razão da busca da perfeição.
    A ciência hoje é detentora de muita autoridade e prestígio porque se pressupõe que o conhecimento científico tem como objetivo o aprimoramento da existência humana e um domínio cada vez maior da natureza, mas as descobertas científicas e inovações tecnológicas têm variadas implicações, nem sempre positivas. Fomos confrontados (bomba atômica, crise dos mísseis na Guerra Fria,...) e ainda somos (eventos naturais que não podem ser controlados pelo homem – tsunamis e terremotos, por exemplo) por eventos que nos alertam do perigo de creditar à ciência um valor em si mesma.

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  11. Os limites da ciência devem ser colocados, eis que seu valor se expressa no momento da aplicação das decisões de quem vai empregá-la. O objetivo primordialmente visado pode ser alterado por questões que fogem à magnanimidade de sua origem em prol de um intento não submetido aos preceitos morais daquela sociedade.
    Por este motivo é fundamental a imposição de limites ao conhecimento científico. A ciência como objeto de um poderoso processo da genialidade humana não pode estar acima do indivíduo, sendo parte do todo não pode avocar a verdade, sem o reconhecimento das demais partes. Ela é um dos caminhos no processo evolutivo, mas não é o objetivo final. O propósito é a felicidade do ser humano e o aprimoramento da vida em sociedade. É imprescindível que suas descobertas e invenções tecnológicas sejam avaliadas em seu contexto social e moral.
    A neutralidade da ciência é um ideal, nos ajudam a estabelecer metas possíveis, mas sabemos que um ideal em si mesmo jamais poderá ser alcançado.
    Os cientistas, como todo ser humano, têm suas preferências, e, muitas vezes, seus condicionamentos financeiros em razão do objeto de sua pesquisa, o que oblitera a necessária imparcialidade. Embora tenham têm tido o aval da sociedade moderna para uma atuação irrestrita, muitas vezes pelo desconhecimento da investigação científica e seus propósitos, precisam sofrer restrições porque o resultado pode ser devastador e irreparável.
    O esclarecimento à sociedade ampliaria as escolhas e possibilitaria maior controle aos que vão ser afetados pela aplicação de suas descobertas e invenções. Somos parte de um sistema complexo que inter-relaciona-se e complementa-se, não dependemos da ciência para nossa felicidade; ela deve ajustar-se à realidade e adequar-se aos princípios morais aceitos pela comunidade. Ainda que uma crise de percepção nos contraponha é melhor ter valores morais para nos estruturar do que dogmas para nos justificar.

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  12. O texto apresentado traz quatro fundamentos para o debate do “Problema dos limites éticos da ciência e da tecnologia, são eles:

    – Ciência e tecnologia não são moralmente neutras;
    – Progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade;
    – Descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade;
    – A descoberta científica e a invenção tecnológica devem ser moralmente justificadas.

    Por tanto, há sim limites éticos para CT introduzidas na sociedade. Deve-se avaliar tanto a teoria como a prática das novas descobertas e suas implicações. Não há como pensar um ato ou fato coletivo sem pensar em suas consequências. E tal avaliação crítica pode e deve ser realizada por todos os membros da sociedade e, o resultado desse processo deve ser acessível a todos.

    Temos que pensar a relação entre ética, ciência e tecnologia. Para tratarmos desse tema precisamos nos alfabetizar em ciência, tecnologia e humanidades, agora.
    “ […] nova rearticulação entre ciência, tecnologia e humanidades, e darão ensejo à formação de um novo homem, definido não mais como instrumento e objeto das tecno-ciências, mas como sujeito e fundamento de todo o processo.” (Ivan Domingues)
    A ciência e tecnologia tem que trabalhar além do desejo capitalista, a ciência e tecnologia para ser aceita em uma sociedade, além de trazer progresso tem que ser moralmente aceita pela sociedade, caso não, ela não fará sentido (para prática).

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  13. O texto do Professor Peluso aborda principalmente a necessidade das justificativas morais no desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia. Além disso, há uma interessante diferenciação dos conceitos de Ciência e tecnologia, a primeira seria a busca pelo conhecimento através da apropriação de métodos de pesquisa, enquanto a segunda seria mais procedimental, ou seja, uma ferramenta da aplicabilidade das descobertas científicas.

    Ao dizer “Contudo, o avanço da Ciência e da Tecnologia não é necessariamente em si mesmo um 'bem' para o ser humano, nem é necessariamente um 'bem' em sua aplicação. O progresso da Ciência e da Tecnologia para ser um 'bem', do ponto de vista ético, isto é para se conformar com o padrão de conduta racionalmente desejável, depende da interveniência de algumas variáveis que estão diretamente relacionadas com o controle crítico dos resultados, em termos de custos e benefícios para os indivíduos afetados.” Assim a relação do progresso científico e sua aplicação na sociedade ficam condicionadas aos fins e, portanto, as conseqüências devem ser analisadas. É importante observar também, que os fins desse desenvolvimento estão cada vez mais atrelados às grandes corporações e temo motivações financeiras.

    O filme chamado “Café atômico” mostra um exemplo claro do uso de novas tecnologias, fala sobre a corrida pelo desenvolvimento da bomba atômica, e o conhecimento sobre seus efeitos eram tão pequenos que eles faziam testes em campos abertos com seus soldados, ignorantes sobre as conseqüências da radiação. Outra cena interessante, é a do treinamento que as crianças recebiam nas escolas, assim que o alarme soava, as crianças eram instruídas a abaixar sob a carteira, como se isso pudesse salvar vidas diante dos desastres da bomba atômica. Isso mostra que muitas vezes há a utilização de novas tecnologias sem o conhecimento dos limites e dos danos que podem causar. E prova o ponto do texto do Professor Peluso, se o limite da ciência é o limite do conhecimento humano então há a necessidade de avaliação moral de suas ações.

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  14. A sociedade em que vivemos necessita cada vez mais de inovações tecnológicas. Porém muitas vezes ficamos com dúvidas com relação a algumas questões, por exemplo: Até que ponto o desenvolvimento de uma pesquisa científica justifica por em risco ou mesmo sacrificar a vida de seres humanos? Como se deve tratar a questão da utilização de material genético para pesquisas desenvolvidas por institutos não-brasileiros?
    Com relação ao texto indicado, ele possui 4 fundamentos para problematizar os limites da ética na ciência:

    * Ciência e tecnologia não são moralmente neutras – A parcialidade sempre estará presente em uma pesquisa científica, é quase impossível um cientista ser totalmente imparcial, isso porque ele é um elemento social, e sofre influência da sociedade.

    * Progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade – não podemos confundir a ciência como uma verdade única e inabalável.

    * Descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade – a ciência nem sempre produz algo que beneficia a humanidade. (ex.: bomba atômica)

    * A descoberta científica e a invenção tecnológica devem ser moralmente justificadas – devemos considerar as consequências das descobertas científicas.


    A partir disso podemos concluir que existe sim limites éticos para o desenvolvimento da ciência. E nós temos que analisar as consequências dessas descobertas, através de um controle rígido feito por cientistas e não cientistas e além disso, as informações sobre as descobertas científicas e inovações tecnológicas e as consequências de suas implementações práticas devem ser acessíveis a todos os membros da sociedade.

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  15. Em tempos onde uma ciência pura e neutra perante a sociedade é algo surreal, inimaginável e utópico querer imaginar que tal ciência possa valorizar e respeitar a ética é algo de mesmo cunho dos adotados acima.
    Na teoria podemos afirmar com convicção que toda a classe dos cientistas usa dos valores morais para qualificar suas pesquisas como benéficas ou prejudiciais ao restante da população vendo então se é compensatório prosseguir com a mesma ou não. Porém, na prática o que vemos hoje não é nada parecido com a ingênua afirmação teórica. Como venho afirmando em meus últimos posts o que temos hoje um esmagamento da ética perante o deus do dinheiro. A ciência hoje é financiada por governos e grandes empresas que só buscam os próprios interesses, ou seja, de uma forma ou outra, lucro. As novas descobertas e invenções do campo cientifico foram feitas para atender ao interesse desses patrocinadores, independente dos valores éticos ou morais das mesmas. Independente do grau de beneficio ou prejuízo para o ser humano em si.
    O que fazer então mediante a tal situação? Segundo o próprio professor a solução que nos resta é acreditar, “acreditar que no ser humano, em última instância, além do desejo de conhecer, existe a vontade de ser justo, ou seja, de ter condutas que satisfaçam os critérios de moralidade, ainda que seja particularmente difícil a sua identificação.” Afinal, todos sabemos que em algum lugar todo ser humano tem uma bondade dentro de si. Só cabe a ele despertar tal sentimento.

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  16. Em épocas como a que vivenciamos em que os campos da Ciência e Tecnologia estão cada vez mais presentes e influentes no cotidiano da sociedade mundial, vê-se necessária a discussão acerca dos resultados, tanto positivos quanto principalmente negativos, que derivam dos progressos científicos e suas aplicações. É nesse contexto que se torna necessária a análise ética desses resultados.
    Essa provável interferência moral gera alguns problemas, principalmente porque vai de encontro com a visão tradicional da ciência- ainda defendida e divulgada por alguns. Nesse ponto visto a ciência é estritamente objetiva, totalmente neutra, sem nenhuma interferência exterior ao campo científico, ou seja, social. Portanto não podendo ter suas inovações/invenções “julgada” e analisada por campos exteriores ao científico, inclusive a ética que nesse aspecto torna-se um fenômeno racional, porém social. Assim uma questão importante a ser considerada é a seguinte: “há um problema que se põe, (...), quando se argumenta que nem sempre o bem [Ética], o verdadeiro [Ciência] e o eficaz [tecnologia] coincidem”.
    Para analisar essa questão da moralidade presente na Ciência e Tecnologia temos que discuti-lo dentro do “contexto que caracteriza o pensamento moderno como uma visão ilustrada do mundo” que significa: “ aquela [visão] que entende as limitações da Ciência estão associados aos limites dos seres humanos, ou seja, que estão associados à própria condição humana. Assim os limites da Ciência são imanentes ao próprio ser humano.”
    Nesse contexto, os campos da Ciência e Tecnologia não são moralmente neutros estando propícios à avaliação segundo “referencias valorativos racionais” – Ética. Uma vez que estão inseridos na sociedade sendo seus resultados e suas conseqüentes aplicações de vital interesse para todos, precisando ser analisados criticamente por cientistas e não cientistas, pois como pode-se observar nesse trecho do texto selecionado, “O problema dos limites éticos da ciência e da tecnologia” de Luis A. Peluso, : “o progresso cientifico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade, pois novas teorias e nova informação sobre o saber (...) podem colocar em risco o bem do ser humano”, podem colocar em risco o bem a liberdade e por vezes até a própria vida.
    Como no caso de armamentos militares, como bombas, armas químicas e biológicas, que não destroem somente o ambiente físico das regiões atingidas mais principalmente as pessoas que nelas residem. Ou invenções que estejam ligadas a força de trabalho, como aconteceu na revolução industrial, em que homens foram “substituídos” por máquinas, o que ocasionou um mal tanto econômico com as perdas de vagas de emprego como psicológico aos trabalhadores em questão. Sendo necessária a intervenção ética “posto que as investigações e descobertas não podem ser dissociadas do estudo das conseqüências que elas podem produzir”. Sendo de suma importância a divulgação das descobertas e quais serão suas aplicações e que efeitos trarão a população, de forma acessível a todos os membros da sociedade. Outro aspecto que confronta com essa neutralidade é que por vezes os cientistas têm que inovar segundo as aspirações de seus investidores, pois há algumas investigações que são pré-determinadas por agencias e organismos que “financiam somente certos tipos de pesquisa”. Assim somos levados a crer que “ o progresso da Ciência e da Tecnologia para ser um ‘bem’, do ponto de vista ético, isto é para se conformar com o padrão de conduta racionalmente desejável, depende da interveniência de algumas variáveis que estão diretamente relacionadas com o controle crítico dos resultados, em termos de custos e benefícios para os indivíduos afetados”.

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  17. LAYS ARAUJO: Existe 4 itens que os cietistas precisam se ater, o primeiro diz que há um grupo de normas qe devem ser respeitadas pelos cientistas a fim de buscar a verdade, a segunda fala que nem sempre um avanço tecnológico vai trazer progresso, existe cientistas que criam uma coisa, mas no fim nem sabem ao certo o que eles criaram, foi o que ocorreu com o criador da bomba atômica, no começo ele nao tinha a noção do que ele realmente criou, o terceiro aborda a aplicação nem sempre melhora a vida do ser humano, conforme novas máquinas se introduzem no processo o ser humano deve perde o costume de mexer na máquina velha para aprender mexer na máquina nova e quando isso ocorre, pode ser capaz de que outra máquina mais nova já esteja no mercado, e por fim a ultima diz que a moral não pode estabelecer limites para a ciência, esta tem total liberdade, a moral deve controlar somente a justificativa destas.

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  18. Após a leitura do texto O problema dos limites éticos da ciência e da tecnologia de Luis Alberto Peluso, tomemos para análise um tópico mais específico citado no texto, a questão da neutralidade da ciência.
    O senso comum pode até enxergar a ciência como maneira de alcançar conhecimento infalível, porém é inegável de que essa busca por conhecimento está ligada a outras variáveis que a impedem de ser totalmente neutra.
    Antes de tudo, a ideia que rege a sociedade científica que pressupõe que a ciência é a melhor forma de alcançar conhecimento não é necessariamente verdadeira. É possível dar inúmeros exemplos de situações em que a ciência falha, ou seja, ela não é melhor, nem tampouco perfeita em relação a outras formas de conhecimento, é na verdade, apenas uma forma mais recente de alcançar conhecimento, conhecimento esse que pode ser questionado.
    O próprio método empírico, matriz do método científico, que diz ser possível verificar o funcionamento de um modelo em condições controláveis, porém essa experimentação está inegavelmente ligada a interpretação do cientista, que pode ser influenciada por fatores culturais e por sua experiência própria.
    Analisando os demais conceitos científicos, podemos fazer uma série de outras críticas e questionamentos. Por exemplo, a ciência se coloca como autônoma quando na verdade está cada vez mais sujeita ao apoio financeiro das empresas e também ao próprio atrelamento com a tecnologia, que começa a ditar totalmente o caminho das pesquisas.
    Além do mais, é claro que todos os pesquisadores são diferentes seres humanos, e ainda que a ciência tente expulsar valores subjetivos, certas características podem passar despercebidas unicamente porque são compartilhadas por toda a classe. Por exemplo, porque a ciência é desenvolvida majoritariamente por homens? Esse não seria um fator influenciador das análises?
    A própria natureza do ser humano, sua racionalidade continuará empurrando-a em busca da verdade. Porém, nossa visão científica deve resistir ao ego para assumir que não é infalível, simplesmente porque o homem não o é. A ciência deve buscar a imparcialidade, mas sabendo que dificilmente é neutra, e pouco autônoma.

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  19. A Ciência não é boa por si só e esse é um debate recorrente no mundo moderno. Existem limites morais na construção do conhecimento. Afinal, como ja discutido em outros textos, a moral corresponde às condutas consideradas boas, de acordo com o resultado e as sensações que produzem no ser humano.
    Durante muito tempo, houve uma liberdade exacerbada concedida ao homem para inventar e descobrir, como se progresso tecnológico significasse bem estar. Mas, ao longo dos anos se percebeu que não é bem assim. A ciência pode causar sérios danos como consequência. Para se evitar certos desgostos com a ciência é necessário que ela se torne cada vez mais aberta, informando a população das possíveis consequências e propor meios para a melhor utilização da Ciência. Uma das teorias desenvolvidas nesse sentido é a da sustentabilidade, que procura conciliar o desenvolvimento tecnológico com a manutenção dos recursos e dos ambientes envolvidos no processo de produção, muito em voga nos projetos atuais nas empresas e no governo.

    Na minha opinião, é preciso agir com justiça no desenvolvimento do planeta, visando a moral e precisando as certas e prováveis consequências que hão de surgir com as invenções e descobertas, direcionando esforços humanos para a melhor utilização da Ciência, no sentido de proporcionar verdadeiro bem estar à humanidade.

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  20. As ciências são uma arte humana, e como tal, almejam a perfeição, porém são imperfeitas em essência. Isso porque, as mesmas tem como princípio a objetividade e imparcialidade, uma característica que não é humana, ou seja: “a Ciência e a Tecnologia não são moralmente neutras, elas expressam um conjunto de avaliações morais que traduzem uma visão de como o mundo deveria ser” (L.A. PELUSO).
    Sendo assim, a medida em que a ciência avança na busca por objetividade, fazendo descobertas de cunho prático extremamente aplicáveis, a sociedade deve em mesma medida fazer avaliações éticas de tais aplicações. Como diz Peluso: “O controle crítico deve ser feito por cientistas e não cientistas”. Tais medidas, servem para evitar uma possível forma de ilusória perfeição que poderia em algum caso ser atribuída a cientistas, que na verdade são, essencialmente, humanos.
    Pode-se concluir, então, que a ciências tem por objetivo mais nobre nos mostrar os caminhos, e não apontar qual caminho deve ser tomado, essa é uma escolha que cabe a humanidade enquanto especie e não a apenas uma parcela deste grupo.

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  21. A medida que os avanços tecnológicos vão tomando conta da sociedade moderna, a discussão em torno da existência de limites éticos para a ciência tem cada vez mais espaço, tanto no meio acadêmico, quanto na sociedade em geral. Um exemplo está inserido na nossa universidade, onde há disciplinas que abrangem esse assunto. Além de Conhecimento e Ética, os alunos têm a oportunidade de analisar a relação deste tema na disciplina Ciência, Tecnologia e Sociedade.
    O texto de Peluso trata exatamente da relação dos avanços tecnológicos e suas conseqüências a sociedade. Para o nosso professor, existem 4 teses fundamentais a respeito do uso da ciência para a geração de tecnologia: o primeiro deles trata da não neutralidade da ciência e da tecnologia. É possível ver que a C&T não são neutras, não são boas nem más em sua essência, depende do uso que é dado a elas. O segundo deles trata da relação ao progresso. O professor afirma que a ciência e a tecnologia não são progressistas em sua natureza, o que significa que uma invenção não gera progresso necessariamente, ele pode ter o oposto como conseqüência. O terceiro fala justamente desta conseqüência, que deve ser sempre levada em conta, pois a criação de tecnologias pode tanto trazer o bem a uma sociedade, quanto vir com conseqüências desastrosas e até irreversíveis, como o caso do projeto Manhattan, que criou a bomba atômica,e que pode ser ilustrado através do filme O início do fim. O quarto resume afirmando que há limites morais para o uso da ciência, e que deve-se ter um “Poder Moderador” capaz de controlar e intervir na relação C,T&S, levando em conta as teses acima.
    Na minha opinião, a relação entre ações de descobrir e inventar é basicamente uma relação de conseqüências. Como foi dito anteriormente, o julgamento sobre a “moralidade” da ciência é feito após analisar os benefícios e as prováveis conseqüências. Mesmo o uso máximo da ciência em favor da tecnologia, e mesmo a invenção tecnológica mais impressionante e elabora, só poderá ser qualificada como boa e que progressista após a avaliação de suas conseqüências. Por isso, segundo o professor, é preciso avaliar as aplicações de ciência e tecnologia através de membros da sociedade em geral (cientistas e não cientistas), e os benefícios provenientes desta tecnologia devem ser acessíveis a todos.

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  22. Quando analisamos o tema “Limites éticos da Ciência e da Tecnologia”, podemos nos ater ao fato de que a atividade científica ou qualquer outra atividade vinculada a produção de conhecimento exige um comportamento ético, pois é através desse conhecimento que interferimos no mundo (técnicas e produção de tecnologias). Não se faz necessário maniqueismos quando no referimos a atividades que envolvam a ciência e a tecnologia. A atividade científica não pode ser considerada boa ou má em si. Entretanto é lugar comum pensar que a ciência é superior a outros tipos de conhecimento. Todavia a ciência também é uma visão de mundo pois, ao contrário do que se pensa, não existe uma ciência neutra.

    Nem sempre o produto do conhecimento científico é algo que pode ser utilizado para a produção de tecnologias benéficas voltadas para a humanidade. Isso se torna visível no vídeo indicado no tema que relata os acontecimentos vinculados a Bomba Atômica. Pode-se colocar “em risco” não apenas “o bem do ser humano”, como também “a liberdade das pessoas.” É importante também analisar as consequências que as intervenções científicas podem resultar. O texto “O Problema dos Limites Éticos da Ciência e da Tecnologia” de Luís Alberto Peluso ressalta ser de suma importância que os indivíduos, membros da sociedade e que não fazem parte da comunidade científica procurem obter acesso a meios que lhes permitam analisar aquilo que o conhecimento científico produz.

    O autor expõe o fato de que a Ciência não vive apartada do homem e sim faz parte de sua constituição, sobretudo intelectual. Dessa forma quando perguntados sobre os “limites da ciência” temos que elas serão os mesmos limites do ser humano que a constrói. Assim a análise moral das atitudes humanas deve ser semelhante a das atitudes científicas. Temos então que “... o objetivo dos projetos éticos é encontrar critérios que permitam a consecução do 'bem', ou então da felicidade. Desta forma fica claro que a cientificidade empregada tanto na Guerra como em outros tipos de dominação ou obtenção de vantagens em detrimento do outro é algo imoral.

    Pode-se deduzir, portanto, que “…a avaliação da investigação científica não pode ser dissociada do estudo das consequências que essa investigação pode produzir... “. Não se pode confiar em tudo que é produzido sob o aval da ciência. Entretanto “ ...não se pode perder a esperança de que os resultados das novas descobertas estarão sempre sob o controle de algumas dimensões que consideramos nobres no ser humano.” Pois além da aspiração pelo conhecimento existe o interesse em ser justo.

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  23. Após ler os textos e alguns comentários dos meus colegas, vou direto ao ponto.
    Acredito que o mais importante no texto “O PROBLEMA DOS LIMITES ÉTICOS DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA” são os três pontos a seguir no que se refere à melhoria das descobertas ou invenções tecnológicas: 1) avaliação da aplicação da Ciência e Tecnologia. 2) Essa avaliação deve ser conduzida por cientistas e não cientistas. 3) Acesso de todos os membros da sociedade às tecnologias encontradas.

    O segundo ponto foi abordado em algumas matérias do BC&H, dentre elas Ciência, Tecnologia e Inovação; Problemas Metodológicos das Ciências Sociais; Nascimento e Desenvolvimento da Ciência Moderna. Há, historicamente, um predomínio de um autoritarismo e uma avaliação da ciência pela própria ciência, e conforme o seguinte trecho: “Os cientistas não são necessariamente os melhores juízes de suas próprias realizações.”
    Sabemos que a introdução de não cientistas e especialistas em outras áreas é uma ótima maneira de começar uma mudança no âmbito do primeiro ponto: avaliação das aplicações práticas da Ciência e Tecnologia.

    Ao que diz respeito à inserção da sociedade no universo das inovações tecnológicas, parece ser um processo de longo prazo. As tecnologias são disponibilizadas aos indivíduos mais pobres por último devido às relações de mercado e inovação tecnológica.
    Assim, pode demorar anos até que determinada tecnologia chegue ao consumo das massas, mas, quando chega, realmente trás diversos benefícios a essa camada da população.

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  24. Os problemas dos limites éticos da ciência e da tecnologia é, na verdade, a solução para a não criação de uma "verdade absoluta" do mundo por uma parcela da população.
    Se os cientistas julgarem a ética de suas próprias condutas nunca estarão errados. Eles visam o progresso. Ciência é atrelada ao progresso e ao investimento capitalista maciço.
    Imagine a situação do suicídio, se o clone fosse possível (não sei como está essa questão na ciência) e aceitável eticamente (pois, há divergências quanto a aceitação de um clone humano): o suicídio seria possível porque não haveria o fim da vida? Aliás o que seria o fim da vida? O debate ético já tem muitas questões complexas, portanto, o julgamento ético de um cientista só atrapalharia nossa evolução filosófica, visto que "a racionalidade humana não é expressa somente na Ciência, mas é principalmente na Ética que ela encontra sua expressão maior". O cientista não sabe expressar essa racionalidade (pelo menos a maioria), pois ela demanda um pensamento metafísico, além do costume axiomático, dedutivo-indutivo da ciência moderna-contemporânea.

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  28. No texto apresentado, o professor Luis Alberto Peluso defende que existem limites morais que devem ser impostos às pesquisas científicas, às descobertas tecnológicas e às suas implicações práticas, de acordo com os seguintes parâmetros: 1. As teorias científicas e as inovações tecnológicas devem ser avaliadas em suas implicações, tanto teóricas quanto práticas através de constante controle crítico; 2. O controle crítico deve ser feito por cientistas e não cientistas; 3. as informações sobre as descobertas científicas e inovações tecnológicas e as consequências de suas implementações práticas devem ser acessíveis a todos os membros da sociedade; justificando essa imposição por meio de quatro teses fundamentais: 1. a Ciência e a Tecnologia não são moralmente neutras, elas expressam um conjunto de avaliações morais que traduzem uma visão de como o mundo deveria ser; 2. o progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade, pois novas teorias e nova informação sobre o saber fazer podem colocar em risco o bem do ser humano; 3. a aplicação dos resultados das descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade, posto que novas descobertas podem colocar em risco a liberdade das pessoas; 4. a descoberta científica e a invenção tecnológica devem ser moralmente justificadas, posto que as investigações e descobertas não podem ser dissociadas do estudo das consequências que elas podem produzir. Ele afirma que é preciso enxergar as limitações do desenvolvimento da ciência pelo ponto de vista das limitações humanas e pelas condições de sua racionalidade, além de analisar esses limites como parte constituinte dos próprios sistemas de desenvolvimento científico. Após analisar o texto pude concluir que esse debate é um dos poucos em ética, que pode ser formalizado tanto no campo das idéias, quanto na prática. Nas idéias ele tem grande importância à medida que além da ética, envolve outros temas filosóficos a respeito da natureza e essência humanas, por exemplo. Já quantos as ações e suas implicações práticas, ao analisar as quatro teses defendidas fica clara a grande relevância que o debate sobre os limites que devem ser impostos às descobertas científicas assume. Na primeira afirmação, não há o que descordar quanto a inexistência de neutralidade da ciência; as pesquisas e os próprios centros científicos geram altos gastos, que são mantidos por grandes corporações ou entidades governamentais, sendo automaticamente direcionados para o atendimento de suas necessidades e interesses. Na segunda tese podemos usar o vídeo sobre a bomba atômica, para dar um bom exemplo de como novas descobertas podem colocar em risco o bem estar e até mesmo a vida de milhares de pessoas. Acredito que a pesquisa de novas formas de conhecimento e ação sobre o mundo são válidas e pode-se extrair delas muitas técnicas benéficas ao homem, porém devem ser policiadas, não só por quem as custeia mas também por leis e normas rígidas que garantam só serem transformadas em elementos concretos, as descobertas que comprovadamente tragam benefícios para a humanidade; nesse sentindo a obrigatoriedade da divulgação dos métodos científicos e seus resultados em linguagem menos técnica, mais acessível a profissionais de outras áreas, bem como aos estudantes e outros setores da sociedade, torna-se fundamental para que o futuro e a segurança de todos não sejam decididos por um grupo minoritário, que detém o mando científico, mas sim por grande parcela dos concernidos com esse mando.

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  29. Continuação...

    Essa visão ganha ainda mais força se considerarmos o trecho da terceira tese, no qual se afirma que as inovações científicas e tecnológicas podem tirar a liberdade das pessoas, uma vez que isso é o que observamos cada vez mais no mundo moderno. Chegamos a um ponto tal de dependência tecnológica, que para realizar qualquer atividade de trabalho ou estudos, temos que nos ater a meios eletrônicos. Esse quadro é problemático por diversos fatores, dentre eles, podemos citar os novos tipos de doenças, vícios, crimes e etc, surgidos dentro dos ambientes virtuais, além do fato de que cada vez mais de nossas atitudes dependem de redes de informações, sendo desconsiderado o fato de que elas podem apresentar panes e comprometer muito nossas vidas. Quanto à última tese, de que devem haver justificativas morais para a descoberta científica, deve-se dizer que está bastante correta, porém muito longe do que vemos hoje ; classificar moralmente atitudes cotidianas já é uma tarefa bem complicada, barrar um investimento de milhões de reais em pesquisas baseando-se em argumentos morais então, se torna praticamente impossível, além de que, fora a questão financeira, deve-se levar em conta também o fato de que a ciência é tida por muitos como possuidora da verdade e acaba por tornar-se uma religião para alguns, sendo que tal mentalidade também dificulta muito questionamentos sobre a moralidade dos métodos científicos. Porém, sabendo não ser a ciência a única maneira de se buscar a verdade, nem tão pouco o elemento humano mais próximo dela, posso concluir que é necessário e urgente que sejam estabelecidos limites éticos e até mesmo legais; talvez não para “suas ações de descobrir e inventar” como é proposto no tema, mas sim para permitir ou não que essas ações sejam postas em prática e se tornem efetivamente capazes de interferir em nossas vidas e também para garantir que os modos pelos quais elas se deem sejam morais.

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  30. Marcelo Kenji Shimabukuro


    Os limites da ciência estão ligados as suas conseqüências práticas.
    A ciência e a tecnologia não podem ser vistas com neutralidade uma vez que o cientista é um ser social que não consegue eliminar a subjetividade (a sua visão de mundo, seus objetivos, possibilidade de ascensão na comunidade cientifica) de sua pesquisa. A pesquisa pode se tornar tendenciosa não apenas pela subjetividade do pesquisador, mas também porque o investimento de terceiros na produção de ciência e tecnologia pode desviar a pesquisa de acordo com o interesse dos investidores.
    A visão de que a ciência e a tecnologia é um bem em si mesmo também apresenta um equivoco: o argumento de que a evolução cientifica leva a perfeição. Na verdade, o desenvolvimento da ciência nasce da busca pela verdade e apenas o argumento dessa verdade justifica a sua moralidade.
    Também nem sempre pode ser vista com um bem a humanidade, pois as invenções e inovações tecnológicas podem ter conseqüências danosas às pessoas ou ao ambiente.
    A ciência e a tecnologia na sociedade atual são vistas como o ápice do conhecimento humano, por isso a avaliação moral de suas aplicações se torna cada vez mais necessária. Essa avaliação não busca desqualificar a ciência, mas sim a procura de uma maneira que a torne mais justa.

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  31. O progresso científico e o desenvolvimento tecnológico são buscados incessantemente pela sociedade atual. Essa “ideologia científica” é apresentada quase que como uma religião, como se esse progresso fosse essencialmente benéfico à sociedade, sem nenhuma abertura à questionamentos.
    No texto escrito por nosso professor, são apresentadas quatro formas de questionamento que são empregadas da análise dos limites éticos do progresso científico:
    1 – A ciência e tecnologia não são moralmente neutras: os cientistas que produzem o progresso científico são atores sociais, vivem dentro de uma sociedade e têm suas opiniões próprias e isso tudo influencia na visão do cientista e na forma com que ele faz ciência e, conseqüentemente influencia nos resultados apresentados, fazendo com que a ciência tenha também um fundo sociológico.
    2 - Progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade: a ciência não pode ser vista como um bem da humanidade, nem como uma verdade absoluta e inabalável, o que significa que ela pode se provar errada e o que faz dela não absolutamente confiável.
    3 - Descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade: nem sempre os produtos produzidos pelo conhecimento científico e avanço tecnológico significam benefícios para a humanidade. Como exemplo, podemos citar a pólvora utilizada para matar pessoas e, num exemplo mais extremo, a bomba atômica.
    4 - A descoberta científica e a invenção tecnológica devem ser moralmente justificadas: deve analisar-se as conseqüências do avanço científico.
    Considerando tudo isso, podemos concluir que existem limites éticos para o desenvolvimento científico e que eles devem ser sempre levados em consideração.

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  32. Com o final da Idade Média, a religião cristã deixou de ser a grande “detentora de todos os saberes do mundo” e, em contrapartida, a ciência, com suas descobertas e aplicações passou a ter gradativamente maior peso na balança do conhecimento.

    Com todas as novas possibilidades de interação com o mundo, advindas das tecnologias que surgiram nos últimos séculos, a fé na ciência se tornou praticamente uma nova religião, onde não se viam fronteiras para a pesquisa e o desenvolvimento de aparatos tecnológicos, e isto se deu numa constante de crescimento exponencial mundial, atingindo níveis de crença de que tudo o que é feito pela ciência consiste necessariamente num bem para a humanidade.

    A história nos mostra exatamente o contrário, que não existem somente benefícios e nem mesmo neutralidade nos desenvolvimentos promovidos pela ciência. Temos o exemplo da poluição e a degradação causada ao meio ambiente em todos os locais onde se deu a produção industrial. Agrotóxicos cancerígenos, poderosas drogas sintéticas, armas, bombas, tudo isso criado a partir de conhecimentos científicos que tiveram seu uso direcionado a perdas humanas e ambientais.

    As pesquisas científicas, em sua maioria são financiadas por órgãos públicos, e estes deveriam exigir que as pesquisas fossem direcionadas para aplicações que promovam o bem dos indivíduos e da sociedade como um todo, pois é ela quem fornece os recursos para tais pesquisas. Encontra-se no texto a seguinte passagem:
    “[...] grande parte dos recursos aplicados nas investigações científicas é de origem pública. Portanto, a sociedade tem o direito ao conhecimento científico útil. Essa utilidade deve servir como indicador das áreas que são de interesse da sociedade que custeia a pesquisa científica.”

    Outro ponto importante é o de que não só os cientistas avaliem a relevância ética e social de suas pesquisas, mas os não cientistas também, porque estes possuem outros olhares sobre determinados problemas, conhecem as implicações de outras formas que não só a da utilidade do conhecimento pelo conhecimento ou pelo progresso da ciência, que consideram diversos ângulos e, portando devem contribuir para que a direção fornecida pela ciência e pela tecnologia não seja outra que não o bem da humanidade e do meio ambiente em que vivemos.

    Segundo o professor Peluso quanto a racionalidade humana: “é principalmente na Ética que ela encontra sua expressão maior”.

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  33. Os limites da ciência na verdade são impostos pelo próprio homem que a analisa, e tudo acaba se tornando um ciclo , onde o humano através da racionalidade e da ética impõe limites , e resultando a ciência dessa racionalidade ela também acaba gerando o estudo do que na verdade é racional , formando o ciclo, e limitando tanto uma quanto a outra.
    Com a ética o ser humano pretende construir um manual de “ como se deve agir” , ou seja , querem uma teoria aparentemente racional que guie o ser humano para ações do Bem , enquanto a ciência é usada para buscar as verdades, e a tecnologia nada mais é do que um meio para que essas verdades possam ser comprovadas .
    Ao buscarem a verdade pela ciência novamente entra a moral, dessa vez por parte dos cientistas , mas não podemos confundir neutralidade com objetividade , pois por mais que as duas sejam necessárias , não há nenhum tipo de experimento completamente neutro , mas um experimento cientifico não pode contem subjetividade. Não é sempre que a ciência esta a favor da humanidade , muito menos de acordo com a moral , tanto que hoje em dia existem diversos tipos de experimentos que ninguém sabe o impacto que pode causar daqui a alguns anos , e outros em que já existem uma discussão de até que ponto aquilo é moral de ser feito , como por exemplo ocorreu com a clonagem .
    Ou seja , a ciência e a tecnologia não é necessariamente um bem para a humanidade e cabe a todos , cientistas e não cientistas analisa-las para ver até que ponto elas realmente podem evoluir sem prejudicar nossa sociedade , baseando isso não apenas na racionalidade cientifica , mas também na racionalidade ética .

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  34. Assim como o texto de Hugh Lacey a respeito do uso dos transgênicos, o texto “o problema dos limites éticos da ciência e da tecnologia” leva à discussão ética uma característica da ciência e tecnologia, que tentam aparentar objetividade, neutralidade, imparcialidade, visando o bem da humanidade.
    Porém, visto que nem as ciências naturais nem as ciências sociais podem ser dissociadas de seus cientistas enquanto seres sociais, e portanto, sujeitos a influências políticas, religiosas, morais, essa neutralidade torna-se inatingível. O texto de L.A.Peluso afirma que para criar mecanismos evitando conseqüências indesejáveis do progresso da ciência e tecnologia, é necessário: avaliar as aplicações da ciência e tecnologia, participação de cientistas e não cientistas nessas avaliações, tornar acessível a todos os membros da sociedade as consequências das descobertas cientificas e das aplicações tecnológicas.

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  35. Einstein disse: "Se eu soubesse que as pessoas fariam isto, eu teria virado um sapateiro", em referencia ao uso da bomba atômica. Acredito que essa frase elucida de forma bastante clara o tema “Limites éticos das ações de descobrir e inventar.
    Para que a bomba atômica foi criada? Essa sem dúvida é uma descoberta/invenção que poderia não ter sido feita. Não era necessário. Onde está o limite ético?
    Infelizmente hoje a ciência não é ética, o cientista, o pesquisador não pesquisa o que ele quer, ele é obrigado a pesquisar o que as empresas querem, o que a FAPESP cede bolsa. Ou seja, além de toda a imparcialidade que ronda o pesquisador por si só, as ações de descobrir e inventar hoje seguem a parcialidade de empresas e instituições que trabalham para acumular capital.
    Estamos fadados a descoberta como a dos transgênicos, que apenas beneficiam as grandes empresas e megaempresarios, não mais será inventado algo que realmente possa trazer um beneficio ao cidadão comum, a não ser que esse benefício possa gerar mais e mais riquezas as instituições.
    Como discutido no texto do Prof. Peluso existe o problema da falta de privacidade, por exemplo, no caso da descoberta de uma nova doença, onde até então uma pessoa saudável perde seus direitos e passa a ser obrigada a fazer diversos exames, ser internada...
    Acho o tema bastante interessante, com discussões que permeiam diversos pontos que a ética busca responder.

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  36. A ciência e a tecnologia não são moralmente neutras.
    A atividade cientifica em si depende de recursos de instituições que investem em pesquisas que as interessam.
    Assim, a ciência produzida às custas desses recursos é voltada aos interesses das instituições que as financiam.
    Esses interesses não necessariamente são éticos, cabendo aos cientistas e à sociedade avaliar moralmente a pesquisa.
    O progresso científico em si não é um bem para a humanidade.
    O conhecimento em si é moralmente neutro, o uso que se faz dele não.
    Qualquer conhecimento e qualquer tecnologia pode ser usada de forma benéfica para a humanidade.
    Ou não. Depende da sociedade e do cientista avaliar criticamente o conhecimento e usar moralmente o mesmo.
    O mau uso do conhecimento e tecnologia é possível e pode causar danos ao individuo e a sociedade.
    Esse risco é ainda maior se a sociedade não tem acesso ao conhecimento que dá suporte a tecnologia em mau uso.
    Esse é mais um motivo para a sociedade ter acesso ao conhecimento e capacidade para criticar seu desenvolvimento e usos.
    Considerando a crescente capacidade de auto-destruição do ser humano, faz-se necessário que a critica da sociedade ocorra não só na aplicação do conhecimento, mas durante o processo de pesquisa. Para haver crítica funcional, porém, a sociedade deve ser capaz de entender o que está em pesquisa; condição essa geralmente insatisfeita devido a carência em educação. Essa carência afasta a sociedade da ciência e empobrece a discussão e crítica a cerca do conhecimento que a própria sociedade sustenta.
    Uma tecnologia qualquer, como a metalurgia, pode ser usada para fins benéficos (como criar um bisturi ou uma faca de cozinha) ou para fins maléficos, como uma arma. A sociedade é "usuária" dessa tecnologia e acaba por decidir qual serão os usos das tecnologias. Para as escolhas serem moralmente justificadas são necessárias amplas discussão e análise crítica que dependem do acesso ao conhecimento que está em pesquisa e de conhecimentos prévios vindos da educação.

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  37. Estamos vivenciando o auge do desenvolvimento da Ciência e Teconologia. A cada dia são pensadas e criadas inovações e mais inovações que pretendem colaborar com a evolução da sociedade, simplificando a vida das pessoas, entretanto, o desenvolvimento científico e tecnológico não traz apenas resultados positivos, pode trazer também criações que prejudiquem a sociedade como um todo. Um grande exemplo disso é a criação da bomba atômica e seu desastroso efeito nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, Japão, no fim da 2ª Guerra Mundial, e os efeitos que a criação desse elemento provocam até hoje em conflitos mundiais.

    O texto de L. A. Peluso, aborda quatro fundamentos para problematizar os limites da ética na ciência:

    - Ciência e tecnologia não são moralmente neutras – O cientista, sendo um ser social, nunca será imparcial em uma pesquisa científica, pois ele pode sofrer influêcia da sociedade em que vive;

    - Progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade – a Ciência não pode ser considerada a verdade única e incontestável;

    - Descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade – o resultado produzido pela Ciência nem sempre é benéfico para a humanidade, como exemplo temos a bomba atômica;

    - A descoberta científica e a invenção tecnológica devem ser moralmente justificadas – as consequências das descobertas científicas devem ser consideradas.

    Dessa forma, podemos concluir que exsitem limites éticos nas ações de descobrir e inventar, ou seja, no desenvolvimento da Ciência e cabe à sociedade uma análise meticulosa dos resultados de tal desenvolvimento.

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  38. "Nossa tecnologia passou à frente de nosso entendimento, e a nossa inteligência desenvolveu-se mais que a nossa sabedoria." (Roger Revelle, um dos primeiros cientistas a estudar o Aquecimento Global)

    Roger Revelle, em minha opinião, nos coloca a refletir primeiramente sobre o conceito de inteligência que temos hoje de acordo com o modelo de sociedade em que estamos inseridos. Afirma, com suas palavras, que a tecnologia que criamos está além do nosso entendimento e nos dá a visão dilemas que temos que enfrentar em todos os campos de atuação humana.
    A sociedade hoje desenvolve mecanismos, sistemas, redes, estruturas, softwares e inúmeros recursos que nos dão suporte, possibilidades e asas para voar muito alto. Mas, antes de alçar tal vôo, temos que nos perguntar em qual direção ruma este vôo. Atendendo os interesses de quem desenvolvem-se esta série de mecanismos que muitas vezes, sequer nos auxiliam no avanço e solução dos dilemas que a tanto preocupam nossa sociedade.
    O problema é que nos falta enxergar para que lado os manuais de instrução, nos orientam a ir e, a partir disto, identificar quais setores da sociedade serão beneficiados com nosso vôo e nossas descobertas tecnológicas, uma vez que sabemos que os financiamentos dos grandes avanços na tecnologia e na ciência sempre necessitam de um “retorno” a quem os financiou.
    Por esse motivo, a possibilidade de cairmos, de errarmos a rota, de colocarmos em risco a nossa vida e a de outras pessoas que estejam embarcando nessas viagens conosco ou ainda a chance que temos de nem mesmo conseguir decolar são bastante grandes. Pior, de vermos o avanço da tecnologia e da ciência favorecerem um grupo reduzido de pessoas que utilizarão desse avanço de forma reduzida, limitada, buscando satisfazer os interesses do lucro e do desenvolvimento das desigualdades tão inerentes nesta sociedade.
    Estudar, pesquisar, entender, verificar alternativas, desvencilhar os caminhos que se colocam a nossa frente e saber como utilizar as máquinas que tão maravilhosamente nos permitem esses vôos incríveis é essencial principalmente para entendermos que a ciência e a tecnologia não são neutras, estão sempre a serviço de algo ou alguém.
    Para isso, acredito que o financiamento do desenvolvimento da ciência e da tecnologia necessitam estar nas mão do Estado, instrumento que reúne as maiores capacidades de prover a distribuição dos resultados deste avanço a uma maior parcela da população possível, isto se os interesses do Estado também não estiverem corrompidos.

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  39. Esse tema aborda a moralidade do desenvolvimento técnico científico. Presenciamos o desenvolvimento tecnológico todos os dias, nesse exato momento, para realizar minha postagem, estou utilizando de seus frutos. Porém, os frutos provenientes da tecnologia nem sempre são benéficos, e nem sempre foram criados visando o bem da sociedade, muitas tecnologias de fato surgiram em períodos bélicos para serem usadas como ferramentas de guerra. Apesar da tecnologia estabelecer uma integração entre ciência e sociedade, não podemos esquecer que é a mesma que proporcionou milhares de mortes com o ataque a Hiroshima e Nagasaki com a bomba atômica.
    Então hoje, nos deparamos com debates a respeito do desenvolvimento da ciência e da tecnologia e a necessidade de se impor limites éticos a elas, tendo em mente sua alta capacidade destrutiva. “É preciso ter consciência da capacidade destrutiva que a ciência e a tecnologia podem ter, dos efeitos que certo tipo de pesquisa científica terá em toda a população, e avaliar se certo tipo de pesquisa tecnológica deve ou não ser realizado”.
    A prática do conhecimento científico deve ser vista como ferramenta para auxiliar a resolver problemas sociais, não criar outros ainda maiores e alarmantes. Mas infelizmente, ainda não há normas de conduta no campo tecnológico.
    Para lidar com essa problemática, segue quatro principais princípios:
    1. A ciência e a tecnologia não são moralmente neutras;
    2. O progresso científico e tecnológico não é um bem em si mesmo para a humanidade;
    3. A aplicação dos resultados das descobertas científicas e inovações tecnológicas não é sempre um bem para a humanidade;
    4. Há limites morais para a investigação científica e a invenção tecnológica.

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  40. Desde o começo da modernidade, começa a triunfar a tecnociencia, a pergunta é a seguinte: que responsabilidade ética tem os científicos enquanto a seus descobrimento e aplicações?. Para muitos investigadores a ciência é totalmente neutra ou seja que os científicos não são responsáveis ou não devem ter responsabilidade alguma pela técnica criada e muito menos da aplicação que se dê. Por outro lado, estão quem opinam que o científico é responsável como tal e como membro da sociedade na que leva a cabo seu trabalho. A tecnociencia (ciência moderna) é defendida pelo benefícios que brinda, brindou e segue brindando. Então, a atividade científica tem os méritos pelos benéficos resultados, mas nada tem a ver pelas más aplicações e os resultados prejudiciais. Não teriam responsabilidade sobre os efeitos negativos, mas sim pelos positivos. Toda atividade humana, incluso a atividade científica, não está isenta de responsabilidades éticas. O científico, ao ter optado uma forma de proceder entre outras deve assumir o risco de dita eleição, já que seguramente a responsabilidade pelas conseqüências, tanto as benéficas como as prejudiciais que resultem de sua atividade.

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  41. É notório o modo como a Ciência e a Tecnologia se auto-afirmam tão importantes, as pessoas muitas vezes pensam que são imparciais, neutras e justas. Porém um pesquisador, que está em meio a uma pesquisa científica não é sobre-humano, ou inumano, para não estar envolvido com subjetividades e com a necessidade de elaborar juízos e fazer escolhas. Um pesquisador, assim como qualquer outra pessoa, sabe quais são seus interesses e vai buscá-los, ninguém é imparcial. Um pesquisador geralmente é financiado, geralmente necessita desse financiamento para poder continuar com seu trabalho, os resultados apresentados irão muitas vezes se mostrar parciais. Eis que o texto trata de mostrar que a ciência e a tecnologia não são livres da moralidade, não são moralmente neutras. É claro que a ciência apesar de ser exibida como algo extremamente bom, algo que beneficia a todos e a tudo do que trata, não passa de uma ilusão. Em geral o que se mostra da ciência são os resultados positivos e os que levam as pessoas a gostarem dela. Mas pouco se fala dos resultados científicos que destroem a natureza, causam injúrias aos seres vivos e destroem vidas. É claro que isso não é moralmente neutro. Pode-se citar também, as pesquisas e as aplicações científicas que não são consideradas ‘legais’ mas existem e são praticadas. Outro dia uma professora havia comentado sobre a manipulação genética, para obtenção de sexo e outras características definidas, dizendo que isso era proibido e não acontecia. Porém, conheci recentemente um casal que “comprou” um casal de gêmeas (In Vitro), loiras e de olhos azuis, assim como é a mãe, pagando é claro uma enorme quantidade de dinheiro. Fica claro que a ciência atua também de forma ilícita e que vai contra as leis morais e éticas. É necessário que exista uma quebra dessa falsa ilusão de que a ciência é imparcial, neutra e justa, para que ela possa ser julgada e realmente estudada de forma que as pesquisas, projetos e experimentos, sejam realmente mais justos. Eliminando os problemas da ciência imoral e ilícita.

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