terça-feira, 18 de janeiro de 2011

4. TEMA 2 - O QUE A ÉTICA INVESTIGA?

Caros Alunos,

Após ler o texto: “O que é Ética” de Peter Singer, disponível em:
e o texto:  “Teorias sobre a Ética” de Hugh LaFollete, disponível em:
http://criticanarede.com/html/teoriasetica.html

elabore uma postagem com seus comentários sobre o tema. Vc. tem até 24hs. do dia 14 de fevereiro  para realizar essa atividade.

54 comentários:

  1. O QUE É ÉTICA
    Usos da palavra Ética:
    1. Conjunto de regras, ou princípios que orientam as ações de grupos de indivíduos (Ética Prática);
    2. Estudo sistemático dos conceitos que utilizamos nos argumentos morais (Filosofia Moral);
    3. Estudo das condições de possibilidade dos próprios argumentos morais (Metaética).
    A ética, enquanto conjunto de regras que orientam as ações existe em todas as sociedades humanas, e talvez até entre os nossos parentes mais chegados não-humanos. Ela pode ser interpretada como sendo resultado da evolução de mamíferos de vida longa, sociais e inteligentes, que possuem a capacidade de se reconhecer entre si e de recordar o comportamento anterior dos outros.
    Os seres humanos são animais racionais e é certo que há diferenças entre as formas como os seres humanos e os animais (primatas) estabelecem relações entre as regras e seus respectivos comportamentos. Isso, entretanto, não é suficiente para afirmar que algumas espécies de animais (primatas) não são capazes de identificar as ações que devem ser praticadas em certas situações de ação.
    Qual o papel da Razão humana na construção de regras de conduta e avaliações morais?
    As respostas dadas a essa questão tem separado as investigações éticas em duas direções diferentes:
    1. De um lado há aqueles que, como David Hume (1711-1776), afirmam que o fundamento da ética deve ser encontrado nas nossas emoções, ou paixões. Assim, a razão torna-se muito menos significativa na ética, e há aproximações entre a nossa ética e a dos animais não-humanos.
    2. De outro lado há aqueles que, como Emmanuel Kant (1724-1804), afirmam que o fundamento da ética está na própria racionalidade humana. A bondade, ou maldade, das ações é determinada imperativamente por certas características constitutivas da própria razão humana e é uma exigência da nossa capacidade de nos entendermos como seres morais. Nesse sentido, há um abismo que separa o comportamento ético dos humanos e as ações praticadas por animais.
    Em última instância os debates entre Humeanos e Kantianos resultou em separar as opositores em Subjetivistas e Objetivistas.
    1. Os Subjetivistas, como Hume, sustentam que aquilo que devemos fazer é apontado pelo nosso sentimento, ou emoção moral.
    2. Os Objetivistas, como Kant, sustentam que a pergunta fundamental da Ética: O que devo fazer? é respondida por nossos juízos éticos, os quais derivam de uma compreensão intelectual imediata de uma verdade evidente por si mesma. Deste modo, podemos conhecer intuitivamente que uma ação é correta sem termos que pensar nisso. Entretanto, a bondade ou maldade das ações é decorrente da própria natureza racional dos seres humanos. Somos dotados de uma dimensão física e natural que é regulada pelas leis da natureza. E, por outro lado, somos seres livres e responsáveis. Isso nos torna seres morais.
    Entretanto, tanto Subjetivistas como Objetivistas precisam dar conta da seguinte questão: ainda que existam razões objetivas, ou subjetivas, para praticar certas ações, há necessidade de que essas razões, por si sós, sejam razões para necessariamente agir de certa forma. Os Objetivistas insistem que é preciso, portanto, mostrar que certas razões são motivações para a ação independentemente de nossos desejos. Por outro lado, para os Subjetivistas, motivações que não despertam desejos não se traduzem em ações.
    O debate não foi concluído. Tem havido avanços nas diferentes posições: Os Objetivistas tentam antes estabelecer as razões para agir que aceitaríamos se raciocinássemos sob certas condições ideais - por exemplo, se estivéssemos completamente informados, não influenciados pelos nossos interesses, e pudéssemos imaginar como seria estar na posição de todos os outros que fossem afetados pela nossa ação. Os Subjetivistas reconhecem a necessidade de conceder um espaço para o desacordo e para a argumentação racional acerca da ética. Assim, embora continuem a defender o ponto de vista de que os nossos juízos éticos se baseiam nos nossos desejos, não defendem que qualquer desejo pode formar essa base.

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  2. A investigação ética permeia vários ramos do estudo ético ou moral, de modo que por vezes a discussão parece infindável levando apenas ao dissenso.
    Esse conflito todo, apresentado por Peter Singer e Hugh LaFollete deu margem para uma primeira conclusão: Os sentimentos e crenças são inerentes à discussão ética e moral, uma vez que cada lado apresenta -na sua opinião- argumentos muito consistentes ao definirem algo como ético ou antiético, moral ou imoral e mesmo que os individuos porventura partilhem de uma mesma opinião, as razões que os levam a culminar em um mesmo ponto podem ser totalmente diferentes, ou seja, há por vezes uma falta de critério nas definições, caracterizando assim uma dificuldade imensa nesse debate.

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  3. Muitas vezes aceitamos alguns conceitos éticos sem refletir sobre eles, talvez por acharmos eles tão óbvios ou, por estar tão alienado aquele certo costume que não paramos para analisar profundamente. A própria educação bancária que estamos inseridos segundo Paulo Freire nos leva à isso - repetir o que nos dizem, sem ao menos entender seu real significado. E então por vezes reproduzimos algo apenas por tradição, por exemplo. Para estudar em qualquer área do conhecimento necessitamos de um guia, algo para comparar, que nos ajudar a raciocinar. No campo da ética temos diversas teorias para nos orientar, uma delas é Hume, segundo ele é inevitável praticarmos ações éticas. Sempre estamos avaliando nossas atitudes (como certas ou erradas). Temos o desejo – o homem busca ser moral – de fazer o que é correto. Para Hume a ética é inescapável ao ser humano, esta na essência humana a questão do julgamento das ações (de forma intuitiva). A teoria de Kant é outra forma de ver a ética; Kant é objetivista, para ele o que fundamenta a moralidade é a racionalidade humana, a crítica aos Humeanos é que essa teoria abre a porta ao relativismo. O fato é que precisamos de um caminho para a reflexão: uma teoria para nos apoiarmos e, tal teoria deve ser consistente, com padrões e aplicações apropriadas.

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  4. Não existe alguém que consiga fazer escolhas totalmente baseadas em uma razão ou em um raciocínio lógico e deixar de lado a questão emocional. A liberdade do indivíduo é o que acaba o prendendo dentro do convívio moral da sociedade e ele necessita fazer escolhas difíceis durante a vida, levando em conta o seu raciocínio lógico, seu estado emocional e outros fatores. É relativamente fácil perceber que o estado emocional de um indivíduo influi diretamente em suas ações racionais, portanto essas duas coisas estão ligadas.
    Assim, para mim, não há uma teoria correta a ser defendida. Há um problema que pode ser resolvido de diversas maneiras, e a maioria dessas maneiras parecem estar correlacionadas. Creio que essas duas vertentes de pensamento no estudo da ética se complementam. Kant e Hume não devem ser vistos como contrários e sim como complementares.

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  5. A palavra ética é utilizada em vários contextos diferentes. Muitos a veem como o conjunto de regras e condutas consideradas apropriadas ou não, dentro de uma determinada sociedade ou cultura, ao que se convencionou também, chamar código moral. Outros acreditam que a ética ultrapassa os limites culturais, sendo algo universal próprio da conduta humana. Há também, quem a aplique como o estudo filosófico sobre a própria análise da ética. Apesar de divergirem em certos pontos, todas essas interpretações esbarram numa questão complexa e fundamental para o debate ético: a ética seria provinda da razão ou das emoções humanas? Certamente, a prática da ética visa alcançar o melhor, o mais correto, porém essas concepções podem mudar quando tidas do ponto de vista objetivo e em relação aos desejos e ambições subjetivas – daí a importância de se descobrir a natureza da ética nas ações humanas. Ao se observar o comportamento dos primatas, por exemplo, é possível notar que esses animais também apresentam uma espécie de “ética” em suas ações, de modo à sempre melhora-las em benefício próprio. Do mesmo modo a ética teria surgido nas sociedades humanas graças à percepção de que determinadas atividades, escolhas e ações trariam maior comodidade e praticidade aos indivíduos; por essa abordagem no plano das ações, a ética seria então subjetiva, uma vez que partiria das percepções individuais que gerariam desejos e levariam a determinadas atitudes (esse também seria um motivo para que o debate ético fosse tido como infundado, já que ele nunca conseguiria formar definições universais o suficiente para dar conta de todas as concepções possíveis sobre o assunto). Já no plano do debate filosófico a ética é buscada como algo objetivo, provindo da razão e da reflexão aplicável a todas as culturas de modo a alcançar o melhor “absoluto”, que não atende somente a interesses particulares, mas representa a excelência das ações humanas.

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  6. A Ética pode se adequar em vários conceitos e ser utilizada sob vários pretextos, mas acredito que em quase todos eles, ela se apresenta relacionada de alguma forma com o agir do ser.
    Primeiramente, achei interessantíssima a colocação de Singer, onde discorre sobre a relação – ou a falta dela – entre a religião e a ética: “Não temos necessidade de postular deuses que nos transmitem mandamentos, pois podemos considerar a ética como um fenômeno natural que surge no decurso da evolução de mamíferos de vida longa, sociais e inteligentes, que possuem a capacidade de se reconhecer entre si e de recordar o comportamento anterior dos outros.”. Nesse mesmo trecho, o autor já descreve a Ética como um fenômeno natural que surge em algum momento da evolução dos mamíferos, o que coloca a espécie humana e toda sua razão e ética como apenas mais alguma evolução, já que durante o texto, por várias vezes o autor cita a possível ética dos primatas.
    Outro ponto interessante é o grande embate entre as teorias de Hume e Kant, onde cada uma apresenta pontos muito importantes e que fazem muito sentido, o que resultou em uma indecisão sobre elas.
    Partindo agora para a questão principal desse tema, que é os assuntos que são investigados pela Ética, parece-me que a Ética é capaz de investigar qualquer tema relacionado com a atividade e a conduta humana, mas, além disso, a Ética também busca investigar como os seres decidem por qual conduta seguir, o porquê de seres humanos distintos se decidirem por condutas distintas, a distinção entre Ética e Moral e muitos outros temas relacionados a esses.

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  7. A Ética parece ser algo, após tanto tempo, ainda indefinido. Não que não se exista noção qualquer do que é ética, muitos tem noções intuitivas a esse respeito. Mas, quando questionados a respeito do conceito, a maioria se vê sem argumentos concretos, alguns respondem com o senso comum sem justificativa profunda e, uns poucos, teorizam, discutem, problematizam e finalmente chegam a novas questões, como se o assunto fosse interminavel. O fato é que, apesar do conceito de ética ser tão complexo, "muitas "decisões" morais são muito fáceis de tomar"(Hugh LaFollette).
    Entretanto, devemos tomar cuidado, pois as vezes uma decisão que a primeira vista parece simples, pode se tornar muito confusa após um pouco de analise. Além disso, existem outras diversas questões que são muito complicadas, tornando assim a discussão Ética necessária.

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  8. Das duas vertentes apresentadas no primeiro texto (Objectivistas e Subjectivistas),eu sinto que a Objectivista tem mais chances de estar correta.Há dois pontos que, a meu ver, a sustentam.Primeiramente é o do conceito de "certo" e "errado" que existe em todo ser humano, não importa de onde ele seja e em que período de tempo que ele tenha vivido,toda a pessoa categoriza as ações em certas (boas) ou erradas (ruins). O segundo ponto é o de que, como discutido em aula, falar a verdade é mais correto do que falar uma mentira (em casos que a conseqüência de falar a verdade ou mentira seriam iguais), nós nos esforçamos para tentar falar a verdade sempre que possível, isso ocorre em todos as culturas do mundo, não existe um povo sequer que acredite que falar uma verdade ou mentir tenham sempre o mesmo valor.
    Porém mesmo estes dois pontos não são inquestionáveis, já que se pode alegar que eles são impostos pela a sociedade da qual um indivíduo pertence. É impossível fazer um experimento científico que comprove estes pontos.

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  9. Ao ler atentamente os textos indicados percebi que a palavra ética é algo difícil de ser explicado, pois muitas pessoas sabem o que é agir eticamente, porém mesmo assim com freqüência se perguntam o que é ética? Segundo o dicionário Aurélio, ética é o “estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”. Em suas ações cotidianas, o ser humano adota algumas atitudes com a finalidade de fortificar suas relações pessoais e resguardar sua integridade. Quase todo o tempo os indivíduos averiguam como devem se comportar perante o outro, qual a melhor decisão a ser tomada e consequentemente qual deve ser evitada. O homem aborda os conceitos estabelecidos pelo raciocínio prático buscando agir corretamente, cumprindo com seu dever e obrigação . Mas como determinamos o que fazer? Assim como o texto de Singer relata, acredito que as pessoas não operam por impulso e analisam cuidadosamente as possibilidades e as consequências para depois resolver o que fazer. A partir desses questionamentos que são próprios da natureza humana é que surge a ética, que ao meu ver serve para garantir um equilíbrio entre as sociedades que foram constituídas por diferentes valores culturais e históricos e a dignidade do comportamento humano.

    A agenda intelectual a pouco tempo adotou a suposição de que nós controlamos nossas ações. Esse projeto de autoanálise é algo de que não conseguimos escapar, pois sempre classificamos nossas atitudes em certas e erradas. Cada um pode tomar uma posição em relação a determinado assunto, mas o ato de discordar ou concordar, isto é, questionar, é algo de que não conseguimos fugir (algo que é dado; intuitivo). A partir desse ideal surge a discussão sobre o caráter objetivo ou subjetivo da ética. Suponho que esse é um dos pontos mais importantes da obra de Peter Singer, já que expõe de forma clara o sentido de seguirmos um padrão ético. Os grandes pensadores Kant e Hume são os principais defensores desses sistemas, apesar de ficar evidente que essa disputa ainda não pode ser resolvida, apenas proporcionam o melhor entendimento de alguns problemas da existência humana.

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  10. (Continuação)

    De acordo com a teoria kantiana a ética segue regras universais que provêm da racionalidade humana: a ideia do dever, que com rigidez analítica não apresenta experiência sensível. Em sua perspectiva Kant manifesta uma mudança completa na forma de pensar do homem, direcionando a responsabilidade do agir inteiramente para sua razão. De uma maneira mais especificada, Singer aborda a visão objetiva da ética: “Pretendem dizer que, se eu sober que alguma coisa é errada, tenho uma razão para não a fazer, quer me preocupe ou não com a ética...o conhecimento obtido através da intuição nos dá uma razão que nos pode motivar a fazer o que vemos ser correto”. Ou seja, a razão dita as regras de como devemos agir porque é ela que compreende o princípio do agir, que oferecem interioridade ao homem. O exemplo do piquinique que precisa ter o sítio modificado devido ao formigueiro comprova o que Kant defende. Hume, entretando, parte da proposta subjetiva da ética, opondo-se à razão que para o filósofo não motiva nem as atitudes nem as ideias de um indivíduo, isto é, os valores estão sujeitos às emoções e não à racionalidade. Esses princípios evidenciam que os desejos são os motivadores das ações humanas. O debate despertou o interesse de estar na posição do outro que pudesse ser afetado por alguma de nossas ações para o grupo dos objectivistas e o reconhecimento da argumentação racional acerca da ética na visão dos subjectivistas.

    Essa síntese sobre as concepções apresenta as distintas ideias sobre o entendimento da ética que está presente em todas as sociedades, talvez até entre nossos parentes não tão próximos, como Singer afirma. E diante dessas proposições, Hugh LaFollette assegura-se de que teorias auxiliam para “avaliar criticamente as nossas perspectivas”, ou seja, elas revelam as tentativas do ser humano pensar sobre seus próprios atos de uma maneira que o leve a refletir. Sendo assim, a teoria ética pode inspirar o indivíduo na prática de seu comportamento e na organização em torno de seus problemas.

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  11. A ética pode ser definida através de três quesitos: conjunto de normas, estudo sistemático de conceitos e estudo das condições de argumentação, que tornam possíveis os argumentos éticos. Há dois filósofos que debatiam essa questão Kant e Hume. Kant acreditava que a lei moral era baseada na razão, defendia que a natureza humana era dividida entre o mundo dos desejos e o mundo da razão, no qual pertencia a lei moral. Hume acreditava que a base da ética pode ser encontrada nas nossas emoções. Ainda existe uma disputa sobre essas considerações, mas adiante iremos discutir até onde seus desejos podem ser ético e a influência de suas decisões éticas para outras pessoas.
    O melhor jeito de alcançar o que se quer é pensar somente com a razão quando os interesses são pessoais, pois muitas vezes surgem incertezas a respeito dos nossos interesses. Na escolha de como agir, deve-se pensar se suas escolhas afetam ou ajudam
    alguém, ou até mesmo não influencia ninguém. Independente de sua ação ser correta ou não se afetar outra pessoa, entra no domínio da moral. Alguns atos morais são tão óbvios, que nem refletimos sobre sua discussão, por exemplo, ninguém discute se roubar um celular do amigo e certo ou não. Somente debatemos quando a questão não é tão evidente. Ainda pode haver um impedimento na tomada de decisão, a pessoa pode estar tão cega pelo seu interesse pessoal que não enxerga que seu comportamento
    está afetando os demais.
    Para agir moralmente correto, devemos usar princípios, diretrizes, e padrões apropriados. Os juízos morais são mais adequados, se baseados em informação completa e sincera, percepção atenciosa, cálculo cuidadoso e se sobreviveu ao confronto de ideias. Então devemos fazer a melhor escolha que nos for possível, baseando-se nos argumentos acima.

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  12. (continuação)
    Existe duas principais teorias éticas, uma delas é a consequencialista e a outra é a deontológica, essas teorias ajudam no entendimento da ética. Os consequencialistas defendem que devemos tomar as decisões considerando diversas opiniões em prol de melhores conseqüências globais, alguns consideram essa teoria como apelativa, visto que inclui os interesses dos demais e implica nos pesos das conseqüências que tem cada uma delas. O utilitarismo é uma forma de consequencialismo, pois visa a completa igualdade, “ A maior felicidade para o maior número” . Os deontologistas defendem que nossas obrigações morais são separadas das conseqüências. Por fim esse debate nos leva a pensar no sentido de teoria ética e em sua finalidade.

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  13. DE ONDE PARTIR? PARA ONDE IR?
    Johnny Seron Bispo

    Quais são os critérios para a mensurarão da excelência das ações humanas? Como determinar um sistema que dê conta da complexidade das inter-relações humanas e que designe de forma clara a “*conduta excelente” a ser adotada em todas as situações?

    MARCO ZERO

    As diversas correntes de investigação sobre a ética propõem caminhos distintos e partem de sítios muitas vezes distantes uns dos outros.
    A ética se fundamenta em paixão, em emoções - dirão os subjetivistas, e este será um ponto de partida interessante sobre diversos aspectos, pois é inegável que o interesse individual tem peso significativo sobre nosso comportamento. Já os objetivistas dirão que a ética se fundamenta na racionalidade humana, o que também é inegável, visto que nossa racionalidade nos alerta sobre determinadas condições a serem satisfeitas para que as conexões sociais sejam possíveis.
    Analisando os sítios de partida de forma um tanto superficial (tal qual os mesmo foram apresentados) sou levado a pensar que todos estão certos e ao mesmo tempo errados. Não acredito que exista motivação absoluta, mas sim que as complexas interações entre a racionalidade e a emoção é que devam ser o ponto de partida para a maratona da investigação ética.

    O FIM

    Enquadro-me, ainda que de maneira cautelosa devido à superficialidade de meus estudos, como um consequêncialista/utilitarista, visto que acredito “que temos a obrigação de agir de forma a produzir as melhores consequências (...) e que devemos escolher a opção que maximiza ‘a maior felicidade para o maior número’(LaFollette, Hugh – Teorias sobre a ética).”
    Não compartilho da visão deontológica de que valores e obrigações morais tenham independência em relação às consequências. Acredito que agir de forma cega, baseando-se apenas em regras morais estabelecidas e sem refletir de forma cuidadosa sobre as consequências de nossas práticas, nos transformaria em autômatos (máquina programada para agir conforme determinado modelo matemático), engessando o desenvolvimento de seres humanos melhores.


    *Admitindo-se que a perfeição absoluta é inatingível, mas que existem sempre níveis desejáveis de correção, acredito que a “conduta excelente” seja aquela que trás em si o maior grau possível de acerto e o menor grau possível de conseqüências prejudiciais.

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  14. O que é Ética?
    A palavra Ética admite três usos, que vão do mais empírico, até o menos, aumentando seu sentido de abstração. A palavra Ética pode ser vista com um conjunto de normas, ou conjunto normativo; como um estudo sistemático de conceitos (bem, mal, responsabilidade e liberdade), que é a Filosofia Moral; ou como estudo das condições de argumentação moral e ética, que é a Metaética.
    A principal questão neste debate está sobre se é possível resolver questões éticas partindo do ponto de que o ser humano é um animal, dentre muitos outros, portanto sua Ética está dentro na natureza das coisas; ou necessariamente necessitamos apelar ao sobrenatural, no sentido de o ser humano estar acima da natureza dos outros animais?
    David Hume propõe que o fundamento da moralidade são as emoções, portanto é inseparável o nosso desejo de ser um ser humano moral, trata-se de uma atividade automática, como respirar. Assim a nossa necessidade de buscar uma Ética vem da nossa própria constituição natural. Hume não propõe um modelo irracionalista, mas acredita no fato de as emoções tomam conta da razão, em muitos casos, diminuindo assim a importância da razão sobre a Ética, aproximando os humanos de outros animais, como os chipanzés, por exemplo.
    Já Kant oferta um ponto de analise distinto de Hume. Kant propõe um sistema de regras absolutas, onde o valor moral das ações provem das intenções com que são praticadas. As regras morais devem ser respeitadas independentemente das conseqüências, são leis que a razão estabelece para todos os seres racionais.
    A Ética de Kant possui características deontológicas, ou seja, agir moralmente consiste em respeitar direitos. Agir de forma a promover as melhores conseqüências não é permitido se implicar a violação de um direito. Para Kant a obrigação de não mentir não varia de acordo com as circunstâncias, sendo respeitada em uns casos e não em outros.
    Desse debate Ético surge uma nova subdivisão, entre Subjetivistas (David Hume), onde são as emoções que ditam as nossas atitudes, e dentro dessas emoções está vinculada a nossa necessidade de sermos seres humanos éticos; Objetivistas (Kant), onde nossas atitudes são guiadas pelo nosso juízo ético.
    Este é um debate ainda não encerrado, há diversas críticas aos dois modelos propostos, tanto os subjetivistas quanto os objetivistas ainda buscam a correção de problemas em suas hipóteses éticas.

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  15. Abordada de várias maneiras e em diversos cenários, a ética é por muitas vezes tema de debates, estudos e conflitos. A questão que nos é posta nos textos lidos é: A ética é originária da razão ou guiada por interferências humanas?
    A palavra ética é descrita, diversas vezes, como a união de normas e condutas vistas - na maioria das vezes - como corretas para cada sociedade, esta com sua cultura/tradição. Sem fugir da questão central, há ainda os mais radicais que acreditam na universalidade da ética, não apenas como uma questão cultural, tem a ver com a natureza humana e sua conduta moral. A importância de se descobrir a natureza da ética nasce quando a busca pela ética visa objetivos próprios, e não a melhoria da sociedade em geral. Ao pensar como a ética teria surgido nas sociedades sabemos que foi a base das necessidades humanas de convivência com o próprio, visando o benefício coletivo. Entretanto, ao pensar no debate filosófico sobre a ética, esta, originada da razão, buscando cada vez mais a "perfeição", ainda que esta não exista.

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  16. Maldito sois vós primeiros macacos com instinto social de outrora! Vocês não só nos condenaram a liberdade, como já dizia o bom e velho “zaroio” Sartre, mas também nos condenaram à sociedade e com ela o discurso e a necessidade da Ética.

    A Ética, tanto no texto de Peter Singer quanto no de Hugh Lafollete, têm esse espírito de fardo social próprio de um animal político. Fardo que começou cheio de pretensões, mas que com o passar do tempo elas foram diminuindo, se desgastando. Primeiro pretendia-se investigar, estabelecer possíveis conjuntos de normas, um sistema ético que justificasse regras comportamentais. Depois, frente às dificuldades, achou-se melhor estudar os critérios, conceitos e referenciais essenciais que viabilizassem a construção de uma norma. Incessantes perguntas foram surgindo, ao ponto de nos perguntarmos se era possível falar de Ética. Mentes e mentes se debruçaram sobre essas questões, tentaram desenvolver teorias, perspectivas consistentes, princípios aplicáveis, critérios não-contraditórios. O subjetivista David Hume diz que o guia das ações humanas é o sentir, são as propensões emotivas que respondem a questão ‘O que devo fazer’. Já o objetivista Immanuel Kant postula que esse é o papel da razão humana. Os utilitaristas como Bentham e Mill defendem a idéia de que deve ser estimulada uma ‘equação’ onde conseqüências benéficas superam as maléficas. Os deontológicos, da qual Kant também faz parte, sustentam que um dever, uma obrigação deve ser obedecido independente das conseqüências. Aristóteles no sec. IV falava nas virtudes e na harmonia do agir humano para alcançar a eudaimonia. Temos até uma perspectiva feminina advogando uma ‘ética do cuidado’. O pensar sobre a Ética, como todo conhecimento que envolve o espírito humano, não apresenta paradigma dominante, para nossa frustração e angústia estamos desamparados com o peso das escolhas, com o fardo de viver em sociedade, tentando nos engajar e direcionarmos no que aparenta ser o bem, sendo essas ou outras proposições.

    E nosso fardo nos deixa com uma inquietante pergunta, difícil pergunta que vos deixo: Já que a Ética é um discurso que só aparece no contexto social, ou seja, quando seres humanos vivem em sociedade, será o ato de viver em sociedade justificado eticamente? É um ato moral, bom ou mau? Ou utilizando critérios das demais correntes, quais emoções, razões, benefícios/malefícios, deveres, virtudes existem para realizarmos esse ato? Por que vivemos em sociedade?

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  17. A palavra ética pode ter vários significados e ser empregada em contextos muito diferentes. Ela pode ser usada para delimitar um conjunto de regras que nos orientam, para referir ao estudo sobre o modo como se deve agir, e num contexto filosófico. Dados os diversos usos da Ética, surge uma discussão, apresentada por Peter Singer e Hugh LaFollete. Hume e Kant possuem visão distintas sobre de onde vem a ética.
    Hume acredita que numa ética mais próxima da darwinista, onde os nossos ‘instintos éticos’ podem ter sido herdados de antepassados não humanos. Ele afirma que esse instinto que nos permite agir com ética nos é dado e reflete as nossas emoções e a razão é menos importante neste caso, apresentando uma visão Subjetiva.
    Kant afirma que a Ética é resultado da racionalidade humana. Somos serem com aspectos físicos e morais, e a racionalidade nos permite unir essas duas coisas para agir com ética, mostrando uma visão mais Objetiva.
    Esse debate entre Hume e Kant já dura por dois séculos e não ainda não há resoluçaoa para esta disputa. No entanto, os objetivistas e subjetivistas tem aprimorado suas afirmações e tentam torná-las mais irrefutáveis.

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  18. O termo ética pode ser empregado com diversos significados, entre eles:
    -Conjunto de normas.(sistema normativo)
    -Estudo sistemático de conceitos.(filosofia moral)
    -Estudo das condições que tornam possíveis os argumentos éticos. (metaética)

    A ética tem relação com o agir humano e a escolha da forma da ação, por isso a ética é uma relação entre condutas e critérios.

    Um dúvida bem frequente é: "A ética é algo natural do ser humano ou o ser humano deve recorrer a uma visão sobrenatural?" Durante muito tempo acreditou-se que para entender a ética humana deveríamos recorrer a uma visão sobrenatural. Daí é que vem o grande debate entre criacionistas e não criacionistas.

    Hoje acredita-se que não precisamos recorrer a uma visão sobrenatural para criar um conjunto de normas, um estudo sistemático de conceitos e um estudo das condições que tornam possíveis os argumentos éticos, não há necessidade.

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  19. Quando começamos a entrar em mais detalhes sobre o significado de Ética e suas raízes, começamos a perceber o quão grande e o quanto envolve esta discussão. Não é possível fazer um debate único envolvendo, só e somente só, a Ética, sempre se acaba indo para suas raízes, seus outros significados e seus usos cotidianos. Nos textos apresentados fala-se sobre as discussões de Hume e Kant sobre Ética, fala-se também de que apesar de muito tempo ter se passado o debate ainda está em aberto. Isso não é claro? Afinal de contas, uma palavra que engloba tantos significados, tantas origens e que está tão enraizado no cotidiano como a Ética, não pode ser simplesmente levada a debate, discutida e ser “desvendada” de uma hora para a outra, essa questão filosófica chega perto de grandes questões, como por exemplo:
    “Qual o sentido da vida?”, “O que é o perfeito?”, “Será que nós humanos estamos sós nessa imensidão?”, “Certo, errado, o que é isso?”, “O que é Arte?”.
    Claro que um debate com esse grau de complexidade vai levar pessoas para caminhos diferentes, formando opiniões diferentes que divergem em muitos aspectos, mas convergem em outros. Entender a dimensão do problema que é investigar a Ética, é o primeiro passo para conseguir desmembrá-la e perceber realmente do que se trata esse tão buscado significado do que é ser Ético. Cabe as pessoas debater, pensar e aguardar, até que se chegue ao verdadeiro significado, quem estava certo afinal? Hume, Kant, ou será que nenhum dos dois? Há espaço para novas teorias e para o teste das já existentes, até que uma seja eleita “O Fato da Ética”, ainda tem muito o que se discutir sobre o tema.

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  20. Qual a razão ou justificativa para a chamada ética humana? O que motivaria determinadas escolhas àcerca das ações humanas e gerado discussões calorosas entre estudiosos. Desde os primoórdios, podemos considerar que conforme a evolução da espécie humana, inseriu-se dentro da sociedade um sistema de 'julgamento' de coisas, valores, ações e etc. A questão do par de oposições pode ser verificado quando não há possibilidade de existência de uma ação "mais ou menos certa ou mais ou menos errada". A motivação para a existência da ética dentro da sociedade humana (até então, podemos considerar que não-humanos não possuem valores éticos dentro da sua organização social) possui correntes de pensamentos diferentes, onde podemos destacar dois autores de destaque: Hume e Kant, sendo Hume subjetivista e Kant objetivista.
    A ética pode ser definida através de três quesitos: conjunto de normas, estudo sistemático de conceitos e estudo das condições de argumentação, que tornam possíveis os argumentos éticos. A própria abstraão inerente à definição de ética torna o debate ainda mais caloroso e indefinido.
    Para Hume a ética é inerente ao agir do ser humano, pois o julgamento das ações humanas (olhando para suas escolhas e ações) é algo que esta na essência humana de forma intuitiva. Já para Kant que é objetivista, o que fundamenta a moralidade é a racionalidade humana.

    Acredito que a ética pode investigar qualquer tema relacionado com a atividade e a conduta humana e como (motivação) os seres decidem sobre as suas ações,a distinção entre ética e moral, a razão de seres humanos distintos optarem por condutas distintas ou semelhantes e outros debates.

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  21. Existe uma grande dificuldade ao se tentar definir que tipo de atitudes são éticas e que tipo de atitudes não o são. A discussão estende-se ao ponto em que a própria natureza da ética é questionada: Seria a ética objetiva, baseada em valores universais e comuns à todos os seres humanos? Ou, devido ao grande número de atitudes que são consideradas éticas em um lugar, mas não em outro, seria a ética subjetiva, baseada em valores próprios de cada um? Acredito que a sociedade, a família, a religião e outras influências externas desempenham um grande papel em definir o que o indivíduo irá considerar ético ou não. No entanto,as emoções também podem mudar os valores éticos de uma pessoa, fazer com que ela deixe de considerar certa atitude anti-ética ou ética. Valores universais existem, mas são poucos e/ou questionáveis, teria cada ser humano nascido com estes? Ou teriam eles sido originados nas sociedades que, apesar de diferentes, possuíssem valores em comum? É uma questão delicada e que não tem uma resposta satisfatória, a discussão perdura até hoje.

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  22. Certamente há razões objetivas para as ações humanas. Desvincular as condutas dos desejos e interesses individuais e também agir sob certas condições ideais é uma escolha que não raramente seja difícil de fazer.
    A própria consistência dos princípios éticos, mesmo encontrando sua base argumentativa na razão, pode ser confrontada com variados critérios morais, suas relevâncias e aplicações.
    Daí a grande variedade de teorias éticas, cada uma com fortes argumentos em sua defesa.

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  23. Falar sobre ética é mais complexo do que se parece. Como foi dito em sala, a ética é uma relação entre condutas e critérios no agir humano. Porém , tratando-se do agir humano, o conceito de ética parece tornar-se algo subjetivo. Nesse caso, associa-se à visão subjetivista de Hume, na qual as emoções são o fundamento da moralidade humana e onde o desejo de ação é moral. Kant, todavia, na visão objetivista, afirma que o fundamento da moralidade é inerente ao ser humano, ou seja, o ato do ser humano de avaliar suas ações morais é universal. Esses dois tipos distintos de pensamento nos leva a refletir e a indagar ainda mais sobre qual é, realmente, o conceito de ética e quando essa palavra deve ser corretamente utlizada.

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  24. Os textos apresentam diversos pontos diferentes a cerca da Ética, e os conflitos decorrentes de suas discussões teóricas.

    As conclusões que surgem aparentam ser inconclusivas, visto que são diversos pontos de vista sobre o mesmo assunto. No entanto um olhar mais atento pode ver que esses embates filosóficos apenas enriquecem ainda mais o campo da Ética.

    Podemos observá-la com ou sem a presença de uma entidade divina a regendo, ou ainda estudarmos se a Ética é um impulso irracional ou decorrente do refinamento da racionalidade humana.

    Aos leitores dos textos fica a possibilidade de seguir a linha que melhor lhe convêm, pois todas possuem aplicações no cotidiano e são possíveis se criarem pensamentos consistentes em cima de seus argumentos.

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  25. TEORIAS SOBRE A ÉTICA

    Apesar de que nem sempre nós praticamos as ações que são respaldadas por nossas razões, entretanto, o exame cuidadoso das circunstâncias e implicações de nossas ações podem nos levar a evitar situações extremamente desagradáveis. É certo que temos de escrutinar as nossas crenças, escolhas e ações, para nos assegurarmos de que estamos informados, somos consistentes, imaginativos, imparciais e de que não estamos a repetir sem pensar as perspectivas dos outros. Caso contrário, podemos perpetrar males que poderíamos evitar, males pelos quais as gerações futuras nos condenarão, e com razão.
    Uma maneira importante de avaliar criticamente as nossas perspectivas é teorizar sobre a ética: pensar sobre questões morais de forma mais abstrata, mais coerente e mais consistente. Teorizar não é uma coisa divorciada da prática; é apenas a reflexão cuidada, sistemática e bem pensada sobre a nossa prática. Teorizar, neste sentido, não irá impedir-nos de errar, mas dá-nos o poder para abandonar considerações mal concebidas, desinformadas e irrelevantes.
    Podemos cometer "erros" paralelos nas deliberações éticas: por exemplo:
    1 — Posso usar princípios éticos inconsistentes.
    2 — Posso ter padrões morais inapropriados.
    3 — Posso aplicar princípios morais de forma inapropriada.
    Mesmo que nenhuns juízos morais (contenciosos) fossem indiscutivelmente corretos, não deveríamos concluir que todos os juízos morais são igualmente falíveis. Apesar de não termos uma maneira clara de decidir com toda a certeza que ações são as melhores, temos maneiras excelentes de mostrar que algumas são deficientes.
    Tipos principais de teorias
    Consequencialismo
    Os consequencialistas defendem que temos a obrigação de agir de forma a produzir as melhores conseqüências. Não é difícil ver por que razão se trata de uma teoria que tem um forte apelo sobre as pessoas. Em primeiro lugar, apóia-se no mesmo estilo de raciocínio que usamos ao tomar decisões puramente prudenciais. Se estamos tentando escolher a universidade a que nos vamos candidatar, iremos ter em consideração as opções disponíveis, iremos prever os resultados prováveis de cada uma delas e tentaremos determinar o seu valor relativo. Feito isto, escolhemos a universidade que oferecer o melhor resultado previsto.
    Para o consequencialismo, quando enfrentamos uma decisão moral, devemos considerar as ações alternativas disponíveis, traçar as conseqüências morais prováveis de cada uma delas, e depois selecionar a alternativa com as melhores conseqüências para todos os envolvidos. Quando descrita desta forma vaga, o consequencialismo parece uma teria muito interessante, pois parece difícil negar que alcançar o melhor resultado possível seria bom. O problema, claro, é decidir que conseqüências devemos ter em consideração e o peso que devemos dar a cada uma delas. Pois sem sabermos isso não podemos saber como raciocinar sobre a moralidade.
    O utilitarismo, a forma mais comum de consequencialismo, tem uma resposta. Os utilitaristas afirmam que devemos escolher a opção que maximiza "a maior felicidade para o maior número". Defendem igualmente a completa igualdade: "cada qual conta como um e não mais de um". Claro que podemos discordar sobre o que significa exatamente a maximização da maior felicidade do maior número; e podemos ter dúvidas sobre como se alcança tal coisa. Os utilitaristas dos atos defendem que determinamos a correção de uma ação se podemos decidir que ação, nessas circunstâncias, teria mais probabilidades de promover a maior felicidade para o maior número. Os utilitaristas das regras, contudo, rejeitam a idéia de que as decisões morais devam ser decididas caso a caso. Segundo eles, não devemos decidir se é provável que uma ação particular promova a maior felicidade para o maior número, mas se um tipo particular de ação iria promover, se fosse seguida pela maior parte das pessoas, a maior felicidade para o maior número.

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  26. Deontologismo
    As teorias deontológicas contrastam na sua maior parte com as teorias consequencialistas. Ao passo que os consequencialistas defendem que devemos sempre procurar promover as melhores consequências, os deontologistas defendem que as nossas obrigações morais — sejam elas quais forem — são de algum modo e em certo grau independentes das consequências. Assim, se eu tenho a obrigação de não matar, roubar ou mentir, estas obrigações estão justificadas não apenas porque seguir tais regras produz sempre as melhores consequências.
    Alternativas
    Há várias alternativas a estas teorias. Chamar-lhes "alternativas" não significa que sejam inferiores, mas apenas que não têm desempenhado um papel tão significativo na formação do pensamento ético contemporâneo. Vale a pena mencionar em especial duas delas, porque se tornaram muitíssimo influentes nas últimas duas décadas.
    Teoria das virtudes A teoria das virtudes não tem sido tão influente quanto a deontologia ou o consequencialismo na formação do pensamento ético moderno. Contudo, é anterior a essas duas teorias, pelo menos enquanto teoria formal. Foi a teoria dominante dos gregos antigos, alcançando a sua expressão mais clara na obra de Aristóteles, Ética a Nicómaco. Durante muitos séculos, não foi nem discutida nem advogada enquanto alternativa séria. Mas por volta dos finais da década de 1950 começou a reaparecer na bibliografia filosófica (a história deste reemergir é apresentada nos ensaios reimpressos em Crisp e Slote, 1997).
    Teoria feminista Historicamente, a maior parte dos filósofos têm sido homens, homens com a perspectiva sexista das suas culturas. Assim, não é surpreendente que os interesses das mulheres, e quaisquer perspectivas que elas possam ter, não tenham desempenhado qualquer papel real no desenvolvimento das teorias éticas canónicas. A questão é: que nos diz isso sobre tais teorias? Poderemos, por exemplo, limitar-nos a tirar as partes sexistas da teoria de Aristóteles e ficar mesmo assim com uma teoria aristotélica que seja adequada para uma época menos sexista? Podemos eliminar as partes sexistas da ética de Kant e ficar com uma deontologia não sexista mais viável?
    Muitas feministas posteriores aplaudiram as críticas que a ética do cuidado dirigiu às teorias éticas mais canônicas, nomeadamente por não dar atenção, ou ignorar intencionalmente, as experiências e o raciocínio das mulheres. Contudo, algumas destas feministas pensam que essas teorias mais tradicionais, especialmente se forem expandidas tendo uma atenção cuidadosa às questões relacionadas com os sexos e com o desenvolvimento das capacidades caracteristicamente humanas das pessoas, podem ir longe em direção a uma teoria ética adequada. No mínimo, contudo, as críticas feministas forçaram os filósofos a reavaliar as suas teorias, e mesmo a repensar exatamente o que é uma teoria ética e o que se espera que alcance (Jaggar, 2000).

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  27. No texto de Peter Singer, a questão central que podemos identificar é a importância e influência da razão na formação de princípios éticos e de como eles podem influenciar nossas atitudes cotidianas.
    Kant é o maior partidário do pensamento de que a razão é o que guia nossas ações para a forma mais correta (e portanto, ética) possível, se estivermos dispostos a isso. Refiro-me à ação, porque o conceito de ética é intimamente ligado a isso, pois ética nada mais é que um conjunto de princípios que busca moldar nossas ações e atitudes da forma mais correta e menos prejudicial para o todo.
    Já Hume mantém uma posição que pode ser considera oposta à de Kant, pois julga ser o nosso lado passional emocional que molda nossas ações e nos mostra o que é ético ou não.
    Eu tendo a concordar com Kant, penso que os preceitos éticos atuais, sendo que muitos deles vem de muito tempo, foram lapidados durante muito tempo e durante muitas mudanças de pensamento global. Algo que foi objeto de muita reflexão em cima não pode ser considerado, de maneira alguma, fruto de emoções, sem dúvida é um sistema, no
    Já no segundo texto, o autor, no final dele, detém-se a nos passar um rápido panorama acerca das correntes que tratam da ética e da melhor maneira de se formar um sistema ético. Hugh (o autor) também enfatiza a importância de se criar uma teoria/sistema ético consistente, pois com o trabalho acerca da ética, através de pesquisa e racionalismo aprofundado, podemos alcançar maior excelência e unidade no ramo da ética, que ainda é campo de grandes divergências e dúvidas.

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  28. Considerando o homem como a maior criação de Deus, ou ainda, como o maior sucesso da natureza evolucionista de Darwin, a que podemos atribuir o estudo dos argumentos morais, essa necessidade humana de atingir a perfeição das ações, a ética?
    Seria incabível e errado qualificar a ética como dom sobrenatural dado por Deus? De fato, se errado não é, ao menos não é necessário. Dentro desse misto de instinto, razão e sentimento que forma o ser humano onde estaria então, o fundamento da ética?
    David Hume diz que em última instância, a ética é fundamentada nas emoções, desejos não racionais, ou seja, que não decorrem de motivos. Esses desejos condicionam as ações humanas de bem e mal, sendo que estão presentes em todos os homens, porque simplesmente eles não podem escapar do fato de que são sujeitos éticos. Ainda que o pensamento de Hume estava totalmente subjetivo ele não escapa o fato de que a racionalidade está presente em todos os homens, cabendo a ela ser responsável pela interpretação desses desejos e seus agentes condicionadores.
    Para o autor Kant, que não representa exatamente o outro extremo da balança, mas que apresenta uma ideia diferente, a ética humana não está tão intimamente ligada aos desejos humanos, mas sim nas ações que tomamos através de escolhas. Em fato, os conceitos de bem e mal se estabelecem dentro das atitudes que queremos tomar, mas decidimos não as praticar. Há critérios, exigências que estão por detrás das escolhas, e ainda assim a racionalidade nos condiciona a um mundo de liberdade.
    Há questionamentos. Questionamentos esses que não podem, muitas vezes, serem respondidos por essas teorias separadamente. Se a racionalidade é inerente a todos os seres humanos, por que em diferentes culturas, os critérios de certo e errado se distanciam tanto? Se esses padrões são tão subjetivos não há nada que possa ser considerado ético para todos os seres humanos, sem exceção? Parece que a mentalidade humana não consegue ser grande o bastante para entender sua própria racionalidade.

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  29. Discussões acerca do que seria a ética ou quando uma ação pode ser considerada como eticamente correta permeiam a literatura filosófica há vários anos, e esta questão ao que parece não esta próxima de ser solucionada. Porém há algumas opiniões que convergem, por exemplo, a de que a ética esta ligada a ações humanas, ou seja, à prática e a reflexão sobre a mesma.
    O que abre outro campo de divergências: o de determinar quais impulsos leva o indivíduo a agir ou querer ser ético. De um lado encontram-se Kant e seus defensores que julgam essa “vontade” como sendo de âmbito objetivo, ou seja, o individuo age de forma racional. Dentro desse objetivismo haveria dois ramos o físico e o moral, sendo esse último subdividido em determinado e indeterminado os quais as ações seriam livres, mas até nesse aspecto dizer a verdade deveria ser uma condição necessária para haver a ética.
    Para contrapor essa proposição há os que crêem que a concepção estabelecida por Hume é a “melhor”, as escolhas seriam regidas por um lado subjetivo do ser humano, em que o desejo é que motiva nossas ações, é ele que nos fornece a base para querermos ser éticos, assim deveríamos obedecer nossos desejos morais. Caso contrário o individuo ficaria frustrado consigo mesmo. Nesse sentido as pessoas já nasceriam com o intuito de seguir desejos éticos, estariam sempre avaliando suas condutas, em certas e erradas – Talvez deriva-se dessa concepção a chamada “dor na consciência”, pois a pessoa a manifesta caso haja contrário à sua “consciência moral”.
    Difícil a escolha de qual hipótese é a mais aceitável, por mais que pensamos, hora acharemos que é a objetiva, porém encontraremos uma “falha”, um fio que nos levara a dúvida novamente, o mesmo aconteceria se a opção escolhida for a subjetiva. É como querer determinar o porquê de tomarmos um copo de água bem gelado em um dia de excessivo calor, primeiro podemos dizer que é por questões racionais, já que nosso organismo precisa de água para sua sobrevivência, porém podemos partir para o lado subjetivo se afirmarmos que tomamos a água pelo desejo de nos refrescar, de minimizar a sensação de calor para poder melhor desfrutar nosso passeio em um belo dia ensolarado. Assim, fica a questão: Será que a ética não é algo criado com moldes objetivos, ou seja, com regras comportamentais pensadas de modo estritamente racional, mas que tenta estipular/ desvendar limites para a subjetividade humana, já que a maior parte das nossas ações estão dentro dos nossos desejos e vontades?

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  30. "Mesmo que eu saiba qual é a melhor escolha, posso não agir de acordo com ela”.
    (Hugh LaFollette)

    Ao escolher nossas ações, devemos ter conhecimento de que a maioria delas afeta outras pessoas, mesmo que não seja diretamente. Pensando assim, a escolha deve ser feita considerando quais interesses devo seguir sem prejudicar ou a mim ou aos outros.
    Muito raramente consegue-se conciliar decisões e ações onde todas as partes irão ser beneficiadas. Cabe a uma escolha pessoal decidir qual lado irá sofrer mais ao ser afetado.
    Para alguns, a moralidade está diretamente ligada à como você age e afeta os outros, entretanto para outros, como Kant, ela também esta ligada à como suas ações afetam a si mesmo, como você pode prejudicar seu corpo e sua mente com ações equivocadas.
    As ações morais são muito fáceis de serem tomadas, tão fáceis que nem chegamos a cogitar a hipótese de discuti-las (por ex: roubar dinheiro da carteira dos pais )uma vez que é um consenso de que elas são "erradas" ou "más".
    Mas, da onde vem essa moralidade humana? Como elas funcionam? E por quê?
    Nos tempos antigos, acreditava-se que o comportamento humano era comandado pelo destino. A vida de uma pessoa já vinha com linhas firmemente traçadas, e só apos muito tempo é que a ética passou ser um fator importante na conduta humana. Apenas com a evolução (tanto da sociedade quanto da evolução genética) através dos tempos influenciando na conduta, nos costumes.
    Um fato que gerou enormes impactos devido às diferenças "descobertas" e divergências "socioetnoculturais", foi as Grandes Navegações.
    "Seres humanos são iguais, mas têm comportamentos diferentes”. Pensando nisso, como se deve agora, encarar a Ética?
    Alguns autores tinham ideias distintas de como a Ética na vida humana seria(ou deveria) ser abordada.
    Hume por exemplo, era um subjetivista. Segundo ele, as ações humanas, seus comportamentos, eram fundamentalmente emocionais, ligadas ao desejo humano. “O ser humano tem o desejo de ser moral". O conceito de moralidade é algo intuitivo, algo intrínseco ao ser humano. Entretanto, não devemos confundir emocional com irracional, pois mesmo ele pregando a subjetividade, ele não pregava a irracionalidade do comportamento humano.

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  31. O que a ética investiga? A ética investiga o modo de agir nas condutas humanas, portanto ela se aplica as condutas humanas e investiga como nós agimos em determinadas circunstâncias de determinada forma, porque nós fazemos o que devemos fazer?
    A ética não está subordinada a nenhuma religião ou dogma. Sabe-se que ela é uma fenômeno natural decorrente da evolução das espécies. Sob este premissa encontra-se um problema. Se ela é decorrente da evolução das espécies, talvez algum animal, principalmente os mais próximos de nós, possa ter ética, agir pela ética, se pautar pela ética.
    Para se entender este problema, precisa-se estudar se a ética é objetiva ou subjetiva, pois se se aceitar a teoria de Kant, saber-se-á que a ética é objetiva e pautada por nossa razão e agimos de acordo com imperativos que são categóricos (condutas que necessariamente temos dentro de uma zona de escolha de ter ou não a conduta, ou seja, dever em um cerne de poder). Pelo fato de agirmos pela razão e pelo dever fazer (conduta do dever ser) somos diferentes dos animais e por isso só nossa espécie “superior” se pauta por este fenômeno natural: ética; todavia, se se aceitar a teoria de Hume, saber-se-á que a ética é subjetiva e pautada por nossas emoções, sentimentos. Logo, se agimos de acordo com os sentimentos (algo subjetivo, particular de cada sujeito) não há um abismo entre nós e nossa espécie menos evoluída, tal como, os chimpanzés, e pode-se aceitar então que os chimpanzés, nesse caso, se pautam pela ética, pois eles logicamente tem sentimentos, são subjetivos.
    Apesar do problema não estar resolvido até o presente momento, a filosofia tem avançado, pois as teorias tendem a não ser extremistas de modo a buscar um entendimento da “verdadeira” investigação da ética.

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  32. Com a leitura desses textos podemos encontrar definições de ética: “conjuto de regras, princípios ou modos de pensar que orientam ações de um grupo particular” ou podemos tê-la como o estudo sistemático de conceitos, “do raciocínio sobre o modo como devemos agir”. Como vimos, esse estudo sistemático de conceitos leva a ética para o campo filosófico, sendo alvo de grandes discussões.
    Alguns chegam a comparar ética e moral. Embora ambas sejam originadas de palavras que significam “costumes”, moral traz uma particularidade de subordinação dos nossos desejos naturais a um conjunto de deveres. Quando não cumprimos esse nosso dever, sentimos culpa. A moral também, por diversas vezes, é ligada a base religiosa. Já a ética não tem uma ligação necessária com qualquer religião. Ela é um fenômeno natural, presente em todas as sociedades humanas.
    Se seguirmos a idéia de Darwin que alega que a ética humana se desenvolveu dos instintos sociais que herdamos dos nossos antecepassados não-humanos, então podemos considerar a existência de universais éticos, que estão presentes em todas as sociedades. Contudo, não pode escapar de nossas vistas a enorme diversidade ética presente na realidade; sociedades diferentes apresentam pontos de vista éticos diferentes, nos mais diversos aspectos. Entretanto, no texto afirma que em alguns pontos importantes, quase todas as sociedades convergem.
    Um ponto interessante que destaco do texto é a passagem que relata que só porque uma certa prática é universal, não quer dizer que ela seja correta. É como aquela velha história que as mães falam aos filhos: se todo mundo pular da ponte, você vai pular também?
    Honestamente, não concordo com a idéia que “herdamos” a ética dos macacos, por exemplo. Prefiro crer que somente nós, humanos, somo seres éticos.
    Descobrimos com a leitura, duas teorias sobre a ética: a de Kant - objetivismo - e de Hume – subjetivismo. Kant acreditava que a lei moral é baseada na razão e portanto distancia-se da idéia dos animais terem sido precursores da nossa ética. Já Hume acreditava que a base da ética está nas nossas emoções, nas nossas paixões. A razão é menos significativa aqui, o que nos aproxima da ética dos animais não-humanos. O debate então se constrói acerca do papel que a razão desempenha nas nossas decisões éticas.

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  33. Kant via a natureza humana dividida entre o eu físico ou natural (dos desejos) e o eu intelectual ou espiritual (da razão que origina a lei moral). Hume já acreditava na determinação moral, que é inescapável. Desejamos ser seres éticos e constantemente avaliamos nossas ações em certas ou erradas. As decisões que tomamos podem ser diferentes, mas a ação de avaliar é igual a todos.
    As impressões de Hume se encaixaram com a minha compreensão ética. Após me observar alguns dias, percebi que realmente, em cada ação que executo, há um julgamento na minha mente se é certo ou errado, e se, de alguma maneira, julguei errada determinada atitude, a culpa vem bater na minha porta, inevitavelmente.

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  34. A relação existente entre os dois textos sugeridos para refletirmos sobre o tema “O que a Ética Investiga?” se refere a distinção que alguns estudiosos fazem acerca dos termos ética e moral. Na diferenciação dos termos tem-se que ética é a reflexão filosófica acerca da moral e que a moral é a expressão do conjunto de costumes e hábitos que de certa forma direcionam o comportamento humano.

    Entretanto devemos atentar ao fato de que tanto ética quanto moral advém de uma mesma origem etimológica com a única diferença dos termos estarem traduzidos em diferentes línguas (grego e latim, respectivamente). Sendo assim ambas designações apontam aspectos da conduta humana quando o que está em questão é julgar o que deve ser considerado como certo e o que não deve ser assim considerado. Pieter Singer coloca que o termo ética não precisa ter a distinção de moral, apenas pelo fato de alguns considerarem que é o modo filosófico de se pensar a moral, pois quando está relacionado aos estudos filosóficos geralmente recebe o nome de filosofia moral.

    Na atualidade quando se fala em moral logo infere-se que esse termo se trata da estipulação de um conjunto de imposições que servem para suprimir nossos desejos naturais. Todavia a essência do termo moral está no termo latino “mores” que se refere aos costumes. Normalmente tem-se que a moral é uma conduta vinculada ao pensamento religioso, mas isso não ocorre necessariamente.

    A religião de certa forma influência nos padrões morais existentes na sociedade . Contudo a ética não pode estar unica e exclusivamente fundamentada na religiosidade. No Criacionismo nossa consciência moral supostamente é fruto de nossa ligação com o divino. Já na visão Evolucionista quando se trata do comportamento moral humano faz-se referência às vivências de nossos antepassados primitivos, que supostamente agiam conforme a experiência adquirida em diferentes situações, sendo essa consciência então um aspecto herdado . É importante resaltar que nenhuma das teorias foi comprovada como resquício da origem do pensamento ético, onde temos que ambas são dependentes da fé que se deposita nas teorizações que são dadas.

    No debate ético referente a Filosofia há duas faces da discussão que se referem a origem do pensamento ético. De um lado há aqueles que como Emmanuel Kant (1724 – 1804) afirmam ser a nossa própria recionalidade a encaregada por realizar os julgamentos morais que nos fazem refletir acerca da ética. Por outro lado há aqueles que como David Hume (1711 – 1786) dizem ser a nossa emoção perante os acontecimentos quem faz com que julguemos as situações conforme a moralidade que nos leva a refletir acerca das questões éticas.

    Ambas teorias apresentam seus pontos fracos, pois os Objetivistas como Kant deveriam expor quais seriam os “universais éticos” advindos de um “padrão por meio do qual seja possível julgar uma resposta como sendo melhor que a outra”. Já os Subjetivistas teriam que mostrar qual seria o ponto de convergência das ações humanas para que o estudo da ética não se torne instável perante a diversidade ética das sociedades.

    Analisando os dados conjuntamente podemos perceber que as distinções entre ética e moral são desnecessárias, pois tornam os debates éticos demasiado obscuros. Tanto os objetivistas quanto os subjetivistas apresentam carências em suas teorizações, tendo que de certamente este debate é de suma importância para o desenvolvimento filosófico, mas está longe de ser concluído.

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  35. Tentando criar um conceito de Ética e Moral caímos em um impasse entre o subjetivismo e o objetivismo .
    Defendendo a corrente subjetivista temos Hume que diz que na realidade nossa moral é regida pelas nossas emoções , e ela chegara poder estar presente até mesmo em alguns animais , além de podermos conhecer muitas coisas por meio de nossa consciência imediata de que determinada ação esta correta ou não.
    Do lado do objetivismo temos Kant que já defende uma postura em que nossa moral tem que ser regida pela razão, afastando a ideia de Hume de que nossas ações morais possam ter alguma semelhança a de alguns animais.
    No entanto nossas ações morais e éticas acabam sendo uma mistura de subjetivismo e objetivismo , por mais racional que sejamos diante de determinadas situações é intrínseco ao ser humano ser influenciado de alguma forma por sua parte irracional , por suas emoções, fazendo com que nenhuma de nossas decisões seja realmente imparcial.

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  36. Na minha opinião, a ética é algo subjetivo e, como já descrita no post do tema anterior, é também determinada pelo ser humano em sua maioria, dentro de um determinado meio semelhante, de acordo com o bem estar do mesmo. É, portanto, subjetiva, como ditava Hume. Isso não significa que ela não é passível de discussão. Pelo contrário, deve ser entendida como plural e não única. Uma regra de conduta tácita de todos e para todos, podendo ser aplicada de maneira diferente, em contextos diferentes e ajustada a culturas diferentes, de maneira sobreposta, inclusive.
    Essas discussões tratam do critério a ser usado para, em um conexto, considerarmos algo ético. Para alguns, a ação ética é aquela que não causará dano a ninguém, nem memo ao autor da ação.
    Para outros, ética é simplesmente um repetir de costumes, derivados de outras gerações ou mesmo de pessoas próximas.
    Discordo da posição de LaFollette em considerar ações certas ou erradas, ainda mais numa discussão sobre ética. O que ele, por si próprio, determinou, deveria passar pelos mesmos critérios postos em discussão.

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  37. A ética é, senão o conjunto sistemático de raciocínio sobre o método na qual devemos agir.
    A palavra ética vem do grego "ethos" e tem correlação com "morales" do latim, sendo assim ética e moral são aprensentadas como sinônimos, tendo como significado: conduta ou costume.
    A partir desse substrato inicial e básico são estabelecidos conceitos de como e porque agimos da forma que agimos, teoriznado o comportamento humano como também catalogado-os entre bem e mal.
    Assim, Kant, Hume, consequencialistas ou deontologistas estabelecem métodos diferentes, bem como objetivos diferentes para estabelecer as verdades de comportamentos humanos a fim de poder entender e justificar as ações e consequências Humanas.

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  38. A ética ao investigar o 'proceder humano' orienta o campo de atuação, por meio de respostas convincentes baseadas em argumentos sólidos. A grande questão colocada no texto de Peter Singer é: as respostas tem fundamento emocional ou racional?
    O estudo da ética implica várias discussões acerca de sua origem, natureza e finalidade. Por vezes entendida como conjunto de regras que orientam a ação, outras, tomada como estudo sistemático do raciocínio sobre o agir. A preocupação em compreender a ética passa, primeiramente, pela delimitação de sua origem e desenvolvimento a fim de escrutinar a possibilidade de dar corpo a um padrão ético. E há a discussão quanto à natureza da ética, sendo objetiva deriva da razão, de uma compreensão intelectual, e, quando defendida como subjetiva tem no sentimento sua base. Aqui a dicotomia tem como representantes Kant (a capacidade de sermos racionais transforma a ética em lei universal) e Hume (a emoção norteia a ética). E a partir destas posições surgem sub-classificações (consequencialista, teleológica, utilitarista)que entendem a ética como norma de vontade (desejos) ou fruto do raciocínio. De se reconhecer que a razão dá bases sólidas à ética, que faz distinguir o que é certo ou errado e submete os nossos desejos aos seus parâmetros objetivos.

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  39. Marcelo Kenji Shimabukuro

    Etimologicamente, ética e moral tem raízes que surgem da palavra “costumes”, o grego “ethos” e do latim “mores” respectivamente. Por isso, o uso dessas duas palavras como sinônimas no cotidiano.
    A ética como um conjunto de regras não tem ligação necessária alguma com a religião em geral, mas, que na verdade talvez seja uma espécie de evolução natural dos mamíferos sociais.
    Em relação a sua origem, os filósofos divergem em duas principais correntes: os subjetivistas, como David Hume, que acreditam que a base da ética se encontra nas emoções (paixões) e a razão tem papel secundário diferente dos objetivistas, como Emmanuel Kant, que acredita que ao contrário, a ética se encontra na razão. São teorias que se divergem na mesma explicação.
    A partir da discussão dessas duas teorias, conseguimos entender e compreender melhor do que a ética trata.

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  40. A ética, segundo Peter Singer, têm vários significados que vão desde um conjunto de regras que orientam as ações de um determinado grupo de indivíduos, com alguma semelhança particular, como a profissão que estes exercem, e um estudo de um sistema de raciocínio que nos possibilita escolher, por meio dos critérios mais apropriados, quais ações eu devo realizar ou não.
    A ética, assim como outras áreas do pensamento humano, como política, economia, etc., não escapou da influência da religião, desta maneira a ética foi por tempos considerada, um fenômeno divino, que apenas seres humanos eram agraciados de possuí-la. Mas com a revolução ocasionada pela Teoria da Evolução proposta por Darwin, viu-se que a ética era uma herança do processo evolucionário que resultou hoje no ser humano, desta maneira a ética não é apenas uma característica humana, mas sim, uma característica reservada a animais inteligentes com uma vida dotada de várias relações sociais.
    Claro que nós somos dotados de uma inteligência mais avançada do que os primatas, que são os mais próximos de nós na escala evolutiva. Tem-se então aberto um campo de investigação sobre a ética, que tem dois pilares antagônicos no posicionamento do papel da razão sobre a construção de normas, e como ela impulsionava o homem frente aos critérios que determinam se uma ação é ética ou não.
    Assim temos Immanuel Kant, considera que a lei moral é baseada na razão humana, do outro lado temos David Hume, considera que a base da ética está nas “paixões”, emoção, a razão para ele tem um papel bem menos importante do que em Kant.
    O debate entre Hume e Kant leva a uma questão fundamental na ética, saber se ela é objetiva ou subjetiva. Kant é objetivista, segundo está visão o ser humano é dotado de um lado físico, e possui liberdade e capacidade de escolha, guiada pela intuição que possibilita o conhecer uma ação sem ter que pensar sobre ela. Hume é subjetivista, assim o homem deve-se orientar pela sua emoção moral na hora de praticar uma ação. O debate tem avançado pelos dois últimos séculos, houve aproximações, novas perguntas, mas até agora não há uma resposta definitiva.

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  41. Em minha opinião acredito que a ética está mais ligada a uma questão subjetiva como coloca Hume á objetividade Kantiana. Não acredito que podemos conhecer intuitivamente que uma ação é correta sem termos que pensar nisso. Acho que concluimos que algo é ético ou não após uma análise junto as "emoções morais" que possuímos. Mas sem dúvida nenhuma definir o que a ética investiga é algo extremamente complexo.

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  42. Particularmente, achei muito forçado e pouco argumentativo alguns trechos do texto do Peter Singer, precisamente no momento em que o autor relata que uma teia de aranha não pode ser considerada uma obra de arte; como é possível que uma aranha, que é capaz de produzir uma estrutura que nem a mais poderosa indústria química pode fazer, não poder ser classificada como uma obra de arte? Se a nossa sociedade coloca tantos entraves para a afirmação do que é arte, jamais alguém poderia afirmar que algo não é arte.
    No texto do LaFollette, ele questiona se a ética não seria uma mera questão de opinião. Ele acaba por discordar dessa idéia pelo fato de que é possível perceber quando um juízo ética é falso se ele se basear na falta de compreensão ou em princípios completamente bizarros. Mas nesse ponto surge um problema, pois são os pontos de vista formados pela opinião de cada pessoa que determinam se há falta de compreensão e algum princípio bizarro envolvido na situação. Não é coerente se estabelecer que a ética convencionada na nossa sociedade atual é possivelmente o mais próximo da perfeição somente porque aparente ser. Todas as sociedades sempre imaginaram que agiam de forma ética, mesmo tendo atitudes irracionais. Quando alguém chega a conclusão de que os problemas da ética são uma questão de opinião, é simplesmente porque é o máximo que se pode alcançar, não há como usar um argumento que esteja fora do padrão aceitável de comportamento da nossa sociedade. Isso faz com que os argumentos sempre estejam dentro da opinião de cada um.
    Ainda no texto do LaFollette, é possível conectar a idéia de que a ética é uma questão de opinião com a afirmação utilitarista de que “devemos escolher a opção que maximiza a maior felicidade para o maior número”, sendo que claramente se vê que a felicidade apenas pode ser maximizada dependendo do que esta determinada sociedade considerada felicidade.

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  43. A ética ficou convencionalmente usada para expor o que devemos fazer e como escolher nossas opções. Temos que ter um lado critico para não deixar as emoções decidir o que é fazer, é necessário colocar na balança e decidir se os atos a serem cometido vai prejuducar alguém direta ou indiretamente, mas não que isso não acontecerá. Porque não é possivel agradar a todos, assim como agradar a maioria também não significa ter feito a escolha certa.
    Mas temos que ter em mente que não podemos ferir os direitos básicos da sociedade, que é o direito a vida, mas moralmente falando, a moral aplicada nas decisões serão as melhores a ser aplicadas para a pessoa que fez a escolha e não a quem vai atingir o resultado.
    Assim acho que nunca vamos conseguir a perfeição de juntar ética e moral para o bem de todos ou da maioria, mas do que julgamos o mais certo de se fazer naquele momento e saber que sempre haverá erros, mas ninguém é perfeito. Ao contrário, todo estão em busca da perfeição.

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  44. A ética tem sido entendida de duas formas, primeiramente como sendo um "conjunto de regras, princípios ou modos de pensar" que orientam as ações de determinados grupos sociais. O outro sentido diz respeito à interpretação da ética como um campo de estudos da filosofia.
    O significado de moral geralmente é confundido com o primeiro sentido que se dá à ética, no entanto, Peter Singer descarta essa interpretação e prefere utilizar o termo ética.
    A moral está relacionada à um conjunto de deveres que faz com que subordinemos nossos desejos naturais à ela. A tradição judaico-cristã por vezes vincula a moral à bases religiosas.
    Peter Singer nos mostra a possibilidade de a ética existir também nos animais, e até Darwin acreditava que ela se desenvolveu por meio de instintos naturais que herdamos.
    O autor dedica parte do texto a expor a contraposição das idéias de Hume e Kant sobre a ética.
    Segundo Hume, que segue a corrente subjetivista da ética, a razão é menos significativa na ética, enquanto para Kant, objetivista, ela tem grande valor, portanto, os animais não poderiam ser éticos porque são irracionais.
    Kant via uma natureza humana dividida pelo self (desejos) e o eu intelectual (razão), e Hume via uma natureza baseada apenas nas emoções.
    Alguns objetivistas tentaram se contrapor à Kant, argumentando que reconhecemos o que é correto intuitivamente, tal como saber as verdades básicas da matemática. Mas, de acordo com Singer, essa teoria se dilui quando os próprios matemáticos identificam que não se utiliza intuição para resolver um problema, mas sim raciocínio lógico.

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  45. Tem se travado um debate nos últimos dois séculos sobre a questão da ética, e os resultados obtidos até hoje não vão muito além dos argumentos originais defendidos por cada lado.
    Objetivismo e Subjetivismo. Kant e Hume. O primeiro defendendo que a ética é fruto do raciocínio lógico humano, e o segundo dando prioridade a emoção.
    Não adianta aqui querer me posicionar contra ou a favor de alguma delas, pois existem homens mais capacitados intelectualmente que eu que preferem se abster disso. Mas ouso dizer que prefiro ter uma visão unificada, pois creio que a razão e emoção humanas podem andar juntas. Ora, é um instinto natural do homem preservar a própria espécie, o que faz com que ele julgue ser uma questão lógica tomar atitudes que ocorram em prol dessa preservação. Porém, cabe ao lado emocional, que pode ser influenciado por diversos fatores externos e também internos, decidir seguir esse instinto ou não. E podemos dar como exemplo uma situação de assassinato onde um individuo mata outro por causa de um adultério. Em seu instinto natural o individuo não quer acabar com a vida do seu próximo, porém influenciado por sentimentos de raiva e vingança decide não obedecer ao instinto.
    Mas essa é só uma ingênua teoria...

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  46. Lembro de ter lido um fragmento do texto de um sofista chamado Antifo que argumentava sobre o tema justiça dizendo que esta é realizada pelo cumprimento das normas estabelecidas quando se está sendo observado. Ao analisar esta conclusão do sofista pensei se no caso da Ética poderia ser feita a mesma colocação e seria possível chegar em algum lugar a partir dela ou de sua objeção (como a realizada por Platão no caso da justiça). A Ética, ao meu ver, possui grande proximidade com o tema Justiça. Ser ético, no sentido prático, é obedecer as normas enquanto está sendo observado? Se isso for válido poderia haver homens éticos que agissem de acordo com as normas de sua sociedade, por exemplo a de não cometer homicídio, mas , no momento em que ficasse sozinho, poderia matar alguém e continuaria sendo ético. A conclusão que se chega é absurda. Imagine ainda se fosse uma terra de cegos! Dito isso, análogamente a objeção de Platão sobre a justiça, no caso da ética, um ser que cometesse uma violação de tais normas não seria ético, nem virtuoso. Portanto a Ética possui dimensões universais ao passo que constitui uma regra válida para todos momentos (isso em sua dimensão prática). Mas como é possível teorizar na Ética visto que há uma dimensão cultural evidente em sua prática, como é possível criar leis e achar casos gerais em um assunto tão complexo. Acho que o principio de uma discussão dessas deve envolver questões da natureza humana. A dicotomia entre os subjetivistas e os objetivistas parecem a mesma da emoção e razão, porém deve-se lembrar que ambas são características que permeiam o existir humano e não devem ser rejeitadas. Assim, como princípio de crítica, penso que se é possível teorizar sobre a Ética é antes necessário ter em mente princípios que abrangem as diversas características da natureza humana.

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  47. Com as grandes navegações, a chegada do homem às Américas houve uma grande modificação no pensamento. Uma nova mentalidade surgiu no contato com outras culturas e na necessidade de racionalizar a diversidade que assustou os Europeus.
    Peter Singer trata a ética e a moral, sem fazer a distinção clássica entre o primeiro ser usado para o estudo da ética como filosofia e o segundo para princípios e orientação de maneiras de agir, convergindo a noção dos dois para “costumes”, que existem em todas as sociedades humanas. Ele tenta mostrar a possível ética dos primatas, a partir do conflito de idéias entre Kant e Hume.

    Quanto à origem da ética, ele contrapõe o objetivismo e o subjetivismo. O subjetivismo de Hume determina que as paixões são responsáveis pelos sentimentos morais, é inescapável ao ser humano ser moral, ou seja, está embutido a análise das ações como certas ou erradas, o desejo de ser moral seria igual para todos. Já para o objetivismo de Kant, as ações podem ser controladas, escolhidas e que a noção de moral seria intuitiva.

    O texto de Hugh Lafollette defende que a melhor maneira de se alcançar objetivos é deliberar racionalmente, ele cita a influência do meio para determinar os objetivos, ou os costumes, como no exemplo de um filho de nazis. Essa capacidade de deliberar que faz com que o ser humano tenha possa fazer escolhas, dentre elas ser ou não moral. E define a moral como “ações que claramente afetam os outros, direta ou indiretamente”.

    Há, portanto uma forte ligação entre a ética e os costumes apresentada em ambos os textos que dão margem ao relativismo e ao questionamento dos limites considerados éticos.

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  48. Singer confronta em seu texto as visões de ética de Hume(subjetivista) e Kant(objetivista). O primeiro acredita que as emoções humanas permeiam os instintos éticos que são tidos como corretos. Enquanto o segundo intende a ética como algo diretamente relacionado à razão humana.
    Kant diferencia os homens dos animais através da ética, o que até hoje é contestado, visto que ainda não chegamos a um consenso a respeito da ética no mundo animal.
    A visão dos objetivistas torna-se simplória na medida que não leva em consideração os sentimentos humanos na hora de julgar o que é ético. Enquanto os subjetivistas pecam ao não entender a razão como algo importante nesse julgamento.
    Por isso, na minha visão, esses pensamentos (objetivistas e subjetivistas) devem ser entendidos como necessários para a compreensão do que vem a ser a ética porém , nenhum dos dois consegue sozinho dar conta do entendimento completo do assunto. E possivelmente, esse entendimento completo nunca será alcançado

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  49. JULIÉVERSON M CARVALHO

    Hume aborda no texto uma questão interessante, na qual considera, de forma convicta que existem “distinções morais” e que estas distinções são pré-concebidas pelas noções de bem e mal que temos, às quais serão base da sua teoria sobre ética e moral. Kant, por sua vez considera que a noção de certo e errado, do dever, ou da obrigação, são pressupostos fundamentais para sua teoria. Hume argumenta que a razão não tem nem pode ter influencia sobre as nossas paixões e ações, e que portanto, a moral não pode ser derivada da razão, enquanto Kant afirma o forte papel da razão na ética e, por conseguinte, na própria moral. Kant afirma que a única coisa que pode ser boa ou má é a vontade humana, portanto, a lei moral de Kant se baseia na idéia de que os seres humanos são racionais e independentes para fazerem o que querem. Esta ai a oposição de pensamento existente entre eles.
    A seguinte pergunta acerca do saber ético como sendo objetivo ou subjetivo é sem duvida uma grande questão filosofica: “Haverá razões objetivas para a ação, independente dos nossos desejos?” Ético significa, tudo aquilo que possa nos ajudar a tornar melhor o ambiente em que vivemos para que esse mesmo ambiente seja uma moradia saudável. Tudo i pode ser mutável, logicamente com a condicional de que este mutável busque encontrar um ponto de estabilidade, de permanência.
    Neste sentido, acredito que ética busca sempre o singular, enquanto a moral, busca sempre o plural, pois existem muitas morais, muitos sistemas que permanecem inalterados por séculos – como a moral religiosa judaico-cristã, por exemplo. Neste sentido, ética e moral se articulam de uma tal forma que ela acaba assumindo si todo este sistema fechado de valores morais vigentes e enraizados nas culturas e nas tradições comportamentais dessas culturas e, partir dai, a ética passa a se propor em abrir este sistema rígido, fechado.
    Abrindo um parênteses aos dois textos tratados aqui, o filósofo Leonardo Boff argumenta que “A ética desinstala a moral, impede que ela se feche sobre si mesma”. Dessa forma, podemos dizerque não basta sermos apenas morais, ou seres apegados a valores da tradição, pois muitas vezes tudo isto nos tornam muito moralistas. È essencial sermos éticos, podermos estar abertos a novos valores, novas formas de manifestação e expressão culturais

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  50. As ações humanas, a todo momento, baseiam-se nos conceitos, nas crenças, nos interesses e nas escolhas feitas pelos indivíduos ou por grupos de indivíduos. É neste ponto, onde se pergunta sobre quais as melhores ações a serem tomadas, que se dá o debate ético.

    Cada escolha feita resultará numa série de conseqüências, e estas podem ser analisadas antes e depois das escolhas, podem ser classificadas como éticas ou não.

    Existem diversas correntes filosóficas que desenvolveram e desenvolvem teorias que tratam da importância da ética e das formas da mesma ser aplicada. Esta teorização, este entendimento sistemático e racional sobre o tema, é relevante e serve como guia de nossas ações práticas.

    Estabelecer critérios, avaliar a relevância dos assuntos, e a consistência dos argumentos e das razões que prescindem uma escolha, são meios de aprimorar o entendimento sobre a ética.

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  51. A Ética se divide ou engloba dois ângulos de diferentes efeitos ao convívio social. Um é o moral, onde a decisão do grupo quanto ao certo e ao errado em termos de lei moral é superior ou mais forte que a do indivíduo. Outro é o comportamento dos seres sociais que, humanos ou não, buscam a melhor conduta para se manter em grupo, aprendendo o que é certo ou repreensível ao longo de sua vida dentro do mesmo grupo.
    Então, sob estas duas vertentes de resultados diversos, a Ética se propõe a investigar as condutas que possam levar a um convívio social mais harmonioso.
    O estudo da Ética é amplo e com várias correntes teóricas que divergem em vários pontos. Isto porque tratam dos motivadores das ações individuais: as emoções e/ou as razões de agentes que visam benefícios particulares em ações universais e, em contraponto, nem sempre se manifestam particularmente quando o objetivo é universal.
    Há outro fator importantíssimo que muda completamente o resultado do estudo: mesmo ciente de como, quando, porque e quais consequências advirão de seu agir, cabe exclusivamente ao indivíduo decidir se o fará ou não, relegando à Ética o status de estudo teórico comportamental e não lei.

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  52. A Ética,no texto de Hugh Lafollette,é apresentada em suas diversas vertentes de compreensão,muitas vezes confundindo-se com a moral.O problema da Ética,como se constre,e do que ela trata especificamente é dificil de explicar,mas o autor tenta fazer isso da forma mais simples possível,com exemplos de fácil compreensão.Mostra-se durante o texto as principais correntes,consequencialismo e deontologia,e suas divergências internas.Ou seja é possível ter características mistas em uma defesa de tese moral.O texto tenta basicamente abrir os olhos do leitor que a Ética não é traçada por somente duas correntes que disputam qual é a mais crreta,se controes do debate entre elas.

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  53. Caros Alunos,
    A partir desta, novas postagens nesse tema não serão tomadas em conta na avaliação das atividades da disciplina.

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  54. Atualmente a ética é utilizada erroneamente e esporadicamente por diversos indivíduos da sociedade atual, o termo ética ao tentar ser explicado diverge como visto até agora em duas teorias: A teoria de Kant e Hume, sendo a primeira teoria com seus alicerces na razão, contrapondo a segunda onde a razão tem apenas papel intermediador e secundário, mas onde a emoção do ser humano em si que tem um papel fundamental em atitudes ou definição de o que é ético.
    Sendo assim cria-se alem de uma gama enorme de sentidos ou nenhuma definição exata para a palavra ética, um antagonismo entre os dois filósofos citados e o questionamento uma vez que o ser humano é um ser racional, porem muitas vezes movidos pela paixão e criando este dilema para o maior entendimento da palavra ou pensamento em questão, a ética.
    Obs.: A publicação acima não esta feito de acordo com as prazos requisitados por motivo de Doença.

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