quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

7. TEMA 5 - DAVID HUME

Caros Alunos,
Após ler o texto: “Tratado da Natureza Humana”, Livro Terceiro: ‘Da Moral’, Parte Primeira: ‘Da Virtude e do Vício em Geral’, Seção I : ‘As distinções morais não derivam da razão’, Seção II : ‘As distinções morais derivam de um sentido moral’. Tradução para o espanhol disponível em:
pp. 330 até 345.
e examinar o material disponível em:
elabore uma postagem, até 24hs. do dia 28 de fevereiro, com seus comentários sobre o tema.

34 comentários:

  1. Caros alunos,
    No dia 24 de fevereiro faremos o seguinte trabalho durante a aula: Examine o material disponível em:

    http://www.youtube.com/watch?v=EzQ_NBV5Z4g.

    Participe de um grupo em sua sala e discuta com os colegas sua avaliação moral do "ato de apedrejar seres humanos". Afinal aquilo que é alegado no vídeo é suficiente para justificar a ação de apedrejamento?

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  2. A idéia central que Hume nos tenta passar neste terceiro livro é que não é através da razão que conhecemos nossas virtudes e vicios, das distinções morais como resultado de sentimentos dolorosos ou prazerosos e da capacidade de identificar esse sentimentos através da simpatia de ver outras pessoas também o sentindo, e desse pressuposto, unindo a suas idéias de causa e efeito ligada a experiência e ao limite do entendimento humano.
    Não pode se falar do que está além da sua experiência, isto estaria fadado a arbitrariedade, do mesmo modo que se utilizarmos a razão com critério para a justificativa de algo, cairiamos no caso das causas últimas, na aprioli. Mas temos um limite para falar de causas de conhecimento e esse limite é a experiência.
    Assim como cita nesta obra que não podemos matematizar os fatos, pois não são no todo contraditórios, a matemática não tem o poder de da descoberta por si mesma, se opondo a idéia cartesiana e introduzindo uma filosofia cética positiva, pois tomamos consciência de nossa ignorância dos fatos, do entendimento. E como seres humanos somos naturalmentes voltados para a filosofia e devemos associa-la as nossa necessidades práticas não deixando para trás o nosso lado humano.

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  3. A obra de Hume explora uma variedade de tópicos filosóficos, tais como a origem das ideias, espaço, tempo, causalidade, objetos externos, ceticismo e moralidade. Hume é um empirista que defende que nosso conhecimento é limitado e que provém do funcionamento da natureza humana. Para ele as ideias derivam e dependem das impressões, e estas são o resultado da experiência, que, por sua vez, consiste na percepção e introspecção. O conhecimento não advém da razão, mas do hábito que se se instaura em nós através da repetição. É a experiência, que se apresenta através da inferência de causa e efeito, que nos ajuda a entender o mundo que nos cerca. E nesse contexto, a moral não pode derivar da razão, mas sim das impressões que se encontram na natureza, nas percepções que surgem da virtude e do vício. A origem da moral está na natureza humana, é anterior à razão, que os reconhece, mas não os produz.

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  4. O espírito não pode desenvolver uma ação que não seja compreendida pela percepção. Essas percepções, que podemos interpretar sem grandes erros e desvios da intenção original do autor, são derivadas de experiências, e nos permitem também diferenciar o bem do mal. Generalizando esse conceito de percepção e o que ela nos permite perceber, assim como o conceito do que é ética, podemos concluir que as experiências nos ajudam a definir o que é ético ou não, pois algo "ético", "moral", nada mais é que algo bom, perfeito, digno.
    Existem, segundo Hume, dois tipos de percepções: as impressões e as idéias. A moral teria influência sobre nossas ações e paixões. Por isso mesmo não poderia ser derivada da razão, pois a razão não teria essa influência (principalmente sobre nossas paixões).
    Hume argumenta que, se a moralidade estivesse inerente à natureza humana, isto é, à racionalidade que todos nós, em condições mentais perfeitas, possuímos, não seriam necessários todos esses estudos acerca da moral e ética, portanto, isso não seria algo natural e inerente à nossa natureza. Concordo plenamente com essa concepção, o raciocínio que a prova é lógico e óbvio.
    A razão seria, somente, responsável pela descoberta do que é falso ou verdadeiro. Tudo que fugir a esse domínio não está sob o controle da razão, como o objeto de reflexão da moral: o que é bom e o que é ruim. A razão não poderia evitar que uma ação se concretizasse porque não existem ações irracionais ou racionais; apenas ações censuráveis ou não.
    Hume termina o texto nos exortando a nos ater a pensar sobre o que se deve ou não fazer, pois isso é realmente o domínimo da moral, e assim poderíamos ver que a moralidade não é moldada pela razão.
    Concordo em partes com Hume: precisamos da experiência para ver se determinada ação é imoral ou não, pois as consequências que da ação provêm é parte primordial nesse raciocínio, e só pela reflexão não podemos prevê-las. Porém, há ações que estão dentro do domínio da moralidade que atrás de abstração e reflexão conseguimos conceber se são imorais ou não, ou usando-nos de experiências que outras pessoas sofreram. Por exemplo: sei que matar alguém é imoral, não preciso matar alguém para saber disso. Sei isso porque a sociedade assim o determinou, e isso determinou ou observando os grandes prejuízos (de toda a natureza) advindos de tal ato, ou através de grande tempo dedicado à reflexão, é meio difícil de determinar isso devido a antiguidade de tal conceito.

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  5. Hume chama de percepção tudo que se apresenta a nossa mente, se usamos nosso sentido, reflexão, pensamento ou até mesmo a paixão para ser obtido. Ele divide as percepções em: impressões e idéias. Quando sentimos qualquer tipo de paixão
    ou emoção, ou captamos as imagens de
    objetos externos trazidas por nossos sentidos,
    a percepção da mente é o que ele
    chama de impressão. Quando refletimos
    sobre uma paixão, ou um objeto que não
    está presente, esta percepção é uma idéia. As impressões parecem ser percepções fortes enquanto as idéias percepções fracas, e para ele, as idéias derivam das impressões. Assim, isso me lembra da defesa que Locke fazia da não existência de idéias inatas, para Hume, as idéias são sempre derivadas de impressões e nunca são inatas.

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  6. Hume admite que a razão humana não consegue falar de assuntos que ultrapassa sua visão, ao tentar discursar sobre estes determinados assuntos não produz argumentos que se sustentam. A moral não resulta da razão porque esta não está ligada as virtudes e vícios somente ao que é verdadeiro e falso, nossas paixões e ações não podem ser encaixadas nessas categorias. Qualquer pensamento por mais banal que seja apresenta a relação de causa e efeito, este conhecimento é dado pela experiência. O raciocínio antes da experiência e apriori e a razão sem a experiência não pode dar causa e efeito.

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  7. Hume se destaca no campo da moral tanto por sua originalidade como pela influência que exerce sobre o pensamento posterior. Percebemos que Hume defende sua tese por expor suas ideias e criticar outras (seu combate a tais teses mostra seu ceticismo – ceticismo limitado). Rejeita a concepção de racionalidade moral - moral discernida por ideias acredita que a moralidade se baseia em sentimentos e utilidade, assumindo uma posição naturalista sobre a moral. Como o homem fosse induzido a fazer o que é moral por um sentimento de obrigação - como uma forte inclinação para o correto estivesse na natureza humana. Hume parte do pressuposto que a uma semelhança entre fenômenos morais e fenômenos naturais – sua uniformidade e regularidade; negando assim uma ampla diversidade moral. Hume considera mais que a razão, considera toda a natureza humana (inclusive a subjetividade).

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  8. David Hume trata da razão como um caminho para a verdade, e não como a verdade em si própria. Isso porque os nossos sentidos impõem um obstáculo a interpretação total do universo, ou simplesmente não são capazes de absorver todas as informações pertinentes ao que nos rodeia.
    Desse modo, ele tenta provar que não é possível ir além do que se conhece sobre a física e a matemática porque nossos sentidos não são capazes de ultrapassar os conhecimentos a priori; ele tenta transportar o método experimental das ciências para o conhecimento da moral e por conta disso usa-se da razão para construir os mesmos critérios de avaliação para se chegar a conclusões mais próximas da verdade assim como Newton.
    Um ponto que me interessou na obra é que ele cita o fato de que a física explora o mundo dos fatos enquanto a matemática é apenas ferramenta para explorar esse mundo. Sempre que ouvia essa frase soava como piada, mas de fato a matemática existe independente ao mundo a sua volta, o Teorema de Pitágoras existiria mesmo sem não existissem triângulos.

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  9. Por ser um filosofo de tradição empirista, Hume, apresenta forte críticas ao subjetivismo e as relações de causalidade, não aceitando que exista uma unidade primordial básica capaz de fundamentar todo o mundo natural.
    Para Hume, como para qualquer outro empirista, o mundo dá-se através das sensações e de experiências nas quais os indivíduos vivem. Quando levado para o ambiente de estudo da ética, esse conceito passa a desempenhar um função explicativa dos fatos, atrávez dos feixes de percepção que o próprio Eu desempenha.
    Hume vai contra os pensamentos racionalistas e principalmente de encontro com o argumento do Cogito de Descartes, e diz que a razão não seria usada pura e simples para explicações éticas, poderia sim, mais tarde, analisar os motivos de tais ocorrencias, mas jamais ser colocada como primeiro motor dos atos, já que esse seriam os sentimentos de prazer e repulsa.
    Então é assim que Hume propõe um novo modelo para a explocação no campo da ética, atrávez de seu pensamento totalmente cético, diz que é na experiência e nas sensações que encontraremos os motivos dos nossos atos

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  10. Hume, no Livro 3 "Da Moral" em seu "Tratado da Natureza Humana", baseia-se na teoria empirista do conhecimento, onde a razão a priori não é motivador das vontades, ao invés das razões os seres humanos são escravos de suas paixões, dos sentimentos e experiências morais que nos fazem aprovar(estima, elogios, virtudes) ou reprovar (culpa, vícios, inadequação) ações.

    Na "Sinopse" do "Tratado" vemos o quanto as idéias, as distinções são dependentes das impressões ao experimentar o mundo, essas impressões dão origem as percepções, quanto mais próximas forem mais fortes serão, e quanto mais abstratas mais fraca. As idéias, as distinções têm primeiramente uma realidade subjetiva mas que logo se generalizam conforme os seres vão se habituando as experiências, aos sentidos dando a noção de hábito e de costume para a vida e para as ações. É através do hábito repetitivo, através da habituação, dos reflexos condicionados dinamizado pelos sentidos vão nos fazendo aceitar ou repelir uma ação, sempre associando sua causa a seu efeito que leva a "crença" que a mesma causa sempre produz o mesmo efeito. O que inevitavelmente leva ao subjetivismo moral dependendo do costume, alguns povos podem ligar a prática da eutanásia, por exemplo, a sentidos e efeitos positivos e outros não.

    A única coisa que falsearia completamente as proposições do Empirismo de Hume seriam boas razões contra-intuitivas, razões que parecem contradizer todas as experiência num lance de originalidade ou loucura pura do cérebro e que seja correspondente com a realidade ao mesmo tempo. Mas essas são as mais difíceis de ter e ainda mais de aceitar.

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  11. Hume baseia sua teoria epistemológica nos sentidos,pois a mente humana não está capacitada para alcançar conhecimentos que ultrapassem o dominio da expriência.Sendo assim quando se pensa sobre fatos,na verdade estamos fazendo uma leitura desses fatos a partir da relação entre causa e efeito.Pode-se compreender através do exemplo do vídeo,eu sei que um copo de água mata a sede pois já tomei um antes.
    Apesar de sua teoria ser muito atrativa encontra-se o problema da indução,se podemos encontrar verdade através da indução infinita pois basta uma contra positiva para invalidar a afirmação.
    Se somente podemos conhecer através da expriência,então a teoria ética deontológica Kantiana é ímpossível para Hume pois analisa-se ações fora alçada do conhecimento humano.Logo somente a se pode analisar os fatos,ou seja as ações,e para Hume estas são regidas pelas emoções.

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  12. Ao redigir “O Tratado da Natureza Humana”, David Hume busca inserir o método de raciocínio experimental nas ciências morais, partindo da idéia de que os conceitos são provenientes das impressões, ou seja, as informações observadas estão baseadas somente na experiência, sem cunho científico. Vale ressaltar que para o filósofo empirista a análise de causalidade, assim como a concepção de tempo e espaço, é interpretada de maneira trabalhosa, isto porque essa ideologia nos remete a afirmar mais do que a dedução pode apontar, o que implica que as mesmas causas produzem os mesmos efeitos em um raciocínio ligado ao conhecimento adquirido pela prática ou observação, pelo qual pode-se inferir o futuro através de momentos atuais.
    A partir da leitura do trecho indicado (Livro Terceiro: ‘Da Moral’), percebe-se que a natureza humana é tratada de outra forma, em que as novas perspectivas são baseadas em ética e no entendimento das paixões. Dessa forma são descritas a concepção do bem moral, isto é, do consentimento ou repulsa que o indivíduo sente em relação ao resultado natural das ações humanas que gera esse sentimento de aprovação ou reprovação de algo. Diante disso, observa-se que as questões morais fundamentam-se na explicação do conhecimento, crítica da metafísica e principalmente na função determinante dos sentimentos, isto é, não se utiliza a racionalidade para realizar diferenciações entre o que é prazeroso ou doloroso. Este fato é diferente dos padrões tradicionais dos hábitos éticos que enxergam na razão uma forma de obter o significado entre o bem e o mal, mais especificadamente: o convívio moral e consequentemente social de um indivíduo.
    Segundo Hume, todas as pessoas questionam acerca da moralidade, entretanto, indagamos sobre o fato das distinções morais, isto é, o que é correto afirmar. Será que adaptamos a razão ao pensamento e interpretação dos fatos benéficos ou maléficos, padronizando nossas atitudes por uma racionalidade crítica? Ou então essa interpretação do que é bom ou mal depende do sentimento e do entendimento pessoal dos objetos morais? O autor da obra defende que a faculdade de compreensão das relações das coisas não emprega o raciocínio lógico para a origem da moralidade. A ciência moral não é uma discussão factual, mas uma relação entre as coisas que despertam os motivos para as virtudes, paixões e ações humanas que devem ser estabelecidas como a ação da natureza, que por sua vez é invariável e semelhante. É evidente que na visão de Hume a razão não é totalmente descartada, mas sim repensada como utilidade para os domínios morais, já que essa lógica funciona como um elemento para a reflexão. Assim a função que essa racionalidade se encarrega é subsistente à pretensão sentimentalista que assume um papel importante na origem da moral na natureza humana.

    *Professor, desculpe pelo atraso na postagem. Precisei fazer uma leitura mais atenta do texto, já que estava em outro idioma.

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  13. David Hume, filósofo escocês do século XVIII, ao abordar a questão da moral, “trouxe” ao mundo uma nova forma de entendimento da mesma. Para Hume, diferentemente do pensamento de outros filósofos, são as paixões que determinam as ações morais. A conduta humana, então, seria determinada pelo sentimento de prazer; a vontade para a prática das ações se guiaria pela busca da felicidade.

    Hume não vê na razão a origem da moralidade, ela e “enxerga” como o meio de reflexão, de analise sobre as ações. A razão não nos fornece juízos morais, ela é capaz apenas de nos dizer o que é verdadeiro ou falso, o que não se aplica à moral, pois a moral nos diz o que é bom ou ruim, correto ou incorreto.

    Portanto, para o autor, a moral é determinada pelas necessidades que o homem sente para a realização de sua felicidade, o que se reflete em ações. Já a razão, examina estas condutas e as relaciona com as buscas humanas.

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  14. Hume, um ferrenho crítico do racionalismo acredita que todo conhecimento deriva das impressões que são fonte das ideias.
    Com a moral, Hume, não pensa diferente, mantém a lógica da sua teoria, pois se as impressões são bases das ideias e estas que influenciam nossas paixões e ações, então, a razão não pode e nem deverá ser guia de nossa moral, ou seja, dar fulcro a nossa moral, pois a ela (os nossos juízos) é fruto de percepções e não de um pensamento racional. A moral seria um conhecimento a posteriori e nunca a priori.

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  15. Gabriel Gomes Munhoz

    O filósofo escocês David Hume é um dos pensadores que inaugura com a questão da moral laica. Na Idade Média os valores morais estavam voltados para o dogma religioso e a crença na vida após a morte sendo impossível se distanciar deste para possuir uma conduta moral. O racionalismo cartesiano e o empirismo de Hume introduzem a possibilidade da conduta moral pela avaliação do sujeito sem necessitar de condutas pré-moldadas. Este tema é pertinente até hoje e uma pesquisa de 2003 disponível em: www.people-press.org consta que 80% dos brasileiros afirmam ser necessário crer em Deus para ser uma pessoa moral, ao passo que apenas 13% dos franceses defendem a mesma opinião.
    Hume vai mais além pois afirma que a razão também produz dogmas ao estabelecer uma ética universal. Na sua visão as ações morais devem ser julgadas de forma empírica ao observar a própria ação. Assim o ser humano pode avaliar através da faculdade moral que possuimos se tal ação foi moral ou imoral.

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  16. Johnny Seron Bispo

    David Hume entende que a razão deve estar a serviço das emoções humanas, paixões, sem que existam conflitos entre razão e paixão. Para Hume o entendimento humano está sempre submetido à experiência e, portanto, no que concerne a moral são as paixões que determinam os fins morais que norteiam nossos julgamentos e ações. Hume afirma que nada de opõe ao impulso da paixão e que, portanto, a razão é escrava das paixões, não podendo querer ser mais que isso e não tendo outra finalidade.
    Acredito que o pensamento de Hume nos leva a uma fronteira de difícil aceitação, pois não dá para conceder que a razão não tenha papel predominante na formulação de valores morais, assim como seria imprudente descartar as paixões como elemento desta formulação.

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  17. David Hume é um empirista, e como tal acredita no valor das experiências para provar seu ponto de vista. De acordo com ele, a Ética deriva de reflexões, ações e paixões. Ou seja, o Eu age de acordo com aquilo que conhece, ou que presenciou, ou vivenciou etc. O importante é que, segundo Hume, a moralidade não estaria “incrustada” na racionalidade do ser humano, e sim seria aprendida por ele; e por isso, a humanidade, segue tradições do que é certo e do que é errado, como por exemplo, saber que matar alguém é errado. Mas justamente por serem relacionadas com experiências, as ações humanas mudam, uma vez que as experiências também mudam. E isso não pode ser de todo um mal. Retornando ao vídeo visto em sala de aula, não poderia concordar melhor com essa visão de mudança.
    Porém, a sociedade, para Hume, segue suas paixões, suas tradições, uma vez que essas foram aprendidas e da mesma forma ele caracteriza as ações tidas como éticas ou não. Podemos entender do ponto de vista dele ainda, que se não fosse assim, uma discussão como essa, (ou uma aula como a nossa), seria inútil, ou sequer existiria, pois todos saberiam o que é ético e tudo seria ótimo. Mas como as coisas não são assim, ainda debatemos, tentando entender, como podemos agir moralmente, ou ainda, o que é bom e o que é ruim.

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  18. Quando se trata da formulação de teorias éticas David Hume antecede Immanuel Kant . Onde as ideias explicitadas por Hume seguem a linha dos Subjetivistas, cujas teses acerca da Moral causaram uma reviravolta no pensamento humano. Hume e Kant possuem doutrinas opostas acerca dos juízos morais, entretanto Kant assume a importância das reflexões humeanas para o enriquecimento do debate ético.

    Para Hume os critérios morais não são dados pela razão e sim pela emoção (sentimento moral). Cada um de nós é um ser que deseja, e por isso segue aquele padrão que estabelece os comportamentos que mais nos interessam para a satisfação de nossa essência. O desejo seria o impulso que nos move a cometer determinadas ações, sendo que para Hume ele é mediado por algo que vai além da razão. Podemos então fazer uma analogia desta teoria com o fato de a maioria dos seres humanos repudiar o ato do homicídio. Onde segundo a concepção de Hume isso ocorre, pois existe um mecanismo advindo dos princípios da causalidade, que nos produz a sensação de repulsa e auxilia-nos a diferenciar aquilo que é certo do que é errado.

    Entretanto poderíamos nos insurgir: - Por que devemos agir eticamente, e por que nossos instintos nos dizem ser esta a maneira certa de agir?. Hume talvez então responderia: - Porque isto é intrínseco ao ser humano, onde o desejo de todas as pessoas sensatas é fazer aquilo que é correto, pois estariam seguindo aquilo que o aparta de consequências indesejáveis, onde reside a paixão que os guia a realizar coisas aprováveis do ponto de vista ético. Todavia podemos ainda nos indagar acerca do fato do por quê de nossos juízos éticos não poderem ser controlados pela razão?. E caso seja a moralidade intrínseca ao ser, quais seriam então as emoções genuinamente éticas?. Temos ai um complicador, porque até mesmo as causas pétreas, que são aquelas mais transparentes, possuem contradições, contendo assim certa complexidade.

    Desta forma pode-se deduzir que para Hume, haveria um padrão, pré estipulado por nossa natureza, de reações perante situações. Sendo que o objeto do mundo da moralidade é a busca da felicidade que é mediada por nosso julgamento moral, que por sua vez é movido por nossas vontades e paixões. Onde a razão teria portanto, um papel secundário na avaliação das condutas para que se chegue ao fim maior que é a Felicidade (do latim fértil, depois considerado sinônimo de satisfação).

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  19. Segundo David Hume não é através da razão que conhecemos as virtudes e vícios humanos, as distinções morais são como resultado de sentimentos dolorosos ou prazerosos. Hume acredita que os critérios morais não são dados pela razão e sim pela emoção (sentimento moral). Os sentimentos e desejos, que são motivados por algo além da racionalidade humana, levam os serem humanos a cometerem determinados tipos de ações.

    Hume é um filósofo empirista que acredita que nosso conhecimento é limitado e que provém do funcionamento da natureza humana . David Hume coloca a razão como um caminho para alcançar a verdade, e não como a verdade em si própria, absoluta, por conta das falhas que os sentidos e percepções humanas causam no momento de realizar a interpretação do universo. Os nossos sentidos não são capazes de transcender os conhecimentos a priori. Ou seja, as idéias subjetivas derivam e dependem das impressões humanas acerca do mundo que vivemos que obtemos através da experiência (percepção e introspecção). O acúmulo de experiências com as repetições resultam em um conhecimento, que não é oriundo da razão. Por conta disso, a moral também não advêm da razão, mas das experiências humanas em seu mundo natural e as percepções sobre esta realidade. A moral humana nasce no próprio ser, ou seja, na natureza humana e precede a razão. O uso da racionalidade é tido como critério básico para a construção de idéias que se aproximem da verdade sobre o mundo.

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  20. Para Hume, não é a razão o elemento principal e sim a emoção ou seja, não é a moral racional e sim emocional, que inclui prazer ou dor, como opostos e alegorias do bem e do mal respectivamente.
    Os nossos desejos é que guiam as nossas ações, através de um sentimento moral que ultrapassa o racional.
    Os nossos sentimento acerca de determinada ação é que determinam a natureza dela, boa ou má e por isso correta ou incorreta, moral ou imoral.
    A moralidade nos livra de consequências indesejáveis, o que levaria o ser humano a fugir de atitudes que lhe causassem dano ou dor.
    A razão viria posteriormente como forma de organizar esse emaranhado de sentimentos, mas não seria ela a determinante para nossos vícios e virtudes.
    Parece justo o papel principal dos sentimentos, mas será possível afirmar que a razão é apenas coadjuvante? Ou é uma afirmação perigosa e difícil de compreender, pois onde está a separação entre razão e emoção? Muitas vezes o ser humano pratica atitudes que não podem ser distinguidas como racionais ou emocionais, até porque essa fronteira parece imaginária e sem sentido. Ambas tem papel fundamental nas ações do indivíduo e definiram a Ética.

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  21. Segundo Hume, uma ação é virtuosa ou viciosa conforme o prazer/satisfação ou desprazer/desagrado que essa ação suscita.
    Mas não significa que a razão deixe de influenciar em nossas distinções morais, significa apenas que ela não tem um papel tão importante quanto aquele que lhe é atribuído pelos racionalistas.

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  22. O ponto principal do trecho lido de David Hume, a meu ver, é a teoria de que as nossas ações e decisões são fruto de nossos sentimentos. O filósofo acredita que o maior impulsor de ações no ser humano são os sentimentos, já que eles ajudam a decidir se a ação seria ruim ou boa, prazerosa ou desprazerosa e, conseqüentemente, ética ou não.

    Claro que o autor não despreza o uso da razão na decisão de se agir de certa forma ou não, ele apenas apresenta os sentimentos como forma principal de decisão, que age antes de qualquer razão.

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  23. David Hume apresentou uma nova abordagem da moral diferente daquela apresentada pelos filósofos racionalistas, sobretudo Kant. Baseado no empirismo, Hume mostrou que as ações morais são determinadas pelas paixões e não pela razão. Segundo o filósofo, a razão deve servir e obedecer às paixões sem que haja divergência entre ambas.

    Para ele, as impressões e ideias fazem parte daquilo que conhecemos através da percepção. Ele afirma que a impressão tanto se origina da experiência sensorial quanto das atividades provindas da memória, que antes também já passou pela experiência.

    Ele chega à dedução de que tudo aquilo que imaginamos no processo do pensamento, pode ser resultado de uma possível experiência, pois, tudo o que não pode ser imaginado, consequentemente, também não pode ser experimentado. Assim, Hume afirma que a humanidade é um conjunto de diferentes percepções que está em movimento, de onde se originará toda experiência e conhecimento.

    Hume vai dizer que a moral antes de ser pensada é sentida e o sentimento é quem determina a diferença entre o vício e a virtude. A filosofia moral de David Hume apresenta uma proposta nova e diferente das anteriores, especialmente a de Aristóteles e Kant. Apresentando as paixões como fator determinante das ações humanas, Hume rompe com a tradição racionalista que apontava a razão como a base de nossos atos e deveres.

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  24. Analisando o Livro Terceiro e o áudio disponível, conluímos que David Hume é um filósofo subjetivista, ou seja, sustenta que aquilo que devemos fazer é apontado pelo nosso sentimento ou emoção moral. Nesse caso, as emoções são o fundamento da moralidade humana e, dessa forma, nós desejamos ações que são morais. Hume critica o racionalismo, pois ele acredita que a razão humana não consegue alcançar tipos de verdades que ultrapassam seu alcance. Ele também destaca a importância da experiência, pois é ela que rege a relação de causa e efeito das nossas ações.

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  25. É interessante observarmos a visão de Hume para a Moral e a Ética, destacando o termo "distinção moral", dando um ar de subjetividade à ela, mostrando que, como algo natural do ser humano, ele consegue distinguir aquilo que é moral ou não pelas sensações obtidas de uma ação. Ou seja, moral é aquilo é traz boas sensações à maioria das pessoas, analisando tudo como resultado de experiências.

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  26. David Hume afirma que os assuntos referentes à moralidade são extremamente importantes para o homem , dessa forma devemos analisa-los com o intuído de chegar a conclusões sólidas e reais. Em sua obra “ O Tratado da Natureza Humana” o autor procura definir a origem dos preceitos morais humanos, afirmando que eles não são derivados de regras imutáveis do que é certo e errado , definidas pela razão e aplicáveis a todos os seres. Hume mostra que são as emoções, desejos e vontades humanas que formam a concepção do que seria o “bem”, assim sendo a definição do que é moral ou não depende de percepções que vão além dos “juízos do entendimento”. Apesar disto, a razão também teria seu papel no julgamento moral humano, ela seria responsável por mostrar ao homem quais ações o levariam ao bem , definido por suas emoções. A razão poderia cometer erros ao medir e classificar quais ações seriam as mais apropriadas, mas mesmo quando isso acontecesse , ainda se estaria buscando o bem , uma vez que nenhum ser deseja o “mal” ou a infelicidade. Dessa forma , a melhor justificativa para que todos fossemos seres morais , seria a de que todos buscamos sempre alcançar o que nos é bom.

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  27. Caros Alunos,
    A partir desta, novas postagens nesse tema não serão tomadas em conta na avaliação das atividades da disciplina.

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  28. Este comentário foi removido pelo autor.

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  29. (Corrigindo)
    David Hume ataca o monopólio da razão, ou seja, com o racionalismo parece haver uma desumanificação do homen, colocando-o como ser puramente racional. Isto, porém, parece algo arriscado de se afirmar, sendo que a razão é sim parte de destaque e talvez até diferenciadora do Homen, mas não é o homen em si, mas sim uma ferramenta.
    Os argumentos, entretanto, são voltados para a importância do empirismo. Ou seja, apesar de seguidor da corrente racionalista, ele favorece a experiência, que em si não é racional, mas sim essencialmente sensorial.

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  30. A tese de Hume fornecida no áudio disponibilizado é: “Sem o auxilio da experiência podemos imaginar inúmeros efeitos possíveis para a caneta solta no ar antes que ela caia e nenhum desses efeitos que eu sou capaz de imaginar é menos razoável e menos concebível do que o efeito da queda da caneta. Nenhum efeito que eu imagino seria menos razoável do que outro, eu posso então imaginar que a caneta solta cairá, mas a queda da caneta solta é apenas um efeito que posso conceber entre outros e se não tenho a experiência como critério para me fazer preferir uma dessas concepções eu não posso dizer qual dos efeitos de fato ocorrera.” Dessa tese podemos dizer que Hume é empirista.
    Hume diz que a paixão é o fator determinante das ações humanas, pois antes de ser pensada a moral é “sentida”. Os sentimentos são grandes impulsionadores das ações humanas. Sendo assim podemos ver como Hume e Kant divergem, Kant vai dizer depois de Hume que o dever é que move as nossas ações.

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  31. Em seu terceiro livro o principal tema para o qual Hume tenta chamar nossa atenção é que a forma pela qual podemos conhecer os nossos vícios e virtudes não é através da razão. As distinções morais seriam resultado dos sentimentos que temos com relação a elas, sendo prazerosos ou dolorosos, além da capacidade de identificarmo-los nas outras pessoas, e dessa forma conseguiu unir as idéias de causa e efeito ligados também à experiência e ao limite do entendimento humano.
    Segundo o autor não poderíamos falar do que não tivemos experiência, isso nos faria cair na arbitrariedade, partindo disso, não poderíamos explicar algo a partir da razão, cairiamos no caso das causas últimas, na aprioli. Mas temos um limite para falar de causas de conhecimento e esse limite é a experiência.
    Então como vimos nessa obra, não podemos matematizar os fatos, pois não são no todo contraditórios, a matemática não tem o poder de da descoberta por si mesma, se opondo a idéia cartesiana e introduzindo uma filosofia cética positiva, pois tomamos consciência de nossa ignorância dos fatos, do entendimento. E como seres humanos somos naturalmentes voltados para a filosofia e devemos associa-la as nossa necessidades práticas não deixando para trás o nosso lado humano.

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  32. Hume defende que toda inferência é baseada na experiência obtida pelo indivíduo através de suas ações, ou pela experiências de outros passadas até ele sobre a mesma ação. Esta relação nos coloca numa defesa de que tudo que é bom ou é ruim, só se é sabido porque algum indivíduo já vivenciou tal experiência e, uma vez não tendo passado por experiências antecedentes não pode inferir uma relação de causa efeito.

    No meu ponto de vista sobre a visão do autor, esta argumentação mostra-se falha, uma vez que, através da ciência e de ferramentas como projeções ciêntíficas podemos, além da experiência prática, estarmos imbuídos de argumentos para defender a causa de determinado fenômeno.

    Apesar da metafísica defender que não podemos conhecer a causa de tais fenômenos e que tais causas estão além da experiência, a mesma não pretende desvendar este mistério, propondo apenas o não conhecimento de tais causas. Apesar de concordar com a crítica de Hume à metafísica, no sentido de que esta não é uma ciência e, portanto, não pode sanar a ânsia por resposta do ser humano, ainda acredito que a defesa do empirismo não é toda a resposta que precisamos para infundar a metafísica e compreender os mecanismos necessários para desvendar o ainda desconhecido.

    Ser audacioso como Hume é importante, uma vez que a sua defesa de que existem fenômenos e concedendo que a razão não tem influência sobre as paixões, através da defesa do indivíduo emocional no cerne das decisões cumpre o papel decisivo na escolha do que pode nortear as nossas vidas: razão x emoção.

    Hume defende o papel crucial que tem a razão no norteamento de nossas ações, colocando tudo o que move o ser humano subordinado às emoções, defendendo que a moral excita as ações e desejos, e não pode derivar-se da razão, porque a razão por si só não tem capacidade de exercer tal influência.

    Sejamos francos, se deixarmos de ser seres racionais dotados de poder para decidirmos que ações são moralmente melhores para nós e para os que estão à nossa volta, diremos que, antes de sermos seres racionais, seremos seres emocionais, submetidos à passionalidades, ações impensadas e não medidas no que condiz com as suas consequências, movidas apenas pelo impulso passional do ser humano.

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  33. A moral de acordo com Hume, é um conhecimento posterior a razão, onde mesmo tendo noção sobre ela, a razão não interfere na moral uma vez que a paixão e as emoções são o que controlam a base de ações do ser humano, sendo a moral e a ética assim com bases nas paixões e emoções humanas, e não na racionalidade e conhecimento empírico do ser.
    Obs.: A publicação acima não esta feito de acordo com as prazos requisitados por motivo de Doença.

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  34. A posição de Hume em ética é baseada em sua teoria empirista e tem quatro teses principais: A razão sozinha não pode ser um motivo para a vontade, mas sim é a "escrava das paixões". As distinções morais não são derivadas da razão. As distinções morais são derivadas dos sentimentos morais: sentimentos de aprovação e desaprovação. Apesar de que alguns vícios e virtudes são naturais, outros, incluindo a justiça, são artificiais.
    Segundo Hume, a nossa capacidade racional não pode dizer-nos o que é bom e ruim, porque "a razão é escrava das paixões" e, portanto, não podem ser utilizados para determinar o que não devemos fazer. O fundamento da moralidade são sentimentos, seja de prazer ou lucro. Os juízos morais são resultados de sentimentos que desencadeiam em uma determinada ação.
    Para Hume, a razão não pode impedir o nosso comportamento. No entanto, os imperativos morais, dos sentimentos, sim. São os nossos sentimentos que nos leva a caracterizar um ato como bom ou mau um. Somente quando refletimos um fato aconteceu com o nosso sentimento, sem usar a razao, que há a sensação de prazer ou não prazer.
    A ética de Hume é uma ética mais utilitarista, que afirma que a aceitação é algo que é útil ou agradável (embora ela acredita que o utilitário tem de se relacionar com os outros em nada menos do que você, o que o leva a distinguir entre as coisas agradáveis e úteis para si e dos outros). Esta é caracterizada com uma ética conseqüêncialista, pois uma ação será boa somente se suas conseqüências forem boas.

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